"Temos esta Esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu, onde Jesus que nos precedeu, entrou em nosso lugar..." (Hebreus 6.19,20a)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NATAL DE JESUS, MEU NATAL

"... Mas agora Deus os ressuscitou junto com Cristo. Ele perdoou todas os nossos pecados, e cancelou, tornou nula a conta da nossa dívida... Ele a removeu, pregando-a na cruz."
Colossenses 2.13-14

"Não adianta me darem uma peça como Hamlet ou O Rei Lear e me mandarem escrever algo semelhante. Shakespeare era capaz, eu não. Também não adianta me mostrarem uma vida como a de Jesus e me mandarem viver de igual modo. Jesus era capaz, eu não. Porém, se o gênio de Shakespeare pudesse entrar e viver em mim, então eu seria capaz de escrever peças como as dele. E se o Espírito Santo puder entrar e habitar em mim, então eu serei capaz de viver uma vida como a de Jesus".
C S Lewis
...

*
FOLHA EM BRANCO
Certo dia eu estava aplicando uma prova, os alunos, em silêncio tentavam responder as perguntas com uma certa ansiedade. Faltavam uns 15 minutos para o encerramento e um aluno levantou o braço,se dirigiu a mim e disse:

- Professor, pode me dar uma folha em branco ?

Levei a folha até sua carteira e perguntei porque queria mais uma folha em branco. Ele respondeu:

- Eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez.

Apesar do pouco tempo que faltava, confiei no rapaz, dei-lhe a folha Em branco e fiquei torcendo por ele. Aquela sua atitude causou-me simpatia.

Hoje, lembrando aquele episódio simples, comecei a pensar quantas Pessoas receberam uma folha em branco, que foi a vida que DEUS lhe deu até agora, e só tem feito rabisco, confusões, tentativas frustradas e uma Confusão danada...

Acho que, agora, seria um bom momento para se pedir a DEUS uma folha Em branco; uma nova oportunidade para recomeçar, Renascer.

Assim como tirar uma boa nota depende da atenção e esforço do aluno e da boa didática do professor, uma vida PLENA, FELIZ também depende da atenção que dermos aos ensinamentos do supremo mestre nosso DEUS e PAI.

Levante o braço, peça uma folha em branco, passe sua vida a limpo.

Não se preocupe em tirar 10 (dez), ser o melhor, mas em buscar e seguir a direção do Mestre. Ele deseja ajudá-lo e está interessado em quem pede ajuda, portanto, só depende de você.

Deus não só lhe dará uma folha em branco como também limpará as folhas sujas, borradas e amassadas de sua vida com o alvejante precioso do Sangue do Seu Filho JESUS CRISTO derramado na Cruz.

Quer dar um presente para o aniversariante neste dia?

Peça a Deus que tome para Si a sua vida, e que Ele derrame em você da Vida dEle, confie no Senhor e o resto tudo o mais ELE o fará. Não importa se você já fez isso antes, se sujou e desistiu. Deus nunca, nunca mesmo! Deus nunca desiste de você!

Que Deus te abençoe, guarde a tua vida e te dê a Paz neste final de ano e sempre.

BM
*texto do calendario Luz e Vida 2008 que adaptei

Você já falou com PAPAI do Céu hoje? Não!? Então ORE!
"..Mas você,quando orar, vá para o seu quarto,feche a porta e ore ao seu Pai, que não pode ser visto. E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa".

JESUS em Mateus cap.6

...
O NASCIMENTO DE JESUS, UM CORDEL




terça-feira, 21 de dezembro de 2010

JESUS TEM AIDS Por Russell D. Moore

"...Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber?
E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos?
E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar?
O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes..." (Mateus 25.31-46, leia todo)


Jesus tem AIDS.

Provavelmente, apenas ler isto escrito em sua frente deixou alguns de vocês irritados. Deixe-me ajudá-lo a enxergar porque isto e, ao fazê-lo, por que cuidar daqueles que têm AIDS é parte do mandato evangelístico entregue a nós na Grande Comissão.

A afirmação de que Jesus tem AIDS alarma alguns de vocês porque sabem que isto não é verdade. Jesus, afinal, é o filho exaltado do Deus vivo. No sepulcro, ele venceu a morte, e a venceu definitivamente. Ele não está fraco, morrendo ou infectado; ele é triunfante e ressurreto.

Sim.

Sim, mas, o que frequentemente parecemos esquecer é que Jesus identificou-se com os sofredores deste mundo, uma identificação que continua através de sua igreja.
Sim, Jesus completou seu sofrimento na cruz, mas ele também fala de si mesmo como “perseguido” por Saulo de Tarso, quando Saulo persegue sua igreja em Damasco (Atos 9.4).

Por meio do Espírito de Cristo, nós “gememos” com ele no sofrimento de um universo ainda sob a maldição (Rm 8.23,26). Essa maldição manifesta-se, entre bilhões de outras formas, em corpos voltando-se contra si mesmos, por sistemas imunológicos dando errado.

É por isso que a igreja deve sofrer, continuamente, com Cristo, enquanto carregamos sua presença nas trevas de uma criação caída. O Apóstolo Paulo diz, então, “Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês, e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja” (Cl 1.24).

Alguns da igreja de Cristo têm AIDS. Alguns deles estão agonizando em hospitais logo ali descendo a rua. Alguns deles são órfãos devido a essa doença na África. Todos eles estão sofrendo com uma intensidade que poucos de nós podem imaginar.

Alguns de vocês estão irritados com a declaração que escrevi porque acham que, de alguma forma, isto incrimina Jesus. Afinal, a AIDS é uma doença vergonhosa, que mais frequentemente se espalha através da promiscuidade sexual ou pelo uso ilícito de drogas.
Sim.

Sim, mas estes eram exatamente os tipos de pessoas com quem Jesus consistentemente se identificou, enquanto caminhava pelas montanhas da Galileia e ruas de Jerusalém, anunciando o Reino de Deus. Pode alguém ser mais promíscuo que as prostitutas com quem Jesus comeu? Pode alguém ser mais marginalizado pela sociedade que a mulher com fluxo de sangue, sangue que teria feito impuro qualquer um que tocasse nela (Lc 8.40-48)? Jesus a tocou, e levou sobre si mesmo a impureza dela.

A AIDS é escandalosa, claro. Mas não tão escandalosa quanto uma cruz.

No madeiro da crucificação, Jesus identificou-se com um mundo pecaminoso (incluindo o escândalo do meu pecado). Ele pareceu ser amaldiçoado por Deus (Dt 21.23; Gl 3.13). Por isso parecia tão razoável às multidões gritando amaldiçoá-lo como um Messias falso, porque somente aqueles rejeitados por Deus seriam pendurados num madeiro. É por isso que o apóstolo Paulo tinha de insistir repetidamente que ele não se “envergonhava” da cruz. No Gólgota, Jesus tornou-se pecado (embora ele nunca tenha conhecido pecado) ao carregar os pecados do mundo (2Co 5.21). Isto é escandaloso.

Mais ainda, alguns de vocês estão irritados porque acreditam que a frase que escrevi acima é uma afronta à dignidade do rei do universo. Ele não tem qualquer doença de imunodeficiência; ele está reinando à destra de Deus.

Sim.

Sim, mas não podemos ver Jesus somente em sua Cabeça, mas também em seu Corpo, também em sua identificação com aqueles que ele chama “os meus menores irmãos” (Mt 25.40). Jesus não está com fome nesse exato momento, está? Ele não está nu, está? Ele não está com sede, está? Ele não está preso, está? Bem, sim, ele está… na nudez, fome, sede, e prisão dos seus irmãos e irmãs sofredores ao redor do mundo.

Quando estivermos em julgamento, seremos, Jesus nos diz, responsabilizados por como o reconhecemos na dor daqueles que não parecem carregar a glória de Cristo agora. Vemos Jesus agora, pela fé, no sofrimento dos filhos de usuárias de crack, no viciado em metanfetamina, no órfão pela AIDS, no pródigo hospitalizado, que vê a sua ruína nos fios correndo de suas veias.

Me pergunto quantos de nós ouvirão as palavras de nosso imperador galileu: “eu tive AIDS e vocês não se preocuparam em se aproximar de mim”.

Portanto, se amamos Jesus, nossas igrejas deveriam estar mais cientes dos clamores da maldição, incluindo a maldição da AIDS, que a cultura ao nosso redor. Nossas congregações deveriam dar boas vindas aos soropositivos, e não deveríamos estar preocupados em abraçá-los – como abraçaríamos nosso Cristo. Nossas congregações deveriam estar na linha de frente das missões às regiões devastadas pela AIDS no mundo. Nossas famílias deveriam estar desejosas de receber aqueles feitos órfãos por este carrasco global.

Através de tudo isso, devemos ser insistentes na proclamação do Evangelho. Para aqueles cujo sangue se tornou seu próprio inimigo, devemos anunciar o sangue que eles não conhecem, o sangue dAquele que pode purificá-los de toda injustiça, assim como nos purificou (1Jo 1.7); o sangue dAquele que é eternamente imune ao pecado, à morte e ao inferno (Jo 6.53-56).

Jesus ama o mundo, e o mundo tem AIDS. Jesus se identifica com os menores deste mundo, e muitos deles têm AIDS. Jesus nos chama para reconhecê-lo nas profundezas do sofrimento, e lá existe a AIDS também.

Jesus tem AIDS.

Russel D. Moore é pastor na Highview Baptist Church.
Traduzido por Josaías Jr iPródigo

Artigo retirado de iPródigo: http://iprodigo.com

Link do artigo: http://iprodigo.com/traducoes/jesus-tem-aids.html

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A LATINHA DA COCA-COLA por Ed René Kivitz

A igreja de Jesus Cristo sempre viveu a tensão entre suas faces orgânica e organizacional. Parece que nos últimos anos essa tensão se agravou. Especialmente no segmento evangélico de tradição reformada, a crítica à “igreja instituição” está na moda, e não são poucos os que se vangloriam de ter “rompido com a instituição”. Outro dia alguém me classificou de “institucionalizado”, e me senti praticamente xingado. Decidi dar mais atenção à dimensão institucional da igreja corpo vivo de Cristo. Jamais imaginei que fosse levantar minha voz para defender a bandeira institucional, e é bem provável que no início eu estivesse movido pelo instinto de sobrevivência ou auto-justificação, mas ao final achei que meus argumentos faziam sentido. Hoje já não me incomodo quando alguém diz que sou “institucionalizado”.

Essa conversa de “ser desinstitucionalizado” na melhor das hipóteses reflete ignorância. Na pior, má fé. Considere a chamada “igreja primitiva”, geralmente idealizada como modelo “desinstitucionalizado” a ser reproduzido, e perceba que o desenvolvimento natural da igreja exigiu organização (Atos 6.1-7), nomeação de liderança e acomodação hierárquica (Atos 14.21-23), estabelecimento de normas, costumes e critérios éticos entre as igrejas (Atos 5.1-11), definição de um credo mínimo (Romanos 11.33-36; Filipenses 2.5-11; 1Timóteo 1.17; 3.16), assembléias presbiteriais (Atos 15); ação estratégica para a expansão (Atos 13.1-3; 11.19-21), sistema de arrecadação, gestão e distribuição de recursos financeiros (2Corintios 8,9); ordem e direção litúrgica para os encontros coletivos (1Coríntios 14.26-40), dentre outras características que hoje são consideradas um gesso que impede a boa manifestação do corpo orgânico da igreja.

A tão celebrada “igreja primitiva” era institucionalizada. Caso você participe de um “movimento” que tenha: (1) liderança identificada; (2) hierarquia definida; (3) rotina de atividades; (4) agenda de serviços; (5) voluntários coordenados; (6) demandas coletivas; e (7) necessidade de arrecadação financeira, então você não participa de um movimento, você é institucionalizado.

Os que se consideram “desinstitucionalizados” geralmente são aqueles que romperam com uma instituição e se comprometeram com outra. A diferença é que algumas instituições têm centenas de anos de história enquanto outras nasceram ontem, e quase sempre baseadas em uma personalidade tipo “guru” ou “messias reformador” que levará a igreja de volta às origens. Reconheço que por serem mais novas, as instituições emergentes podem ser mais leves, ágeis e eficazes. Mas não significa que não sejam instituições. E também não significa que sejam menos perniciosas e enfermas que as instituições centenárias.

Jesus advertiu que o vinho carece de odre, e que há odres mais adequados que outros. A questão, portanto, não é ser ou não ser institucionalizado, mas o tipo de instituição que pretende acomodar o vinho novo do Evangelho de Jesus Cristo, nosso Senhor.

Imaginar a possibilidade de uma igreja que seja apenas organismo espiritual sem qualquer dimensão de instituição social é o mesmo que considerar a possibilidade de chegar no balcão da padaria e pedir um refrigerante dizendo: “Sem garrafa, por favor”.

O conflito entre as dimensões orgânica e organizacional da igreja começou cedo. Tão logo Jesus foi levado aos céus. No contexto da comunhão e da oração (organismo) Pedro se levanta para promover a eleição do substituto de Judas (organização). Mas Deus não se fez de rogado, mandou do céu algo como um vento impetuoso e deixou claro que a necessidade humana de controle que tende a se perpetuar através de sistemas institucionais jamais conteria a dinâmica vital do povo batizado com o Espírito Santo, pois “o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2Coríntios 3.18).

Essas reflexões me levaram a considerar os dez pecados que um líder institucional não pode cometer. São eles:

1° Enclausurar Deus nas paredes de sua instituição

2° Limitar as manifestação do Reino de Deus aos horizontes de sua instituição

3° Condicionar a relação com Deus à relação com sua instituição

4° Exigir da igreja povo de Deus sacrifícios em nome de sua instituição

5° Restringir a atuação ministerial dos cristãos ao engajamento em sua instituição

6° Confundir a instituição com o corpo vivo de Cristo

7° Pretender gerir o corpo vivo de Cristo com a lógica da gestão isntitucional – se preferir, basta “pretender gerir o corpo vivo de Cristo”

8° Priorizar as relações funcionais em detrimento das relações pessoais

9° Colocar o corpo vivo de Cristo à serviço da instituição

10° Tentar perenizar a instituição


...
Este post tem haver com:

http://ancoradalma.blogspot.com/2010/06/mais-cristo-menos-cristianismo-ed-rene.html

sábado, 11 de dezembro de 2010

ASSENTADOS EM LUGARES CELESTIAIS Por Ricardo Barbosa

“Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados... satisfazendo as vontades da nossa carne seguindo os seus desejos e pensamentos... éramos por natureza merecedores da ira. Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos... Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas eras que hão de vir, a extraordinária riqueza da sua graça, em bondade para conosco em Cristo Jesus.” Efésios 2:1-7 Quando era jovem, ficava fascinado com a afirmação de Paulo segundo a qual Deus nos fez “assentar em lugares celestiais”. Não sabia exatamente o que isso significava, que lugares eram estes, onde ficavam, mas me parecia algo muito espiritual. Tinha a impressão de que se tratava de um “estado espiritual”, um tipo de arrebatamento que iria me subtrair da realidade terrena e me lançar num espaço abstrato de gozo celestial. Para se alcançar tal estado, era necessário não se importar muito com a vida terrena, mas cultivar uma mística espiritual, algo como fechar os olhos e se deixar levar para os “lugares celestiais”.

Uma grande dificuldade que os cristãos sempre tiveram foi estabelecer uma relação adequada entre a terra e o céu, o temporal e o eterno, o humano e o divino. Levei algum tempo para entender essa linguagem. Ainda encontro dificuldades.
Porém, arrisco dizer que esses “lugares celestiais” são o lugar onde o céu e a terra se encontram. O lugar onde a ressurreição de Cristo realiza em nós o milagre divino da verdadeira humanidade.

Na Carta aos Colossenses, Paulo afirma que, uma vez que fomos ressuscitados com Cristo, devemos pensar e buscar as coisas lá do alto, e não aquelas que são aqui da terra (Cl 3.1-3). É um convite para elevar nossos desejos e anseios. Um convite para viver a partir de uma nova realidade. “Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus [...]. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos” (Ef 2.6 e 10). Um convite para não mais vivermos conformados com este mundo (Rm 12.2). A ressurreição de Cristo realizou isto.

Uma onda de frustração, futilidade e falta de sentido vem tomando conta da humanidade. Perdeu-se a noção do que significa ser humano. Os valores e tradições que davam algum sentido ou ordem à vida e à sociedade não existem mais. A família, que sempre foi reconhecida como a “célula mãe” da sociedade, hoje representa a matriz de muitas patologias sociais. A igreja, que simbolizou o eixo moral, encontra-se mergulhada em muitos escândalos. Sem saber o que fazer, somos levados a viver da forma como os outros vivem, empurrados por uma cultura decadente e consumista. A humanidade encolheu.

A mediocridade é uma marca da nossa cultura.
Vivemos cercados de celebridades fúteis, políticos inescrupulosos e estúpidos, negociantes ambiciosos e desumanos, religiosos vulgares e narcisistas. Por todo lado que olhamos, não encontramos alguém que nos inspire, que valha a pena imitar, que nos desperte para algo maior, mais sublime, mais real. É claro que eles existem, mas parece que ninguém se importa com eles. O que move a nossa cultura é a vulgaridade.

É num contexto assim que Paulo fala sobre os “lugares celestiais”. É um convite para elevar nossas expectativas, linguagem, anseios e desejos. Elevar, enfim, nossa humanidade à semelhança da humanidade de Jesus Cristo.
Os “lugares celestiais” não são esferas abstratas de uma espiritualidade subjetiva, mas a natureza gloriosa da vida que nasce da ressurreição, da vida liberta da presente ordem cultural e elevada a uma nova realidade da qual Jesus é o primogênito.

Somos a nova criação de Deus. Fomos libertos e redimidos da escravidão da futilidade imposta à humanidade pelos pensamentos e filosofias vazias da cultura que nos cerca. A nova criação de Deus, realizada em Cristo, abre as portas para uma realidade nobre e gloriosa, para uma humanidade moldada pela humanidade real de Cristo. Os “lugares celestiais” são a expressão que Paulo usa para descrever essa nova realidade. Fazemos parte dela. Fomos colocados neste lugar pela fé em Cristo e pela participação em sua ressurreição.

Somos tentados, ora por um escapismo subjetivo de uma espiritualidade abstrata que nos afasta da realidade, ora por uma forma de engajamento cultural que nos torna parte deste sistema.
A espiritualidade cristã é a expressão da vida de quem foi assentado em lugares celestiais pela fé em Jesus Cristo.

Ricardo Barbosa de Sousa
Fonte: Revista Ultimato da Editora Ultimato

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O CRISTIANISMO E O MUNDO por A W Tozer

"Se estivermos saciando a sede em fontes proibidas, não teremos razão de esperar que Deus nos dessedente. Se não formos alimentados pelo pão do céu, teremos de nos saciar com as migalhas do mundo. Depois que estivermos viciados no alimento do mundo, nosso apetite por Deus desaparecerá".
(Erwin Lutzer)

O Cristianismo está tão envolvido com o mundo que milhões não notam o quanto se afastaram do padrão do Novo Testamento. Concessões em toda parte. O mundo foi caiado o bastante para passar a inspeção por homens que se dizem crentes. E o Cristianismo evangélico se vendeu. E está tragicamente abaixo do padrão do Novo Testamento.

O mundanismo é parte aceita do nosso modo de viver, a vida religiosa e social em vez de espiritual. Perdemos a arte da adoração! Não produzimos santos! Nossos modelos são certos homens de negócios, atletas famosos e personalidades do teatro.

Praticamos as nossas atividades religiosas de acordo com a propaganda moderna. Nossos lares se tornaram teatros, nossa literatura é superficial os nossos hinos são sacrílegos, mas ninguém parece se importar.

Muito do que se passa por Cristianismo do Novo Testamento é pouco mais do que a verdade objetiva adoçada para se tornar agradável ao paladar religioso.

Jesus convida os homens a levar a Cruz, e nós os convidamos a se divertirem.

Ele o chama para deixar o mundo, e nós dizemos que se eles aceitarem Jesus o mundo será deles.

Ele os chama a sofrer, nós os chamamos a gozar do conforto que a civilização moderna oferece.

Ele os chama a santidade, e nós os chamamos a uma felicidade barata, que seria rejeitada com desprezo até pelos filósofos estóicos sem falar dos apóstolos.

O novo decálogo, o novo mandamento foi adotado pelos neocristãos dos nossos dias. E a primeira frase diz: "Tu não deves discordar". E um grupo de beatitude que começa a "Bem-aventurado os que toleram tudo porque eles não serão responsáveis por nada..."


A W Tozer (para saber mais sobre este autor, click: biografia de A. W. Tozer)
...
Deus é o que nós (mais) desejamos!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A MALDIÇÃO DO HOMEM MODERNO por A W Tozer

"Nunca houve um santo sobre a face da terra que não tenha visto a si mesmo como um vil pecador; de modo que se você não sente que é um vil pecador, não é parecido com os santos” (M. Lloyd-Jones).

Existe uma maldição antiga que permanece conosco até hoje — a disposição da sociedade humana de ser completamente absorvida por um mundo sem Deus.

Embora Jesus Cristo tenha vindo a este mundo, este é o pecado supremo dos incrédulos, o qual levou o homem a não sentir — nem sentirá — a presença dEle que permeia todas as coisas. O homem não pode ver a verdadeira Luz, tampouco pode ouvir a voz do Deus de amor e verdade.

Temos nos tornado uma sociedade “profana” — completamente envolvida em nada mais do que os aspectos físico e material desta vida terrena. Homens e mulheres se gloriam do fato de que são capazes de viver em casas luxuosas, vestir roupasde estilistas famosos e dirigir os melhores carros que o dinheiro pode comprar — coisas que as gerações anteriores nunca puderam ter.

Esta é a maldição que jaz sobre o homem moderno — ele é insensível, cego e surdo em sua prontidão de esquecer que existe um Deus. Aceitou a grande mentira e crença estranha de que o materialismo constitui a boa vida. Mas, querido amigo, você sabe que o seu grande pecado é este: a presença eterna de Deus, que alcança todas as coisas, está aqui, e você não pode senti-Lo de maneira alguma, nem O reconhece no menor grau? Você não está ciente de que existe uma grande e verdadeira Luz que resplandece intensamente e que você não pode vê-la? Você não tem ouvido, em sua consciência e mente, uma Voz amável sussurrando a respeito do valor e importância eterna de sua alma, mas, apesar disso, tem dito: “Não ouço nada?”

Muitos homens imprudentes e inclinados ao secularismo respondem: “Bem, estou disposto a agarrar minhas chances”. Que conversa tola de uma criatura frágil e mortal! Isto é tolice porque os homens não podem se dar ao luxo de agarrar as suas chances — quer sejam salvos e perdoados, quer sejam perdidos. Com certeza, esta é a grande maldição que jaz sobre a humanidade de nossos dias —
os homens estão envolvidos de tal modo em seu mundo sem Deus, que recusam a Luz que agora brilha, a Voz que fala e a Presença que permeia e muda os corações.

Por isso, os homens buscam dinheiro, fama, lucro, fortuna, entretenimento permanente ou apego aos prazeres.
Buscam qualquer coisa que lhes removam a seriedade do viver e que os impeça de sentir que há uma Presença, que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Eu mesmo fui ignorante até aos 17 anos, quando ouvi, pela primeira vez, a pregação na rua e entrei numa igreja onde ouvi um homem citando uma passagem das Escrituras: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim... e achareis descanso para a vossa alma" (Mt 11.28,29).

Eu era realmente pouco melhor do que um pagão, mas, de repente, fiquei muito perturbado, pois comecei a sentir e reconhecer a graciosa presença de Deus. Ouvi a voz dEle em meu coração falando indistintamente. Discerni que havia uma Luz resplandecendo em minhas trevas.

Novamente, andando pela rua, parei para ouvir um homem que pregava, em um cantinho, e dizia aos ouvintes: "Se vocês não sabem orar, vão para casa, ajoelhem-se e digam: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador." Isso foi exatamente o que eu fiz. E Deus prometeu perdoar e satisfazer qualquer pessoa que estiver com bastante fome espiritual e muito interessado, a ponto de clamar:
"Senhor, salva-me!"

Bem, Ele está aqui agora. A Palavra, o Senhor Jesus Cristo, se tornou carne e habitou entre nós; e ainda está entre nós, disposto e capaz de salvar. A única coisa que alguém precisa fazer é clamar com um coração humilde e necessitado: "ó Cordeiro de Deus, eu venho a Ti; eu venho a Ti!"

. . .

"O cristianismo de hoje não transforma as pessoas. Pelo contrário, está sendo transformado por elas. Não está elevando o nível moral da sociedade; está descendo ao nível da própria sociedade, congratulando-se com o fato de que conseguiu uma vitória, porque a sociedade está sorrindo enquanto o cristianismo aceita a sua própria rendição!"
A. W. Tozer

terça-feira, 30 de novembro de 2010

NATAL SOLIDÁRIO, A CAMPANHA FINALIZOU COM 2516 CESTAS, OBRIGADO!

Muito melhor do que ultrapassarmos a meta inicial foi ver o coração e a atitude dos que participaram. Muita gente vestiu a camisa e além de dar uma cesta, deu de si mesmo. Estamos aprendendo com Jesus a compartilhar a nossa vida e sermos generosos.

Valeu Fabinho e a todos novos jeitistas!

Este vídeo foi postado no Novo Jeito com o título de O VALOR DA INICIATIVA, mas aqui eu gostaria de dar outro, O VALOR DA UNIDADE, JUNTOS PODEMOS MAIS... MUITO MAIS!
E em CRISTO então, sonhar e realizar o impossível, para a glória de Deus!
Beijos e Abraços!

BM
"Dar a si mesmo é uma especialidade de Deus. ‘Aquele que não poupou seu próprio Filho, antes o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?’ (Romanos 8.32) Nossa dificuldade em dar ou fazer está no fato de que ainda não nos entregamos completamente. E até que isso aconteça, jamais daremos o bastante ou faremos o bastante. Tudo será muito pouco. O que você tem dado? O que você tem a dar? Você é sua maior dádiva e é essa a dádiva que Deus espera receber hoje. Ou você tem ‘planos melhores’ para sua existência?"
Usiel de Souza

Já Pensou em ajudar 1.000 famílias a viverem um Natal diferente?

É isso que estamos chamando de Natal Solidário.

Um mover de gente do BEM que quer fazer o BEM e através do NOVO JEITO esta tendo o privilegio de fazer o BEM.

Entendemos que ajudando estamos vivendo de um NOVO JEITO.

Entre em contato conosco e diga: EU QUERO FAZER O BEM!

Você pode doar o numero de cestas básicas que quiser e puder, 1, 2, 10, 20, precisamos da sua ajuda para ajudar quem precisa de ajuda.

Mas você pode dizer: “Eu não posso ajudar!” , Pode sim!

Envie um email para sua lista de amigos, fale da campanha e daí alguém é tocado e a Rede do BEM vai crescendo.

Não se esqueça, com apenas R$20,00 você pode fazer o Natal Solidário de uma das famílias de nossa cidade.

Viver de um NOVO JEITO é participar do Natal Solidário.

http://www.novojeito.com/2010/11/natal-solidario/#respond


http://www.novojeito.com/acao/

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

É GRAÇA!

Para meu amigo Nixon... É Graça...

Não retenhas de mim, SENHOR, as tuas misericórdias; guardem-me sempre a tua graça e a tua verdade. Salmo 40.11

Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam. Salmo 63.3

Faze-me ouvir, pela manhã, da tua graça, pois em ti confio; mostra-me o caminho por onde devo andar, porque a ti elevo a minha alma. Salmo 143.8

Esse irmão/cantor vive o que prega, no seu site você baixa de GRAÇA essa inspirada música e outras... É GRAÇA!

http://www.claudiomartos.com/claudiomartos.com/De_Graca.html

BM

NÃO MATARÁS - Em busca de uma cultura de paz!

Agora você já pode assistir em vídeo o que nós vimos ao vivo (click no link e aproveite):


Assita em vídeo o Fórum anterior, APRENDENDO A GOSTAR DE SEGUNDA-FEIRA:http://forumcristaoprofissionais.com/2010/10/28/aprendendo-a-gostar-da-segunda-feira/
A seguir um ponto de vista sobre o filme TROPA DE ELITE 2:...
“TROPA DE ELITE 2″: MUDOU A VISTA, MUDOU O PONTO por Marina Silva

Perplexidade que filme pode gerar é convite de não rendição às circunstâncias e de reencontro com nossa humanidade

No primeiro “Tropa de Elite”, era o mano a mano, aquilo que a psicodinâmica chama de pedagogia de violência, a tese da eliminação do crime pela eliminação do criminoso. Em “Tropa de Elite 2″, entram a política, a sociedade e os direitos humanos.

Os personagens são mais complexos e interessantes. O professor militante e o agora tenente-coronel Nascimento se estranham, mas se encontram, mesmo sem o querer, na realidade dura que os envolve, em que um é indispensável ao outro.

Quando o coronel “cai pra cima” e começa a conhecer mais a fundo a sordidez entranhada no “sistema”, já fica claro que, neste filme, a polícia é coadjuvante. Agora, o assunto é política, em que se choca o ovo da serpente da violência policial e das relações espúrias entre poder de Estado e delinquência.

A escória da polícia se transforma em força auxiliar de ambições políticas e, com isso, ganha licença irrestrita para o crime. Nascimento e seus seguidores são manipulados no território que não tem mais fronteiras legais porque a lei que vale já é a da própria bandidagem.

Como enfrentar? O mano a mano revela-se inútil porque a mão que joga combustível na violência não está nas ruas, no tiroteio do dia a dia. O sistema corrupto se alimenta do objetivo de permanecer no poder a qualquer custo e essa é uma das principais chaves para a degradação da política e do próprio tecido social.

É muito bem construída a trajetória da mudança de visão de Nascimento. Só consegue fazê-lo por meio do encontro com sua própria humanidade, no sofrimento pessoal de perdas e na relação conflituosa com o filho, ao lutar para compreendê-lo e ser compreendido por ele.

Daí vem a consciência de sua impotência, de ser pequena presa numa teia incomparavelmente maior do que suas estratégias e possibilidades de reagir. A saída é radicalizar no mundo da política, é tentar atingir o cerne da armadilha.

Depressão Política

O final me deu certa depressão política. É forte, mas passa uma sensação de generalização que não é boa porque reafirma o senso comum de que se sabe qual é o exato endereço do Mal. Destoa da capacidade de lidar com a complexidade do tema, presente em todo o filme. E se perde um pouco a importantíssima cortina levantada em relação ao voto, à responsabilidade de cada cidadão.

Recebi há alguns dias um texto de Rachel de Queiroz (1910-2003), escrito em 1947 para “O Cruzeiro”. Ela alertava os eleitores do valor daquilo que se entrega a maus políticos: “Vão lhes entregar um poder enorme e temeroso, vão fazê-los reis; vão lhes dar soldados para eles comandarem… Entregamos a esses homens tanques, metralhadoras, canhões, granadas, aviões, submarinos, navios de guerra… E tudo isso pode se virar contra nós e nos destruir, como o monstro Frankenstein se virou contra o seu amo e criador.”

A cartada radical de Nascimento é pegar o inimigo não pela força das armas, mas pela coragem de expor o sistema, trincando-o. O trânsito do primeiro para o segundo “Tropa de Elite” é o coração da discussão proposta por esse belo filme, de interpretações magníficas.

Nesse sentido, a impotência e a perplexidade que podem baixar quando a luz se acende no cinema são um convite de não rendição às circunstâncias. No limite, como aconteceu com Nascimento, todos vamos querer nos reencontrar com nossa humanidade, exigir que ela seja reconhecida.

Há sempre um ponto de retorno dado pelos indivíduos ou pela trama social, pela cultura, pela espiritualidade ou pelas instituições, entre elas a política. Que é das mais importantes, como se vê quando nos deparamos com as consequências de sua deterioração.

Marina Silva, 52, é senadora da República (PV-AC), foi candidata à Presidência da República pelo Partido Verde nesta eleição e ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula (2003-2008)

FONTE:
http://www.minhamarina.org.br/namidia/clipping/Tropa-de-Elite-2-mudou-a-vista-mudou-o-ponto.html

sábado, 27 de novembro de 2010

O QUE É ABUNDÂNCIA? Por Robert McAlister

Jesus afirmou que “a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui”. (Lc. 12.15)

Que afirmação estranha e contraria a toda filosofia humana! Pois na verdade medimos o sucesso de um homem pelas coisas que ele possui: Carro, casa, roupa, propriedades, negócios, empregados, clubes, viagens, jóias, dinheiro, vestimentas etc. que outra maneira temos de avaliar a vida de uma pessoa?
Que constitui, pois, riqueza? Como definir abundância? Como avaliar a vida de um homem se não pelas evidências?

VALORES

Tudo depende do senso de valores. Qual é mais importante: saúde ou bom tratamento médico? Que vale mais: um filho simples e obediente ou um filho brilhante e sem caráter? Qual é mais valioso: um casamento humilde com amor ou um casamento infeliz com dinheiro?

Observe, portanto, como a palavra abundancia adquire uma definição singular quando propomos escolhas como essas. Pois mil vezes prefiro um amigo fiel que a um pistolão que me ajude por interesse. Tudo depende do senso de valores. Veja o que a Bíblia diz sobre o assunto.

MUITO OU POUCO

Mais vale o pouco do justo que a abundância de muitos ímpios. (Sl. 37.16)

Aliás, a Bíblia está repleta de sentenças que fazem parte de uma filosofia que constrói uma mentalidade completamente nova em torno de valores sólidos e importantes na vida. Eis algumas delas

- Uns se dizem ricos sem ter nada, outros se dizem pobres sendo mui ricos. (Pv 13:7)

- Porquanto (Moisés) considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão. (Hb 11:26)

- E Jesus disse: quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que tem riquezas! (Lc. 18:24)

- Atendei agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão. As vossas riquezas estão corruptas e as vossas roupagens comidas de traça. (Tiago 5:1,2)

- Quanto menos aquele que não faz acepção de pessoas de príncipes, nem estima ao rico mais que ao pobre. (Jo 34.19)

De uma infinidade de citações extraí apenas essas e, a respeito delas, outros capítulos poderia acrescentar. Desejo mostrar que o senso de valores refletido na Bíblia é muito diferente do que a sociedade atual apresenta.

A VIDA 

A vida abundante pode ser resumida numa definição de Paulo sobre o Reino de Deus. Eis o que significa para ele a vida: "O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo". (Rm 14. 17)

O rico pode comer do bom e do melhor e ainda assim viver miseravelmente. Por outro lado, dificilmente se é infeliz quando se participa de justiça, paz e alegria. Esses são os valores mais importantes. Essa é a vida abundante.

O mundo diz, “ter ou não ter, eis a questão”. Mas o dramaturgo inglês tinha razão: ser ou não ser, eis a questão. Jesus, em sua simplicidade, usou palavras diferentes para descrever sua filosofia sobre as coisas que ocupam a mente do homem. Disse Ele: “a vida do homem não consiste na abundância dos bens que ele possui”. 

Porque, então, ocupar a vida acumulando o que não significa abundância verdadeira? “Busquem antes de tudo o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.”

Bp. Robert McAlister, do livro DINHEIRO - Um Assunto Altamente Espiritual

http://www.annod.com.br/index.php?menu=pesquisa_outros_secoes&tipo_produto=4&secao=10
...
"No amor do próximo o pobre é rico; sem amor do próximo o rico é pobre."

Agostinho

No mesmo tom e espírito:
http://ancoradalma.blogspot.com/2010/11/olhos-de-quem-ve.html

domingo, 7 de novembro de 2010

OLHOS DE QUEM VÊ


Um dia, um pai de família rica, grande empresário, levou seu filho para viajar até um lugarejo com o firme propósito de mostrar o quanto as pessoas podem ser pobres.

O objetivo era convencer o filho da necessidade de valorizar os bens materiais que possuía, o status, o prestígio social; o pai queria desde cedo passar esses valores para seu herdeiro.

Eles ficaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa, de um morador da fazenda de seu primo… Quando retornavam da viagem, o pai perguntou ao filho:
- E aí, filhão, como foi a viagem para você?
- Muito boa, papai, respondeu o pequeno.
- Você viu a diferença entre viver com riqueza e viver na pobreza?
- Sim pai ! Retrucou o filho, pensativamente.
- E o que você aprendeu, com tudo o que viu nesses dias, naquele lugar tão paupérrimo?
O menino respondeu:
- É pai, eu vi que nós temos só um cachorro em casa, e eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim, eles têm um riacho que não tem fim. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu. Nosso quintal vai até o portão de entrada e eles têm uma floresta inteirinha. Nós temos alguns canários em uma gaiola eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas!

O filho suspirou e continuou:
- E além do mais papai, observei que eles rezam antes de qualquer refeição, enquanto que nós em casa, sentamos à mesa falando de negócios, dólar, eventos sociais, daí comemos, empurramos o prato e pronto! No quarto onde fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto que ele se ajoelhou e agradeceu a Deus por tudo, inclusive a nossa visita na casa deles. Lá em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos televisão e dormimos. Outra coisa, papai, dormi na rede do Tonho, enquanto que ele dormiu no chão, pois não havia uma rede para cada um de nós. Na nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada, para dormir naquele quarto onde guardamos entulhos, sem nenhum conforto, apesar de termos camas macias e cheirosas sobrando.

Conforme o pequeno garoto falava, seu pai ficava estupefado, sem graça e envergonhado.

O filho na sua sábia ingenuidade. e no seu brilhante desabafo, levantou-se abraçou o pai e ainda acrescentou:
- Obrigado papai, por me haver mostrado o quanto nós somos pobres!

...
Quem é rico e quem é pobre? O que realmente importa?

Para descobrir o que Jesus valoriza e quem é rico aos seus olhos:
A Vida Vale Mais com Ed René Kivitz ( click no link, salve e escute)
http://www.ibab.com.br/mensagens/20101024_noite_erk.mp3

domingo, 31 de outubro de 2010

RELIGIÃO E CIDADANIA por Ed René Kivitz

Igreja não vota. Igreja não faz aliança política. Igreja não apoia candidato. Igreja não se envolve com política partidária. Há pelo menos cinco razões para este posicionamento.

Primeira: o Estado é laico. Igreja e Estado são instituições distintas e autônomas entre si. É inadmissível que, em nome da religião, os cidadãos livres sofram pressões ideológicas. Assim como é deplorável que os religiosos livres sofram pressões ideológicas perpetradas pelo Estado. É incoerente que um Estado de Direito tenha feriados santos, expressões religiosas gravadas em suas cédulas de dinheiro, espaços e recursos públicos loteados entre segmentos religiosos institucionais. É uma vergonha que líderes espirituais emprestem sua credibilidade em questão de fé para servir aos interesses efêmeros e dúbios (em termos de postulados ideológicos e valores morais) da política eleitoral ou eleitoreira.

Segunda: o voto é uma prerrogativa do cidadão. Assim como os clubes de futebol, as organizações não governamentais, as entidades de classe, as associações culturais e as instituições filantrópicas não votam, também a igreja não vota. Quem vota é o cidadão. O cidadão pode ser influenciado, melhor seria, educado, por todos os segmentos organizados da sociedade civil, inclusive a igreja. Mas quem vota é o cidadão.

Terceira: a igreja é um espaço democrático. A igreja é lugar para todos os cidadãos, independentemente de raça, sexo, classe social e, no caso, opção política. A igreja é lugar do vereador de um lado, do deputado de outro lado, e do senador que não sabe de que lado está. A igreja que abraça uma candidatura específica ou faz uma aliança partidária, direta e indiretamente rejeita e marginaliza aqueles dentre seu rebanho que fizeram opções diferentes.

Quarta: a igreja não tem autoridade histórica para se envolver em política. Na verdade, não se trata apenas de uma questão a respeito da igreja cristã, mas de toda e qualquer expressão religiosa institucional. A mistura entre política e religião é responsável pelos maiores males da história da humanidade. Os católicos na Península Ibérica e em toda a Europa Ocidental. Os protestantes na Índia. Os católicos e os protestantes na Irlanda. Os judeus no Oriente Médio. Os islâmicos na Europa e na América. Todos estes cometeram o pior dos crimes: matar em nome de Deus. Saramago disse com propriedade que “as religiões, todas elas, sem exceção, nunca serviram para aproximar e congraçar os homens, que, pelo contrário, foram e continuam a ser causa de sofrimentos inenarráveis, de morticínios, de monstruosas violências físicas e espirituais que constituem um dos mais tenebrosos capítulos da miserável história humana”.

Quinta: o papel social da igreja é profético. Quando o governo acerta a igreja aplaude. Quando o governo erra a igreja denuncia. Quando a autoridade civil cumpre seu papel institucional a igreja acata. Quando a autoridade civil trai seu papel institucional a igreja se rebela. A igreja não está do lado do governo, nem da oposição. A igreja está do lado da justiça.

Todo cristão é também cidadão. Todo cristão deve exercer sua cidadania à luz dos valores do reino de Deus e do melhor e máximo possível da ética cristã, somando forças em todos os processos solidários, e engajado em todos os movimentos de justiça. Comparecer às urnas é uma ato intransferível de cidadania, um direito inalienável que custou caro às gerações do passado recente do Brasil, e uma oportunidade de cooperar, ainda que de maneira mínima, na construção de uma sociedade livre, justa e pacífica.

[Publicado pela primeira vez em setembro de 2006]
Publicado em 14 1setembro 2010 por forumibab
http://forumcristaoprofissionais.com/2010/09/14/religiao-e-cidadania/



PARA OUVIR (Click no link, salve e escute), JESUS, O REVOLUCIONÁRIO! :
http://www.ibab.com.br/mensagens/20101024_manha_erk.mp3

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

GERAÇÃO MÚLTIPLA ESCOLHA - Caio

"Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino". ( I Co 13.11)

Texto riquíssimo e profético, de urgente necessidade de Reflexão.

Infelizmente o que está escrito neste texto retrata o espírito da minha Geração e da Geração do meu filho, principalmente no que diz respeito a nossa fragilidade emocional.
Depois de sua leitura, é preciso responder: Meninos (e meninas)do teclado! Quando vos tornareis homens (e mulheres)?

E os Pais (os fabricantes!?) destes meninos???

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GERAÇÃO MÚLTIPLA ESCOLHA: filhos da fragilidade de alma

Gerações fracas. É o que temos. E isto acontece em todo o mundo. De fato, com exceção dos lugares pobres e sem cultura, onde quer que as facilidades tecnológicas cheguem — aí surge uma geração frouxa e sem tenacidade.

Tome-se como exemplo o exército americano atual e o exercito de Israel.

Os “meninos” americanos são garotos jogadores de videogame e nada sabem sobre enfrentamento real, sobre dificuldades brabas, sobre confronto não programado. São ágeis no gatilho eletrônico do joguinho de matar no qual brincam em casa e, depois, no jogo da guerra, dentro de tanques blindados. Com aqueles brinquedos na mão eles são campeões da guerra.

Mas ponha-se qualquer daqueles meninos numa favela do Rio, à noite, sozinho, e se verá de que material são feitos.

Derretem. Têm síndrome do pânico. Desmaiam. Gritam pela mamãe. Sonham com o “home, sweet home”.

De outro lado, olhe-se para os guerreiros de Israel. Meninos-homens. Já nascem sabendo que jogo é jogo e treino é treino.

São chamados pelos seus pais de “sabras”, que é uma planta abundante no norte de Israel, e que é cheia de espinhos por fora, embora seja muito doce por dentro.

Eles são guerreiros. Mas os meninos americanos apertam apenas botões de guerra.

Ora, se fossem retirados os aparatos de guerra eletrônica, e os meninos americanos tivessem de lutar como homens, com as mãos — possivelmente se veria que um dos exércitos mais frouxos da Terra é o Americano.

Estou dizendo isto porque me assusto cada dia mais quando vejo a fraqueza destas novas gerações.

São feitas de açúcar. Derretem. Desistem logo. Não sabem o que querem. Pensam a vida como múltipla escolha. E tudo o que não for botão, dá trabalho.

O enfraquecimento emocional e de rigidez de vontade é um fato pós-moderno. Os humanos ficaram com os dedos rápidos para os joguinhos, mas tornaram-se retardados quanto ao mais.

Crescem. Ficam muito altos. Mas continuam imbecilizados e retardados em tudo...

Confundem caprichos com vontade. Não sabem diferenciar gargalhada de alegria. “Ficam, ficam, ficam” — mas continuam não sabendo tratar uma mulher ou um homem.

Tudo os abala... Tudo gera crise. Tudo é demais...

Tornam-se adultos, mas continuam crianças na irresolução. Assim, são mestre em se auto-vitimar e em transferir responsabilidades para sempre — seja para os pais, seja para o mundo.

Discutem acerca do que devem como se o mundo devesse a eles. Entretanto, em tal fraqueza, são mandões na mesma medida em que são bobões. Não vivem sem ajuda, mas cobram e esperam a ajuda como se fosse dívida...

Encontro pessoas de vinte ou trinta anos que são mais infantis e frágeis do que eu jamais fui nem quando menino.

A tendência atual é fabricar gente tão bonita quanto boba.

Quando comparo os jovens de hoje com aqueles que faziam parte de minha juventude, raramente encontro alguém que pudesse andar conosco naquela época. Sairiam correndo... Ou então não conseguiriam acompanhar o ritmo e seriam deixados fora.

Converso com os jovens desta geração e fico aturdido com o infantilismo. Terminam cursos superiores, mas continuam no jardim da infância das percepções da vida.

Ficam altos, mas nunca crescem. Adiam tudo. Quase nunca olham a vida com responsabilidade. Se aparecer quem os sustente, permanecerão em tal estado pra sempre. São lesados!

Quando se empregam, em geral se sentem donos de si mesmos, embora comam na casa dos pais.

São arrogantes e desobedientes aos pais. Fazem apenas o que gostam. E quando fazem algo pelos pais, sempre é no espírito da troca. “Em troca você me dá isso” — é o que dizem.

Por isto também não sabem ser pais. Pobres de seus filhos. Acabarão por se tornar ainda piores do que seus pais. Mais frágeis do que eles, mais doentes de alma do que eles, mais caprichosos e viciados em banalidades do que eles...

Somente uma paulada forte, uma cacetada violenta, um choque de existência – poderá ajudá-los a virarem homens.

Meninos do teclado! Quando vos tornareis homens?

Cansado de tanto retardo,

Caio ( http://www.caiofabio.net/ )

terça-feira, 26 de outubro de 2010

QUE É QUE VOCÊ ACHA DISSO? Oswald Chambers

Ninguém tem maior amor do que este: de dar a própria vida em favor dos seus amigos... mas tenho vos chamado amigos”.(Jo 15.13-15)

Jesus não nos pede que morramos por ele, mas, que demos a vida para ele. Pedro disse: "Por ti darei a própria vida" e disse para valer; seu sentido de heroísmo era magnífico. Ai de nós se formos incapazes de fazer uma declaração como a que Pedro fez aqui ao Senhor. Só se percebe o senso de dever através do senso de heroísmo.

Alguma vez o Senhor lhe perguntou: "Darás a tua vida por mim?" É muito mais fácil morrer do que dar a vida, diariamente, com a convicção de um chamado divino. Não fomos feitos para os momentos de glória, mas, temos que caminhar à luz deles em toda a nossa vida diária. Houve um único momento de glória na vida de Jesus no Monte da Transfiguração; depois, ele esvaziou-se pela segunda vez da sua glória e desceu para se encontrar com o demônio no vale (Mc 9.1-29). Durante trinta e três anos Jesus deu sua vida para fazer a vontade do Pai; e João diz: "Devemos dar nossa vida pelos irmãos" (1 Jo 3:16), embora fazer isso seja contrário à própria natureza humana.

Se sou amigo de Jesus, tenho que dar minha vida por ele, com responsabilidade e deliberação. Isso é difícil, mas, graças a Deus que é difícil. A salvação é fácil porque custou muito para Deus, mas, a manifestação dela em minha vida é difícil. Deus salva uma pessoa, unge-a com o Espírito Santo e depois lhe diz: "Agora desenvolva a sua salvação; seja leal a mim, mesmo embora a influência de tudo que o cerca o induza a ser desleal". "Tenho vos chamado amigos". Permaneça leal ao seu amigo, e lembre-se de que a honra dele está empenhada e penhorada em sua vida terrena.

TUDO PARA ELE, 16 DE JUNHO

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

BENDITO ALVOROÇO!

“Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga judaica. Segundo o seu costume, Paulo foi à sinagoga e por três sábados discutiu com eles com base nas Escrituras, explicando e provando que o Cristo deveria sofrer e ressuscitar dentre os mortos. E dizia: “este Jesus que lhes proclamo é o Cristo”. Alguns dos judeus foram persuadidos e se uniram a Paulo e Silas, bem como muitos gregos tementes a Deus, e não poucas mulheres de alta posição. Mas os judeus ficaram com inveja. Reuniram alguns homens perversos dentre os desocupados e,com a multidão, iniciaram um tumulto na cidade. Invadiram a casa de Jasom, em busca de Paulo e Silas, a fim de trazê-los para o meio da multidão. Contudo, não os achando, arrastaram Jasom e alguns outros irmãos para diante dos oficiais da cidade, gritando: “Esses homens, que têm causado alvoroço por todo o mundo, agora chegaram aqui”. (Atos 17.1-6a) A revista Veja de 3 de Julho de 2002 teve como capa e título “A nação evangélica. O maior país católico do mundo está ficando cada vez mais evangélico. E isso começa a mudar muita coisa no Brasil”. A reportagem falava sobre o resultado do ultimo censo e faz um relato do crescimento dos evangélicos no país desde suas origens. (http://veja.abril.com.br/030702/sumario.html ).

O livro de Atos, assim como a Veja, relata o nascimento, o inicio do cristianismo, o seu crescimento e as repercussões deste no mundo da época. A segunda parte deste relato de Lucas, é dedicado ao ministério de Paulo, suas viagens missionárias; suas perseguições, suas prisões e sua pregação incansável do evangelho (tanto a pequenos, quanto a grandes. Tanto a judeus, quanto aos gentios). Por ser Atos um retrato de uma igreja vitoriosa, que crescia tanto em graça diante de Deus e quanto dos homens, gostaria de fazer uma breve reflexão sobre a vida de Paulo e o seu exemplo para os evangélicos no Brasil de hoje.

Paulo estava no meio da sua segunda viagem missionária. em Trôade, ele teve uma visão, dada por Deus, de um homem que lhe dizia: “passe a Macedônia e Ajude-nos”. Obedientes a esta visão Paulo e seus companheiros seguiram para Macedônia. O ministério de Paulo não era orientado por diretrizes ou desejos humanos, mas o Espírito Santo o conduzia. Paulo não sabia que iria a Macedônia ou Tessalônica, mas Deus revelava a cada passo de fé o seu próximo destino. Assim como Deus se revelava a Paulo, Ele continua se revelando. A bíblia diz que Deus não muda e "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e será eternamente". Temos como Igreja, escutado a voz de Deus ultimamente? Será que Deus se calou ou nós ficamos surdos? Deus com certeza tem falado, mas será que a igreja evangélica no Brasil tem ouvido e obedecido à voz de Deus? ou tem ouvido e seguido outras vozes? Jesus disse: “
As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem”.

Chegando a Filipos, na Macedônia. Paulo, Silas e Timotéo foram procurar um lugar para oração, um lugar mais tranquilo, longe da agitação e loucura da cidade. Chegaram então à beira do rio para ali buscarem presença de Deus. Se quisermos fazer diferença neste país precisamos estar na presença de Deus, louvando-o, agradecendo e reconhecendo-o como único Senhor da nossa história.

Estando eles ali, Deus concede que eles testemunhem do evangelho a um grupo de mulheres que lá estavam. Ali mesmo uma mulher chamada Lídia tocada pelo Espírito Santo abre seu coração para a mensagem que Paulo pregara e logo foi batizada, ela e também todos da sua casa. Quando a igreja ouve a voz de Deus, busca-o em oração e prega o evangelho autêntico, as pessoas ao redor são tocadas pelo Espírito e acrescentadas à igreja e querem servir a Deus... Lídia logo dispôs a sua casa a serviço do Reino e convida Paulo e seus companheiros a se hospedarem lá.

Ainda em Filipos, Paulo é seguido por uma moça possessa por um espírito adivinho que dava muito lucro aos seus patrões, ela gritava: “esse homens são servos do Deus altíssimo e lhes anunciam o caminho da salvação”. Paulo repreende o espírito e ordena que a deixe no nome de Jesus. Por ter cessado a fonte de lucro dos senhores daquela jovem, Paulo e Silas são agarrados, arrastados, severamente açoitados e presos. Ainda presos eles não culpam, nem questionam a Deus por estarem naquela situação, mas antes agradecem e o louvam, por se acharem dignos de sofrerem pelo nome de Jesus. Quando a igreja está realizando os propósitos de Deus, ela afeta e destrói as obras malignas, sem se preocupar com as conseqüências. Precisamos reconhecer a opressão maligna exercida neste país em todas as suas dimensões e fazermos como Jesus “...ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com ele”.

Na prisão Deus usou Paulo e Silas para testemunharem ao carcereiro do evangelho, não só com palavras mas com atos que evitaram que o carcereiro se matasse. Ali mesmo o carcereiro reconheceu o poder e o amor de Deus e creu no Senhor Jesus e foi salvo, ele e sua casa. Até na situação mais difícil, Deus quer nos usar. Graças a Deus não temos perseguição religiosa no Brasil, mas já houve em tempos recentes, precisamos aproveitar o tempo que se chama agora e anunciarmos que: quem quer crer no Senhor Jesus será salvo, não só da ira eterna, mas da maldade do seu coração e poderá a partir de já, viver uma vida nova e abundante em Cristo.

Sendo conduzidos pelo Espírito Santo, Paulo e seus companheiros chegam a Tessalônica. Paulo segundo seu costume vai a sinagoga para pregar o evangelho aos judeus, discutindo e mostrando nas escrituras que o Messias, o Cristo, é Jesus de Nazaré. Os evangélicos brasileiros precisam se lembrar sempre de um dos lemas da reforma (onde eles se originaram) “sola scriptura”, somente a Bíblia é a fonte de regra e conduta e a base de nossa fé. Precisamos tornar relevante a mensagem da Bíblia ao mundo moderno, mas sem enfraquecê-la, sem deturpá-la e sim pregarmos a Palavra de Deus por completo; O seu amor ao pecador e também o seu repúdio ao pecado, a sua Graça ao arrependido e a sua ira ao soberbo, o céu mas também o inferno.

Os cristãos na época de Paulo eram minoria, mas “Esses homens, que têm causado alvoroço por todo o mundo, agora chegaram aqui”. Hoje, segundo o censo, somos pelo menos vinte e seis milhões de evangélicos no Brasil, 15% da população brasileira. Foram apenas 120 pessoas que estavam reunidas no dia de pentecostes e a partir destes Deus nos alcançou hoje, graças ao testemunho e fidelidade destes crentes e do Senhor. A continuidade do evangelho e a pureza deste depende da nossa fé e nosso empenho em querermos descobrir e fazer a vontade de Deus, com 15% da nossa população sendo fiéis a Deus e ao seu evangelho nós já teríamos alvoroçado este país e todas as suas estruturas malignas. Precisamos urgentemente de um grande avivamento e de um retorno às origens, para que essa terra reconheça que Jesus é o nosso Senhor e quer ser o Senhor deste país.
BM
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Este texto foi escrito por mim fazem quase dez anos, estamos a porta de mais um censo, há especulações que os 'evangélicos' (designação boa que de tanto mau usada preferi substituir simplesmente por "cristão") já são mais de 30% da população. O que mudou?

Ps. Recomendo a leitura dos Evangelhos e de Atos (dos apóstolos e do Espírito), eles são muito mais relevantes e atuais do que a próxima edição de Época, Isto É... veja e comprove!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

RELIGIÃO DO CAMINHO por Josias Bezerra da Silva

Jesus disse: "Eu sou o caminho”. Ele não se apresentou como refúgio, nem como oásis, nem como estação de chegada, mas como lugar existencial e espiritual de movimento, de trânsito.

Quem busca em Jesus um oásis, se vê obrigado a fabricar ídolos para manter seu território, seu status quo. Ai nascem os dogmas, a intolerância, o exclusivismo, os jogos de poder, as guerra tribais.

O caminhante nada leva além de sua mochila. "Tomem sobre vocês o meu fardo, porque o meu fardo é leve..." Quem toma sobre os ombros um fardo, mesmo sendo o de Jesus, não se assenta permanentemente em um oásis. Está no caminho e faz da caminhada sua profissão, sua vocação.
Quando tem de parar, considera que está apenas numa estação de revisão... Um breve descanso. Sua inquietação natural, sua inconformação com estruturas prontas e imutáveis, não o deixa quieto. Ele prefere ser "essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo."
Então, ele retoma o caminho... Ali, caminhando, ele sente a presença de seu mestre invisível.

E quando tem de passar pelo inevitável "vale da sobra da morte", não recua, porque sua mente já foi suficientemente preparada pela afirmação do ser diante da possibilidade do não-ser: "Não temerei mal algum..."

Caminhante e caminho se misturam, se afetam reciprocamente e se tornam inseparáveis.Essa mútua afetação é a religião verdadeira que se abre às profundezas insondáveis do Eterno e ao "eterno agora”. Por isso, ele não se cronifica no luto, nem antecipa as dores do amanhã: "Basta a cada dia o seu mal."
O caminhante é um louco, dizem. Porque ele renuncia a aparente segurança dos altares. Um altar tem uma estrutura imutável. Representa uma experiência, é verdade, mas não pode ser elevado à categoria de absoluto. Isso é idolatria. Quem gravita em torno de altares, adora sempre um Deus morto.

"Deus está morto! Os Homens o mataram!" Gritava o caminhante louco Nietzcheano. E estava certo.

O caminhante recusa-se a ser idolatra. Prefere a incerteza de como será a próxima face de Deus a caminhar com a imagem divina que algum santo do passado fabricou.

O caminhante sabe que cada encontro com Deus produz uma experiência nova e diferente.

Ausência e presença de Deus são duas faces desse encontro. O desespero da ausência produz a alegria da presença.
Em trânsito, o caminhante se transforma. Ele não se conforma. Conformar-se é entrar numa fôrma e adquirir uma forma. Transformar-se é abrir-se à uma multiplicidade de formas, pela constante renovação da mente (Rm. 12:2).

O caminhante tem pavor de cânones. Ele sabe que a vida se fossiliza e os homens se digladiam nesse ring.

O caminhante não carrega bandeiras. Ele sabe que as cores competem, estimulam as disputas, produzem exércitos rivais e anulam a solidariedade.

O caminhante não aceita ser juiz. Ele não critica uniformes diferentes. Não reserva tempo para discussões sobre "quem é o maior no reino dos céus”.
O caminhante não tem uma religião. Ele sabe que a verdadeira religião não é uma propriedade, mas uma vivência: "O reino de Deus está dentro de vocês" (Lc. 17:21).

O caminhante não admira templos. Ele sabe que é um templo ambulante. Os templos de tijolos e areia se tornaram covas escuras de excusas intenções.

Finalmente, o caminhante sonha em encontrar e ajudar a nutrir uma comunidade de caminhantes: a igreja do caminho.






...
O $HOW TEM QUE PARAR!

sábado, 2 de outubro de 2010

NÃO HÁ UM JUSTO, NEM UM SEQUER

Não há um justo, nem um sequer...*

A Bíblia já afirma isto há mais de 2.500 anos, e tem gente que achava que no governo do PT haveria uma espécie de seguro contra corrupção e desonestidade, tem gente que cria piamente que neste governo as coisas seriam totalmente diferentes, haveria o milagre tipo água em vinho. É preciso ter muita fé!

A questão é, e será para sempre, se 'os fins justificam os meios'? Meu pai já dizia (e continua dizendo) que quem quer fazer carreira política no Brasil tem que deixar de ser 'sério', tem que vender algo (caráter tem preço?), tem que se comprometer (no pior sentido), mesmo que seja para buscar o bem do povo e fazer algo de produtivo pela nação. Pensando que após subir ao poder vai pode se redimir de alguma forma e se tornar um cidadão de bem. Fulano rouba mas faz, já foi lema informal de campanha e, pior de tudo, parece que nós aprovamos.

"Se vamos olhar para trás e investigar, vamos olhar para trás com coragem e investigar tudo. Se é para recuar dois anos, então vamos recuar oito." Disse o senador Aloísio Mercadante combatendo a instalação de mais uma CPI, a primeira de corrupção no governo Lula (Diário de Pernambuco 21/02/2004). Será que os problemas na política brasileira e na ética desta nação começaram a 10, 20 ou 30 anos atrás? Ou herdamos nosso jeito de fazer política desde nossa colonização? Negociamos nossa 'independência' de forma financeira, sem derramamento de sangue!? Ou ainda estamos tentando lavar o sangue que é todo dia derramado em nossas esquinas, favelas e até nos nossos condomínios (ditos seguros)?

Não se concerta, o que está errado há mais de 500 anos (ou teologicamente falando desde que o homem é homem), em quatro ou oito anos. Ou se pensa que a desonestidade e a corrupção é invenção brasileira (Precisamos que alguém tire as escamas da hipocrisia de nossos olhos!). "Errar é humano" todo mundo já sabe e já usou a velha desculpa diversas vezes, tem gente que nem agüenta mais ouvir esta ladainha. A culpa que não produz mudança de atitude, o arrependimento, é maligna e é chamada de remorso e não produz nada de bom, pelo contrário "...Mas perdoar é divino" e todo mundo já sabe ou ouviu isto.

Moisés, aquele da Bíblia, institui para o povo judeu um dia nacional do perdão que ocorria a cada sete anos. Eu tenho uma teoria, (talvez muito infantil, mas todo mundo já sabe que criança é que sabe viver e ser feliz), Lula vamos instituir nosso dia do perdão. Vamos deflagrar um dia de arrependimento por todos os crimes cometidos contra esta nação e este povo. (Todos os crimes que não resultaram em morte pré-meditada ou intencionada devem ser perdoados desde que haja confissão e reparamento sempre que possível. Se houve, por exemplo, enriquecimento ilícito ou aquele dinheiro que se manda para fora do país mesmo que ganhado 'honestamente', sem declaração, o infrator Confessa o crime, paga um percentual, um imposto, e é absolvido). Vamos dar a nação à chance, que todos nós temos, do recomeço. E finalmente vamos criar um código de leis justas que possam ser cumpridas e exigidas.

Fica aí um sonho, talvez mais uma utopia, mas tudo que existe e é real hoje, foi um sonho, uma idéia ontem. Que Deus continue tendo misericórdia desta nação e antes de tudo; qualquer grande mudança só vem a se tornar realidade quando acontece primeiro individualmente, depois coletivamente; primeiro na mente e coração, depois nas atitudes.

Recife 22 de Fevereiro de 2004
Bruno Macedo

Ainda em tempo: cabe aquela velha proposta petista de renegociar a nossa dívida externa, que uns dizem por aí que já está paga há muito tempo.

*carta de Paulo aos Romanos 3.10 citando Salmos.

...
Fazem 6 anos e meio que escrevi este texto acima, na época foi fruto de um sentimento de indignação bem antigo, mas depois que li na mídia a declaração do senador Aloísio Mercadante me deu uma grande vontade e necessidade de externalizá-lo como uma carta para nosso presidente, esperançoso que um dia chegasse as suas mãos.
Quase nada mudou em relação a sujeira na política, a falta de ética e a falta de vergonha das nossas autoridades, penso que piorou muito, pois perdemos uma grande oportunidade de se trazer as claras a podridão e a lama que envolve a política e uma eleição (o caixa dois, a ficha suja, a compra de votos, o lobby, os mensalões e os mensalinhos, o corporativismo dos maus, a venda de cargos, as falsas promessas, e etc - faça sua lista própria).
O Plínio está certo!
Todo mundo fala em melhorar isso e aquilo, mas ninguém quer chegar na raiz do problema, e se comprometer.
O Plínio está errado!
O nosso problema não é (só...) o neo-liberalismo, nem os interesses dos poderosos que financiam os governantes, nem a sujeição ao FMI.
Nossos governantes são um retrato, um espelho da nossa sociedade. Não é o povo que não sabe votar, votamos em pessoas iguais a nós que diante do poder e de grande somas de dinheiro se corrompem, ou se tornam omissos (o preço da denúncia da iniquidade é muito alto, veja João Batista e todos outros que pagaram até com a vida), da mesma forma que talvez você e eu faríamos. Enquanto não houver clareza que todo o nosso sistema está comprometido com a corrupção e a roubalheira, e reconhecermos que todos nós fazemos parte disso, seja por atitude ativa ou passiva, nada vai acontecer.
Amanhã na hora de votar pare de pensar um pouquinho em você, nas vantagens que um político vai lhe trazer, ou se é um amigo seu, vote com responsabilidade e com uma oração na boca e no coração:
Senhor eu quero um país diferente, concede-nos governantes segundo o teu coração, homens e mulheres sábios que tenham coragem para enfrentar a injustiça e a maldade. Senhor, acima de tudo, me concede coragem para fazer diferença! Perdoa a nossa omissão e indiferença e nos concede a tua Graça, por Cristo Jesus, nosso Senhor, Amém!

Sobre o mesmo tema:
Religião e cidadania - Ed René Kivitz
http://forumcristaoprofissionais.com/2010/09/14/religiao-e-cidadania/

PT - O Partido Que Nunca Foi Governo - Robinson Cavalcanti
http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/326/pt-o-partido-que-nunca-foi-governo