"Temos esta Esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu, onde Jesus que nos precedeu, entrou em nosso lugar..." (Hebreus 6.19,20a)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A PALAVRA FORTE por Kid Abelha

Quando uma música diz tudo o que a gente queria dizer...



Minhas palavras não são tão doces
Eu tenho uma conversa esquisita
Meu vinho não é tão suave
Eu tenho um gosto sutil
Minha maçã não é tão vermelha
Eu tenho uma cor discreta

Eu falo baixo
Coisas pequenas
Pra pouca gente
Mas procuro sempre...

Minhas palavras não são tão certas
Eu tenho uma certeza esquisita
Meus sentimentos não são comuns
Eu sinto coisas que mudam
Meu corpo não é tão real
Eu ando, eu ando,
Eu ando por outros mundos
Meus desejos não são simples
Eu sonho, eu sonho,
Eu sonho com o impossível

Eu falo baixo
Coisas pequenas
Pra pouca gente
Mas procuro sempre
A palavra forte!

Composição: Paula Toller / George Israel


sábado, 18 de junho de 2011

DESEJANDO A VONTADE DE DEUS | A. W. Tozer

O mal profundo do coração humano é um desejo que se soltou de seu centro, como um planeta que abandonou o sol e começou a girar em torno de algum corpo estranho vindo do espaço externo que pode ter-se aproximado o suficiente para afastá-lo. Quando Satanás disse: "Eu subirei" (Isaías 14.13), ele rompeu com seu centro normal. O mal com o qual ele infectou a raça humana foi a desobediência e a revolta. Qualquer método adequado de redenção deve levar em consideração esta revolta e encarregar-se de restituir novamente a vontade humana ao seu lugar apropriado na vontade de Deus. De acordo com esta necessidade essencial de livrar-se do desejo, o Espírito Santo, quando efetua Sua graciosa invasão no coração que tem fé, deve conquistar esse coração pela obediência aprazível e voluntária à total vontade de Deus. A cura deve acontecer no íntimo; não haverá nenhuma conformidade externa. Até que o desejo seja santificado, o homem continuará a ser um rebelde assim como um criminoso ainda o é no coração mesmo que esteja prestando relutantemente obediência ao policial que o está levando para a prisão.


O Espírito Santo realiza esta cura interior combinando a vontade do homem remido com Sua própria vontade. Este processo não se dá de uma só vez. E necessário, é verdade, que haja algum tipo de entrega total da vontade a Cristo antes que qualquer obra de graça possa ser realizada, mas é provável que a combinação completa de todas as partes da vida com a vida de Deus no Espírito seja um processo mais longo do que nós, em nossa impaciência como criaturas, gostaríamos que fosse. A alma mais desenvolvida talvez fique abalada e aflita por descobrir alguma área particular de sua vida onde vinha agindo, sem o seu conhecimento, como senhora e dona daquilo que pensou ter entregado a Deus. É a obra do Espírito que habita nela que aponta estas discrepâncias morais e as corrige. Ele não, como às vezes se diz, "viola" a vontade humana, mas a invade e a leva docilmente a uma união harmônica com a vontade de Deus.


Desejar a vontade de Deus é ir além de não protestar o Seu consentimento; é, em vez disso, optar pela vontade de Deus com uma determinação positiva. A medida que a obra de Deus se desenvolve, o cristão se vê livre para escolher o que bem entender, e escolhe com prazer a vontade de Deus como seu maior bem concebível. Esse homem alcançou a maior meta da vida. Ele está acima dos pequenos contratempos que assolam o restante dos homens. Tudo o que lhe acontece é a vontade de Deus para sua vida, e isto é o que ele deseja com mais ardor. No entanto, é justo afirmar que esta condição não é alcançada por muitos cristãos ativos de nossa época cheia de atividades. Entretanto, enquanto ela não for alcançada, a paz do cristão não poderá ser completa. É provável que haja certa controvérsia interior, uma sensação de inquietação espiritual que corrompa nossa alegria e reduza consideravelmente nossa força.


Outra qualidade do Fogo que habita em nós é a emoção. Este estado de ânimo deve ser compreendido à luz do que foi dito anteriormente sobre a inescrutabilidade divina. O que Deus é em Sua essência singular não pode ser descoberto pela mente nem pronunciado pelos lábios, mas aquelas qualidades em Deus que podem ser consideradas racionais, e, portanto, recebidas pelo intelecto, foram livremente apresentadas nas Sagradas Escrituras. Elas não nos dizem o que é Deus, mas como Ele é, e a soma dessas qualidades constitui uma descrição mental do Ser Divino como se estivesse a distância e fosse visto por um vidro no escuro.


A W Tozer

segunda-feira, 13 de junho de 2011

JESUS, O PENSADOR por Ed René Kivitz

Já ouvi muita coisa a respeito de Jesus. Jesus é Deus. Jesus é amigo. Jesus é Salvador. Jesus é poderoso. Jesus é amor. Jesus é isso. Jesus é aquilo. Coisas assim a respeito de Jesus eu escuto o tempo todo. Mas apenas uma vez ouvi alguém se referir a Jesus como uma pessoa inteligente. Dallas Willard chamou Jesus de “o lógico”, e criticou aqueles que não conseguem colocar Jesus e a inteligência na mesma frase: como podemos levar Jesus a sério como mestre se, ao entrarmos em nossas áreas de competência técnica ou profissional, precisamos deixá-lo de fora?, pergunta Willard. Mais do que isso, por que temos dificuldades em acreditar que Jesus um pensador que tratou das mesmas questões que Aristóteles, Kant, Heidegger ou Wittgenstein, e o fez com o mesmo rigor metodo-lógico?


Essa é uma questão que sempre me intrigou. Por que colocamos Jesus na prateleira dos temas religiosos e metafísicos e o deixamos de lado quando a discussão é política ou econômica? Por que os terapeutas e psicólogos leem a alma humana a partir de Freud e não a partir de Jesus? De onde veio a ideia que Jesus entendia menos de economia e política do que Karl Marx, Adam Smith, Friedrich Hayek ou John Keynes? Por que os cartazes das universidades estampam Che Guevara como ícone revolucionário enquanto Jesus é tratado como um anglo-europeu afeminado?

Jesus encarou o poder político imperialista, bateu de frente com o poder religioso institucionalizado, confrontou todos os agentes de segregação, preconceito e sectarismo social, incluindo questões de classe, gênero, geração, religião e ideologia, estabeleceu as bases de uma comunidade que atravessou mais de dois mil anos de perseguição e fundamentou toda a cultura do ocidente, inspirou artistas e estadistas, foi e é a força mais poderosa de transformação pessoal e resistência diante das tragédias e da morte. Não obstante tudo isso, parece que tudo quanto se consegue discutir a seu respeito é se era mesmo Deus e Salvador do mundo. Seu lugar é o alto do altar, numa cruz empoeirada para a devoção dominical, ou o colar para levar no pescoço ou pendurar no retrovisor do automóvel a título de amuleto. Sua biografia é classificada ao lado de divindades que nada têm a ver com a periferia das grandes cidades, o exagero do padrão de consumo da sociedade capitalista neoliberal, e os conflitos geopolíticos entre norte desenvolvido e sul emergente, sendo autoridade apenas para questões como vida depois da morte, e nome para ser usado numa carteirada na porta do inferno. Justiça seja feita, nos últimos anos tem sido usado como argumento para abrir porta de emprego e consertar filhos e cônjuges que perderam o juízo. Mas dificilmente a relação Jesus – emprego é estabelecida em termos de reforma fiscal e tributária, taxas de juros, e modelo de desenvolvimento econômico.

O Fórum Cristão de Profissionais quer ser um ambiente para que o microfone nas mãos de Jesus seja usado para tratar de temas próprios da vida antes da morte. Seguros de que a vida depois da morte é prerrogativa do Cristo ressurreto, queremos seguir os passos do Jesus histórico, imitando seu estilo de vida, baseando nossas decisões em seus valores, desenvolvendo relacionamentos marcados por compaixão e solidariedade, promovendo a justiça em todas as instâncias da vida. E não tememos encontrar a cruz ao fim do caminho, pois a cruz já a carregamos enquanto caminhamos.

© Ed René Kivitz
http://forumcristaoprofissionais.com/2010/08/13/jesus-o-pensador/

sábado, 4 de junho de 2011

GANHAR O MUNDO SEM PERDER A ALMA - FCP JUNHO 2011

Venha assistir conosco, dia 13 de junho às 20.00 hrs, transmissão ao vivo pela internet.

Auditório do COLÉGIO EQUIPE na Madelena, se inscreva o quanto antes, vagas limitadas.

Inscrições e informações:


Curioso para saber mais sobre o Fórum cristão de profissionais, acesse:

quarta-feira, 1 de junho de 2011

CUIDADO COM OS LADRÕES por Carlos “Catito” e Dagmar

Há algum tempo, dei uma palestra sobre relacionamento familiar em Rondonópolis, MT. Depois da palestra, fui convidado por um grupo para ir jantar um delicioso peixe na brasa. Em meio a conversas e risadas, um casal de noivos que estava sentado ao meu lado me fez a seguinte pergunta: “Professor, vamos nos casar no mês que vem. Sabemos que não existe mágica para um casamento funcionar. Porém, queríamos saber se o senhor teria alguma dica para nos dar. Gostaríamos de cultivar um bom relacionamento desde o começo”.

Pensei por alguns segundos antes de responder e depois olhei bem para eles e disse: “Tenho sim!”.

O casal ajeitou-se na cadeira como se fosse participar de um momento especial, arregalou os olhos e aproximou-se para ouvir-me melhor. Então eu disse: “Se vocês querem ter um casamento harmônico desde o início, “não tenham nem televisor nem computador em casa” nos primeiros dois anos de casado!”.

Eles se entreolharam, com um esboço de sorriso e uma expressão de interrogação, perguntando-se se eu estava falando sério ou se era apenas uma piada, entre as muitas que eu havia contado durante a palestra. Então eu continuei, solene: “Bem, me digam uma coisa, se vocês não tiverem televisão nem computador nos dois primeiros anos de casado, no final do expediente irão chegar em casa, jantar e em seguida farão o que?”. Novamente o casal se entreolhou com um sorriso maroto. Eu complementei: “Tudo bem, “além disso”, vão fazer o quê?”. Eles soltaram uma gargalhada e responderam: “Conversar!”.

Realmente não há fórmulas mágicas para um sucesso no casamento, senão o diálogo. Nos dias atuais, a televisão e o computador são os maiores “ladrões do diálogo conjugal e familiar”. As pessoas chegam em casa cansadas de expedientes muitas vezes torturantes e querem “não pensar”. Apenas se jogam em frente à televisão ou ao computador e ali deixam a mente vagar pelos espaços cibernéticos, sem fazer esforço algum, senão o de mexer os dedos para zapear ou o de teclar e clicar o mouse.

Muito cuidado com esse relax! Existe muito lixo no espaço cibernético e nas programações televisivas que sorrateiramente se acumula nos cantos da mente e produz, em médio prazo, um fedor comportamental que infecta os relacionamentos. Não poucas vezes ouvi comentários de distintas senhoras cristãs, muitas vezes em encontros de casais, afirmando que estavam torcendo para que uma determinada personagem da novela abandonasse o marido e ficasse com o amante, pois o primeiro era nefasto, enquanto o segundo era adorável. Esse lixo entra silenciosamente nas mentes e vai distorcendo os valores.

Ao consultório nos chegam inúmeros casos de homens e mulheres com uma vasta bagagem cristã, mas que, de um momento para o outro, se veem envolvidos em pornografia pela internet. Isso por terem “inocentemente” entrado em salas de bate-papo e, paradoxalmente, não terem mais espaço de diálogo com o cônjuge.


Jesus alerta: “O ladrão só vem para roubar, matar e destruir; mas eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa” (Jo 10.10, NTLH).

Cuidemos então de cultivar o diálogo conjugal e familiar e de manter os ladrões distantes de nossa casa. Talvez você não precise desfazer-se de sua televisão ou computador, mas precise orar a Deus para desenvolver o fruto do Espírito Santo, que inclui o domínio próprio (Gl 5.22). Dominar o impulso de chegar em casa e ligar a televisão ou o computador e aproveitar o tempo para um fecundo diálogo conjugal e familiar é, sem dúvida, sinal de maturidade espiritual.


Carlos “Catito” e Dagmar são casados, ambos psicólogos e terapeutas de casais e de família. Catito é autor de Como se Livrar de um Mau Casamento e Macho e Fêmea os Criou, entre outros.


http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/330/cuidado-com-os-ladroes