"Temos esta Esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu, onde Jesus que nos precedeu, entrou em nosso lugar..." (Hebreus 6.19,20a)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

BENDITO ALVOROÇO!

“Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga judaica. Segundo o seu costume, Paulo foi à sinagoga e por três sábados discutiu com eles com base nas Escrituras, explicando e provando que o Cristo deveria sofrer e ressuscitar dentre os mortos. E dizia: “este Jesus que lhes proclamo é o Cristo”. Alguns dos judeus foram persuadidos e se uniram a Paulo e Silas, bem como muitos gregos tementes a Deus, e não poucas mulheres de alta posição. Mas os judeus ficaram com inveja. Reuniram alguns homens perversos dentre os desocupados e,com a multidão, iniciaram um tumulto na cidade. Invadiram a casa de Jasom, em busca de Paulo e Silas, a fim de trazê-los para o meio da multidão. Contudo, não os achando, arrastaram Jasom e alguns outros irmãos para diante dos oficiais da cidade, gritando: “Esses homens, que têm causado alvoroço por todo o mundo, agora chegaram aqui”. (Atos 17.1-6a) A revista Veja de 3 de Julho de 2002 teve como capa e título “A nação evangélica. O maior país católico do mundo está ficando cada vez mais evangélico. E isso começa a mudar muita coisa no Brasil”. A reportagem falava sobre o resultado do ultimo censo e faz um relato do crescimento dos evangélicos no país desde suas origens. (http://veja.abril.com.br/030702/sumario.html ).

O livro de Atos, assim como a Veja, relata o nascimento, o inicio do cristianismo, o seu crescimento e as repercussões deste no mundo da época. A segunda parte deste relato de Lucas, é dedicado ao ministério de Paulo, suas viagens missionárias; suas perseguições, suas prisões e sua pregação incansável do evangelho (tanto a pequenos, quanto a grandes. Tanto a judeus, quanto aos gentios). Por ser Atos um retrato de uma igreja vitoriosa, que crescia tanto em graça diante de Deus e quanto dos homens, gostaria de fazer uma breve reflexão sobre a vida de Paulo e o seu exemplo para os evangélicos no Brasil de hoje.

Paulo estava no meio da sua segunda viagem missionária. em Trôade, ele teve uma visão, dada por Deus, de um homem que lhe dizia: “passe a Macedônia e Ajude-nos”. Obedientes a esta visão Paulo e seus companheiros seguiram para Macedônia. O ministério de Paulo não era orientado por diretrizes ou desejos humanos, mas o Espírito Santo o conduzia. Paulo não sabia que iria a Macedônia ou Tessalônica, mas Deus revelava a cada passo de fé o seu próximo destino. Assim como Deus se revelava a Paulo, Ele continua se revelando. A bíblia diz que Deus não muda e "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e será eternamente". Temos como Igreja, escutado a voz de Deus ultimamente? Será que Deus se calou ou nós ficamos surdos? Deus com certeza tem falado, mas será que a igreja evangélica no Brasil tem ouvido e obedecido à voz de Deus? ou tem ouvido e seguido outras vozes? Jesus disse: “
As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem”.

Chegando a Filipos, na Macedônia. Paulo, Silas e Timotéo foram procurar um lugar para oração, um lugar mais tranquilo, longe da agitação e loucura da cidade. Chegaram então à beira do rio para ali buscarem presença de Deus. Se quisermos fazer diferença neste país precisamos estar na presença de Deus, louvando-o, agradecendo e reconhecendo-o como único Senhor da nossa história.

Estando eles ali, Deus concede que eles testemunhem do evangelho a um grupo de mulheres que lá estavam. Ali mesmo uma mulher chamada Lídia tocada pelo Espírito Santo abre seu coração para a mensagem que Paulo pregara e logo foi batizada, ela e também todos da sua casa. Quando a igreja ouve a voz de Deus, busca-o em oração e prega o evangelho autêntico, as pessoas ao redor são tocadas pelo Espírito e acrescentadas à igreja e querem servir a Deus... Lídia logo dispôs a sua casa a serviço do Reino e convida Paulo e seus companheiros a se hospedarem lá.

Ainda em Filipos, Paulo é seguido por uma moça possessa por um espírito adivinho que dava muito lucro aos seus patrões, ela gritava: “esse homens são servos do Deus altíssimo e lhes anunciam o caminho da salvação”. Paulo repreende o espírito e ordena que a deixe no nome de Jesus. Por ter cessado a fonte de lucro dos senhores daquela jovem, Paulo e Silas são agarrados, arrastados, severamente açoitados e presos. Ainda presos eles não culpam, nem questionam a Deus por estarem naquela situação, mas antes agradecem e o louvam, por se acharem dignos de sofrerem pelo nome de Jesus. Quando a igreja está realizando os propósitos de Deus, ela afeta e destrói as obras malignas, sem se preocupar com as conseqüências. Precisamos reconhecer a opressão maligna exercida neste país em todas as suas dimensões e fazermos como Jesus “...ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com ele”.

Na prisão Deus usou Paulo e Silas para testemunharem ao carcereiro do evangelho, não só com palavras mas com atos que evitaram que o carcereiro se matasse. Ali mesmo o carcereiro reconheceu o poder e o amor de Deus e creu no Senhor Jesus e foi salvo, ele e sua casa. Até na situação mais difícil, Deus quer nos usar. Graças a Deus não temos perseguição religiosa no Brasil, mas já houve em tempos recentes, precisamos aproveitar o tempo que se chama agora e anunciarmos que: quem quer crer no Senhor Jesus será salvo, não só da ira eterna, mas da maldade do seu coração e poderá a partir de já, viver uma vida nova e abundante em Cristo.

Sendo conduzidos pelo Espírito Santo, Paulo e seus companheiros chegam a Tessalônica. Paulo segundo seu costume vai a sinagoga para pregar o evangelho aos judeus, discutindo e mostrando nas escrituras que o Messias, o Cristo, é Jesus de Nazaré. Os evangélicos brasileiros precisam se lembrar sempre de um dos lemas da reforma (onde eles se originaram) “sola scriptura”, somente a Bíblia é a fonte de regra e conduta e a base de nossa fé. Precisamos tornar relevante a mensagem da Bíblia ao mundo moderno, mas sem enfraquecê-la, sem deturpá-la e sim pregarmos a Palavra de Deus por completo; O seu amor ao pecador e também o seu repúdio ao pecado, a sua Graça ao arrependido e a sua ira ao soberbo, o céu mas também o inferno.

Os cristãos na época de Paulo eram minoria, mas “Esses homens, que têm causado alvoroço por todo o mundo, agora chegaram aqui”. Hoje, segundo o censo, somos pelo menos vinte e seis milhões de evangélicos no Brasil, 15% da população brasileira. Foram apenas 120 pessoas que estavam reunidas no dia de pentecostes e a partir destes Deus nos alcançou hoje, graças ao testemunho e fidelidade destes crentes e do Senhor. A continuidade do evangelho e a pureza deste depende da nossa fé e nosso empenho em querermos descobrir e fazer a vontade de Deus, com 15% da nossa população sendo fiéis a Deus e ao seu evangelho nós já teríamos alvoroçado este país e todas as suas estruturas malignas. Precisamos urgentemente de um grande avivamento e de um retorno às origens, para que essa terra reconheça que Jesus é o nosso Senhor e quer ser o Senhor deste país.
BM
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Este texto foi escrito por mim fazem quase dez anos, estamos a porta de mais um censo, há especulações que os 'evangélicos' (designação boa que de tanto mau usada preferi substituir simplesmente por "cristão") já são mais de 30% da população. O que mudou?

Ps. Recomendo a leitura dos Evangelhos e de Atos (dos apóstolos e do Espírito), eles são muito mais relevantes e atuais do que a próxima edição de Época, Isto É... veja e comprove!

Um comentário:

  1. Mudou a forma das pessoas nos verem e nos aceitarem: deixamos de ser taxados de "protestantes", as pessoas não se espantam mais quando revelamos nossa "religião", passamos a ser mais "normais" para a sociedade brasileira. Entretanto, essas mesmas pessoas deveriam querer se parecer com a gente, ver em nossas vidas a diferença que só Jesus é capaz de produzir e segui-Lo em consequência de nosso modo de agir. Deveríamos ter uma proposta clara para o nosso país, de valores cristãos, cheia da graça de Deus, amar aos outros como Jesus nos amou, servir sem esperar nada em troca, em contraposição aos valores do mundo, com relacionamentos interesseiros, individualistas e hedonistas.

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