"Temos esta Esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu, onde Jesus que nos precedeu, entrou em nosso lugar..." (Hebreus 6.19,20a)
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quinta-feira, 26 de maio de 2022

LIVRA-NOS DO MAL

"E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis."

Romanos 8.26

LIVRA-NOS DO MAL

Livra-nos do mal em não reconhecermos a Tua paternidade, amor extremo e bondade eterna. Não somos mais servos, mas vivemos como se fôssemos, somos seus filhos amados predestinados a ser conforme Cristo Jesus, Teu filho unigênito. 

Livra-nos de não vermos com os Teus olhos o nosso irmão e suas necessidades, e saber que não é contra carne e sangue que lutamos.

O exercito celestial canta pra sempre que és Santo, Santo e Santo - nos concede a graça de sermos a cada dia mais parecidos contigo onde o mal não pode habitar.

O Teu o Reino é de paz, justiça, retidão e amor; o mundo imerso no pecado se tornou o inverso porque não queremos Teu reinado, nem Tua boa, agradável e perfeita Vontade - só por hoje dá-nos o poder de desistir dos planos e desejos maldosos para abraçar o Teu querer, e experimentarmos do Teu cuidado.

O pão nosso é maldição quando somente eu o recebo e não compartilho à mesa, dá-nos o  pão da partilha e a mesa da comunhão. Que a generosidade, e exercer misericórdia seja uma constante, que a sede & fome por Tua Palavra seja cada vez maior.

O Teu precioso Perdão sobre meus pecados, e que transformou uma vida marcada pela desobediência, levou e lavou a culpa pelo sangue santo e inocente do Cordeiro de Deus; consciente do alto preço nos ajuda a vermos a ofensa bem menor que praticam contra nós como uma oportunidade de derramarmos da Tua graça sobre os nossos irmãos. Não permitas o mal de querermos tomar o veneno da vingança e da retenção do perdão. 

Uma vida esvaziada de nós mesmos, porém imersa, batizada no oceano do Teu Espírito Santo é o que me fará, nos fará vencer todo o mal.

Se tudo é Teu, e tudo acontece por Tua graça, Tua suprema bondade, e  por Teu leal amor que não pode ser esgotado, nem diminuído, pois és o próprio Amor - que em tudo, em todo tempo, mas em  especial nesse dia que se inicia eu reconheça que o mal maior é não me entregar a Ti, integralmente, a minha vida, desejos e sonhos como um sacrifício vivo, santo e que seja de bom grado.

Um filho teu necessitante mais de Ti porque a Tua graça é mais que suficiente.


terça-feira, 8 de julho de 2014

A VIDA DEVOCIONAL por Osmar Ludovico

Um dos pilares da experiência cristã é a vida devocional, isto é, o cultivo de uma relação de intimidade com Deus através da leitura bíblica e da oração. Na recomendação de Jesus Cristo, a vida devocional acontece no quarto de portas fechadas, no secreto, longe do público e das distrações.

A vida devocional é um privilégio extraordinário para os que creem. Na antiga aliança, só o sumo sacerdote, uma vez por ano, tinha acesso à presença de Deus no Santo dos Santos, no templo de Jerusalém. Porém, no momento em que Jesus Cristo morre na cruz, o Evangelho relata que o véu que dava acesso ao Senhor foi rasgado de alto a baixo – e lemos no livro de Hebreus que, agora, podemos entrar confiadamente na sala do trono pelo novo e vivo caminho no sangue de Cristo.

Deus não está mais no templo de Jerusalém, edificação feita por mãos humanas. Agora, ele habita no coração do homem e da mulher que nele creem e, assim, nosso corpo se tornou o templo do Espírito Santo. Este é o mistério de Cristo em nós; assim foi abolido o sacerdócio como privilégio dos levitas e, no Filho de Deus, o sacerdócio se tornou universal e inclui todos os crentes. Apesar disso, o que temos visto na Igreja é um retrocesso, pois o lugar do encontro com Deus se tornou o templo no domingo; a adoração é intermediada pela banda e pelo dirigente do louvor, e Deus fala através de pregadores ungidos. Além disso, levamos nossas orações para intercessores que, supostamente, têm poder.

O resultado é uma geração de crentes que dependem de intermediários na sua relação com Deus. Ao invés da leitura bíblica pessoal, ouvimos sermões, e no lugar da oração pessoal, aquela que se desnuda diante do Senhor, fazemos nossos pedidos na reunião de oração. É por isso que existem tão pouco santos e profetas entre nós, e tantos crentes imaturos e instáveis. Santo não é aquele que não peca mais, mas o que sabe que é um grande pecador e vive quebrantado e na dependência do Espírito Santo. E profeta não é aquele que adivinha o futuro, mas denuncia o mal e anuncia o juízo, sem preocupação em agradar aos outros.

A vida devocional ficou em segundo plano, e sem uma relação pessoal com Deus a ênfase recai na vida comunitária, no programa, no culto – em parte porque nos tornamos pessoas inquietas e agitadas que não conseguem parar, e em parte porque achamos que Deus só fala conosco através de pastores. Mas também negligenciamos a vida devocional porque achamos improdutiva e perda de tempo e buscamos experiências espirituais eufóricas e entregamo-nos ao ativismo religioso.

Sabemos que Deus habita o mais alto e santo lugar nos céus, mas também habita o coração do contrito e do abatido de espírito. Procuramos o Altíssimo nos mais altos céus – mas ele está muito mais perto de nós, no nosso coração. Encontramos o Senhor mais facilmente quando descemos, e não quando subimos; descemos ao nosso coração para encontrá-lo por trás da nossa maldade e da nossa agitação. A casa do Pai é o nosso próprio coração: por isso, voltar para à casa do Pai é retornar ao nosso próprio coração. Ali, ouvimos sua palavra e lhe respondemos com nossas orações. Esta é uma descrição da vida devocional. Em outras palavras, podemos dizer que é o cultivo de uma amizade com Deus no recôndito do nosso coração. Nossa vida se torna, então, um caminho com Cristo até Cristo, um caminho em direção ao nosso próprio coração, onde o Senhor nos aguarda apesar das nossas agitações e preocupações. Aquietamo-nos para encontrá-lo e, quando o encontramos, estamos prontos para encontrar outros.

Sabemos da importância dos frutos na vida cristã: fruto de arrependimento, fruto do Espírito e fruto de boas obras. Todavia, a parte mais importante de uma árvore é a raiz. A árvore pode ter um tronco magnífico e folhas viçosas, mas se a raiz estiver afetada, seus frutos serão ruins e ela pode até morrer. Pois a vida devocional é raiz que precisa estar coberta, no escuro, nas profundezas. Se ela é saudável, alimentando-se da seiva viva e bebendo dos mananciais de águas puras, então não precisamos nos preocupar com os frutos – eles, certamente, virão e serão bons.

Precisamos resgatar o ensino e a prática do sacerdócio universal dos crentes e o vinculo de intimidade com Deus através da leitura bíblica e da oração no secreto.

http://www.cristianismohoje.com.br/colunas/osmar-ludovico/encontramos-o-senhor-mais-facilmente-quando-descemos-e-nao-quando-subimos

sexta-feira, 14 de março de 2014

O RIVOTRIL E A ORAÇÃO por Ricardo Barbosa


Recentemente a revista “Época” publicou uma matéria sobre o uso do Rivotril, uma droga contra a ansiedade, de baixo custo, que tornou-se o segundo remédio mais vendido no Brasil, atrás apenas do anticoncepcional Microvlar. Segundo a revista, apesar de a droga ser antiga e estar há mais de 35 anos no mercado, nos últimos cinco anos teve uma escalada impressionante de vendas, batendo inclusive analgésicos tradicionais, como Novalgina e Tylenol.

Este dado revela um cenário social preocupante sob vários aspectos. Além dos problemas mencionados na reportagem -- que vão desde o aumento dos transtornos de ansiedade e depressão na sociedade, até os milhões de dólares gastos em publicidade pela indústria farmacêutica, passando pelos atalhos usados por profissionais de saúde que não se preocupam em analisar as causas da ansiedade --, temos um quadro que desafia a fé e o chamado de Cristo.

Vivemos um tempo de muita violência, pressa, competição e medo. As inúmeras expectativas sociais, afetivas e profissionais geram inquietações e frustrações. As mudanças em diversos aspectos da vida acontecem numa velocidade enorme e tornam cada vez mais difícil para a pessoa discernir o que realmente importa e o que é possível. Os anseios internos e externos nos consomem. Amigos que requerem nosso tempo e atenção, projetos não concluídos e outros na fila à espera de tempo para serem considerados. O lar deixou de ser um lugar tranquilo. As várias televisões ligadas, a internet e os celulares transformaram o ambiente doméstico numa extensão da agitação que vivemos todo dia. Cada nova experiência nos traz exigências cada vez maiores.

Nos anos dedicados ao seu ministério público, Jesus trabalhou intensamente, enfrentou situações difíceis, violência e um complexo quadro social, político e econômico. E declarou em sua oração ao final do ministério: “Eu te glorifiquei na terra consumando a obra que me confiaste” (Jo 17.4). Compreender o significado desta declaração nos ajudará a lidar melhor com a ansiedade.

O reverendo Peter T. Forsyth disse em certa ocasião: “O pior dos pecados é a falta de oração”. Por meio da oração nós permanecemos com os olhos e a mente em Deus. Sua ausência intensifica nosso orgulho, e achamos que é possível viver sem Deus. A prática da oração nos preserva numa vida centrada na glória, no reino e na vontade de Deus. Foi assim que Jesus nos ensinou a orar.

Para muitos as tensões e ansiedades do trabalho vêm de chefes e diretores neuróticos. As incertezas do futuro, o ritmo acelerado das mudanças, a superficialidade dos relacionamentos, as exigências públicas e privadas cada vez maiores, são geradores de muita ansiedade. Porém, a oração nos ajuda a manter a vida focada em Deus, e nele aprendemos a descansar e reconhecer o que realmente importa. 

O mundo de Jesus não era diferente; ainda assim, o vemos orando, reconhecendo que havia completado a obra que lhe fora confiada. É claro que, mesmo tendo curado muitos enfermos, outros tantos permaneceram doentes. Devolveu a dignidade a algumas prostitutas, coletores de impostos e endemoninhados, mas muitos continuaram na vil escravidão. Porém, a certeza de ter cumprido a tarefa que o Pai lhe confiara veio do lugar que a oração ocupou em sua vida.

Não podemos mudar a paisagem externa (agitação, competição, violência, consumo), mas podemos mudar a paisagem interna (confiança, entrega, descanso, paz). Uma vez que a paisagem interna é transformada, podemos entrar no mundo agitado da paisagem externa e contribuir para sua transformação. 

Um momento de silêncio, meditação nas Escrituras e oração no início de cada dia muda radicalmente a paisagem interna e nos ajuda a olhar com mais serenidade a paisagem externa. Além desses minutos diários, precisamos nos recolher, pelo menos uma vez por semana, para um inventário pessoal, para ver se temos nos ocupado mais com Deus e sua vontade ou com a tirania das demandas sociais. A oração é o antídoto divino para a ansiedade.


• Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.

http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/319/o-rivotril-e-a-oracao

sábado, 8 de fevereiro de 2014

INCITAÇÃO DA MENTE À CONTEMPLAÇÃO DE DEUS por Anselmo de Cantuária (1078)

Eia, vamos, pobre homem! Foge um pouco às tuas ocupações, esconde-te dos teus pensamentos tumultuados, afasta as tuas graves preocupações e deixa de lado as tuas trabalhosas inquietudes. Busca, por um momento, a Deus e descansa um pouco nele. Entra no esconderijo da tua mente, aparta-te de tudo, exceto de Deus e daquilo que pode levar-te a ele, e, fechada a porta, procura-o. Abre a ele todo o teu coração e dize-lhe: “Quero teu rosto; busco com ardor o teu rosto, ó Senhor” (Salmo 27.8).

Eis-me, ó Senhor meu Deus, ensina, agora, ao meu coração onde e como procurar-te, onde e como encontrar-te. Senhor, se não estás aqui, na minha mente, se estás ausente, onde poderei encontrar-te? Senhor, se estás por toda parte, por que não te vejo aqui? Certamente habitas uma luz inacessível. Mas onde está essa luz inacessível? E como chegar a ela? Quem me levará até lá e me introduzirá nessa morada cheia de luz para que ali possa enxergar-te?

Nunca te vi, ó Senhor meu Deus. Senhor, eu não conheço o teu rosto. Que fará, ó Senhor, que fará este teu servo tão afastado de ti? Que fará este teu servo tão ansioso pelo teu amor e, no entanto, lançado tão longe de ti? Anela ver-te, mas teu rosto está demasiado longe dele. Deseja aproximar-te de ti, mas a tua habitação é inacessível. Arde pelo desejo de encontrar-te, e não sabe onde moras. Suspira só por ti, e não conhece o teu rosto. Ó Senhor, tu és o meu Deus e o meu Senhor, e nunca te vi. Tu me fizeste e resgataste, e tudo o que tenho de bom devo-o a ti; no entanto, não te conheço ainda. Fui criado para ver-te, e até agora não consegui aquilo para que fui criado.

(…) E tu, Senhor, até quando, até quando, ó Senhor, ficarás esquecido de nós? Até quando conservarás o teu rosto afastado de nós? Quando iluminarás os nossos olhos e nos mostrarás teu rosto? Quando voltarás a nós? Olha para nós, ó Senhor. Escuta-nos, ilumina os nossos olhos, mostra-te a nós. Volta para junto de nós, a fim de termos, novamente, a felicidade, pois, sem ti, só há dores para nós. Tem piedade de nossos sofrimentos e esforços para chegar a ti, pois, sem ti, nada podemos. Convida-nos, ajuda-nos, Senhor. Rogo-te que o meu desespero não destrua este meu suspirar por ti, mas respire dilatado meu coração na esperança. Rogo-te, ó Senhor, consoles o meu coração amargurado pela desolação. Suplico-te, ó Senhor, não me deixes insatisfeito após começar a tua procura com tanta fome de ti. Famélico, dirigi-me a ti: não permitas que volte em jejum. Pobre e miserável que sou, fui em busca do rico e misericordioso: não permitas que retorne sem nada, e decepcionado. E se suspiro antes de comer, faze com que eu tenha a comida após os suspiros.

Ó Senhor, encurvado como sou, nem posso ver senão a terra: ergue-me, pois, para que possa fixar com os olhos o alto. As minhas iniquidades elevaram-se por cima da minha cabeça, rodeiam-me por toda parte e me oprimem como um fardo pesado. Livra-me delas, alivia-me desse peso, para que eu não fique encerrado como num poço. Seja-me permitido enxergar a tua luz, embora de tão longe e desta profundidade. Ensina-me como procurar-te e mostra-te a mim que te procuro. Pois, sequer posso procurar-te se não me ensinares a maneira, nem encontrar-te se não te mostrares. Que eu possa procurar-te desejando-te, e desejar-te ao procurar-te, e encontrar-te amando-te, e amar-te ao te encontrar.

Ó Senhor, reconheço e te rendo graças por teres criado em mim esta tua imagem, a fim de que, ao recordar-me de ti, eu pense em ti e te ame. Mas ela está tão apagada em minha mente por causa dos vícios, tão embaciada pela névoa dos pecados, que não consegue alcançar o fim para o qual a fizeste, a menos que tu a renoves e a reformes. Não tento, ó Senhor, penetrar a tua profundidade. De maneira alguma a minha inteligência amolda-se a ela, mas desejo, ao menos, compreender a tua verdade, que o meu coração crê e ama. Com efeito, não busco compreender para crer, mas creio para compreender. Efetivamente creio, se não cresse, não conseguiria compreender.

sábado, 18 de maio de 2013

5 (cinco) ORAÇÕES PERIGOSAS por Bill Hybels

“É preciso coragem para fazê-las, mas a recompensa é grande”




“Senhor, ajuda-me a viver este dia!” Diariamente dirigimos a Deus diversos tipos de oração, desde as mais cautelosas e as que visam aos nossos interesses, até as mais arriscadas e perigosas. Qual foi a última vez que fizemos uma oração “perigosa”, dessas em que colocamos nossa fé à prova e abrimos o coração para Deus de uma forma jamais vivenciada?

Deus gosta de ouvir tais petições, pois promovem nosso crescimento espiritual. A Bíblia contém inúmeros exemplos de orações feitas por fiéis que desejavam amadurecer na vida cristã. Se você, meu amigo, vem mantendo certa distância de Deus em suas orações, experimente um dos seguintes tipos de oração “perigosa” que se seguem. E Deus irá atendê-la com muita sabedoria.

1. Sonda-me!

Karen bateu o fone com força no gancho e, muito irritada, pensou: Como é que Patty pode fazer unia coisa dessas! Ela sabe muito bem que não deve envolver-se com um homem casado!

Como Karen, nós também podemos nos sentir indignados diante de certas atitudes de pessoas que parecem não dar a mínima atenção para as determinações divinas. Ficamos aborrecidos pelo fato de elas não revelarem a menor consideração por suas leis morais. O rei Davi expressa exatamente esse tipo de sentimento no Salmo 139. Inicialmente, ele expressa intenso louvor a Deus, em atitude de adoração e gratidão; mas na seqüência, de repente, começa a demonstrar indignação, dizendo: “Tomara, ó Deus, desses cabo do perverso… Não aborreço eu, Senhor, os que te aborrecem? E não abomino os que contra ti se levantam? Aborreço-os com ódio consumado; para mim são inimigos de fato:” (Vv. 19a,22.)

Contudo, nem bem ele acabou de pronunciar essas palavras, caiu em si e disse: “Sonda-me, Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” (SI 139.23,24)

Parece muito certo abrigarmos uma ira justa contra aqueles que se rebelam contra Deus. Todavia, como é fácil nos esquecermos de perguntar ao Senhor se nós também não estamos agasalhando alguma atitude de rebelião. Esse tipo de oração é perigosa porque, quando pedimos ao Senhor que sonde nosso coração, ele sonda mesmo. O Espírito Santo revela as áreas de nossa vida que “resguardamos” com tanto cuidado, e que necessitam ser modificadas. O crente que tem um compromisso sério com Deus dirige-lhe esse tipo de petição no objetivo de eliminar o pecado de sua vida, visando ao seu crescimento espiritual.

A Bíblia contém inúmeros exemplos de orações feitas por fiéis que desejavam amadurecer na vida cristã.

Qual foi a última vez que fizemos uma oração perigosa?

2. “Derruba as barreiras que há em mim!”

Certa senhora confessou:

“Tenho forte tendência de sempre querer causar boa impressão nos outros. Acho que me preocupo demais com o que eles irão pensar de mim. Sinto medo de sofrer rejeição. Vivo constantemente num círculo vicioso de preocupação e medo!”

Em Eclesiastes 3.3, lemos que há “tempo de derribar e tempo de edificar”. Se quisermos crescer espiritualmente, temos de fazer a petição: “Derruba as barreiras, Senhor!” Por mais que já tenhamos avançado na vida cristã, sempre há alguma área de nossa vida em que se faz necessária uma intervenção divina.

Quando iniciei meu ministério pastoral, era muito inseguro. Parecia que o medo pairava sobre minha vida como uma nuvem escura. Então comecei a orar a Deus nos seguintes termos: “Senhor, liberta-me desse espírito de temor. Isso não glorifica teu nome e prejudica minha atuação como líder e pregador.”

O problema não se resolveu da noite para o dia, mas continuei a orar nesse sentido e, pouco a pouco, fui experimentando mais do poder de Deus e, ao mesmo tempo, o medo foi desaparecendo.

Sempre há em nossa vida algum mal que precisa ser derrubado como, por exemplo, o desânimo, o orgulho, a insensibilidade, etc.. E não podemos derrotá-lo sozinhos. Só Deus tem poder para ajudar-nos a superá-lo. Se alguém deseja ver-se livre de algum problema dessa natureza para seguir a Cristo de todo o coração, tem de fazer uma oração do tipo: “Derruba as barreiras, Senhor!”

3. “Quero crescer!”

Cindy enfrenta problemas em seu casamento. O marido não adota os valores cristãos que ela assumiu e não atende a muitas de suas necessidades emocionais. E ela relata:

“A princípio eu vivia orando a Deus, pedindo que modificasse meu marido, mudasse as circunstâncias e deixasse tudo perfeito, do jeito que eu queria. Mas agora entendo que o Senhor quer que eu passe por esses problemas para crescer, e não que fique livre deles. Quer fortalecer minha fé.”

Os cristãos primitivos fizeram esse tipo de oração. Eles não pediram:

“Senhor, remove a perseguição.”

Eles oraram assim: “Senhor, aumenta nossa coragem; aumenta nossa ousadia.”

Em conseqüência disso, a igreja primitiva cresceu muito, tanto espiritual como numericamente, apesar de enfrentar terrível oposição.

Talvez você se sinta espiritualmente emperrado, triste por não ver avanços em sua vida espiritual nem em seus relacionamentos. Enfrenta problemas no casamento, como Cindy? Seus filhos estão atravessando um período difícil, e você não sabe o que fazer? Peça a Deus que faça crescer seu casamento, a criação dos filhos, seu entendimento espiritual e até sua coragem de inovar na comunhão com ele. Se alguém quer amadurecer espiritualmente, é essencial que faça esta oração: “Quero crescer!”

4. “Dirige-me!”

Assim que me converti, um amigo me incentivou a entregar toda a minha vida a Deus, passando a ele o controle de tudo. Então fiz a seguinte oração:

“Senhor, toma minha vida e faz dela o que o Senhor quiser!”

A primeira providência dele foi tirar-me da firma onde eu trabalhava. Tratava-se de uma empresa altamente lucrativa, pertencente à nossa família, que meu pai pretendia passar aos filhos mais tarde. Em seguida, conduziu-me a uma organização cristã que trabalha com jovens. Depois levou-me a aceitar o cargo de pastor da mocidade numa igreja. Minha impressão era de que ele estava-me guiando na direção errada. Contudo, nesse período de três anos, fui-me convencendo de que Deus sabia exatamente o que estava fazendo – embora, em determinados momentos, eu próprio não o soubesse.

Hoje cada novo passo que ele me leva a dar é mais maravilhoso que o anterior. E cada um me revela para que foi que Deus me criou, e é sempre algo muito gratificante para mim. E continuo fazendo esse tipo de oração: “Dirige-me, Senhor!”, pois Deus já se provou merecedor de toda a minha confiança.

As vezes somos tentados a evitar orações que talvez venham a “desarrumar” nossa vida. Temos medo de nos colocar totalmente sob o controle de Deus. Contudo é daí que vem nossa fé. Precisamos crer que o Senhor deseja conduzir nossa vida para um caminho melhor.

5. “Usa-me!”

Certa vez eu me dirigia a um lugar onde deveria pregar, e fiz essa oração: “Usa-me, Senhor!”

Quando lá cheguei, descobri que me esquecera de pôr uma gravata na mala. Então fui a certa loja do outro lado da ma para comprar uma. Quando voltava, notei um senhor de aparência tristonha, parado ao lado de um engraxate. 0 Espírito de Deus inspirou-me a travar conversa com ele. Quinze minutos depois já ficara sabendo que ele tinha um problema financeiro justo, e que eu poderia resolver. Como eu dissera a Deus: “Usa-me!”; ele me conduzira àquele homem.

Ao fazer essa oração, estamos dizendo ao Senhor:

“Senhor, se quiseres realizar algum feito grandioso por meu intermédio, se quiseres abençoar alguém através de mim, estou à tua disposição.”

Essa oração é muito poderosa. Ela nos conduz a muitas aventuras. Nunca sabemos o que poderá acontecer quando fazemos essa petição.

Quem faz essas cinco orações “perigosas” demonstra que deseja um compromisso sério com Deus. Se nós, em espírito de oração e com coragem, decidirmos abandonar nosso conforto pessoal, nossa vida espiritual nunca mais será a mesma.

“Sonda-me. Quebra barreiras em mim. Quero crescer. Dirige-me. Usa-me.”

Meu irmão, faça essas orações e fique esperando para ver o que Deus fará.

Bill Hybels

domingo, 24 de junho de 2012

VOCÊ TEM MEDO DE ORAR E NÃO SER ATENDIDO?...

Jesus disse que deseja que a nossa alegria, a alegria dos discípulos do Evangelho, dos seguidores da Palavra da Vida, seja alegria completa; não em parte, mas plena; assim como plena, diz Ele, deve ser a nossa vida; visto que Ele, de Si mesmo, dizia a nós: “Sem mim nada podeis fazer” — deixando-nos desse modo claro que a certeza de que nossa alegria só pode vir de nossa relação de implante Nele.


No lugar no qual Ele disse que deseja que nossa alegria seja completa [João 17], Sua referencia a completude de nossa alegria se vincula à nossa confiança em Deus, pela qual temos com Ele a intimidade de pedir em oração, sobretudo se a disposição do coração é permanecer na Sua Palavra; assim como um ramo sadio e frutuoso de uma videira só continua sadio e frutuoso se permanecer ligado ao tronco da videira.


A oração [...] pode ser nossa grande fonte de alegria!


Todavia, não existe nenhum poder na oração em-si...


Oração não é mandinga e nem macumba...


Digo: oração a Jesus [...] não o é!...
Sim, pois oração a Jesus, mesmo que use o nome de Jesus, só é oração em Jesus e para Jesus... — se for em conformação à Palavra de Jesus, ao Evangelho; posto que orações feitas a Jesus, em nome de Jesus, mas fora do espírito do Evangelho, fora do ensino de Jesus, longe do mandamento do amor e do perdão, afastadas do sentido do que Jesus chama vida e valor diante de Deus, não são orações a Deus, mas àquele que ama o ódio, o capricho, a magia, a manipulação, o culto à própria vontade, à necessidade psicológica carrega de morte e perversão, a mentira, a vingança e a hipocrisia..., que é o diabo.


Jesus, no entanto, mandou que orássemos mais do que nos mandou fazer qualquer outra coisa!...
Além disso, Ele disse que a oração que acontece em paz e submissão à vontade de Deus e segundo o espírito do Evangelho, sempre será ouvida; e sempre trará até nós a certeza e a demonstração de nossa amizade com Deus pela obediência em fé ao Evangelho; posto que os verdadeiros amigos de Deus, os que pedem e recebem, são amigos de Deus apenas porque demonstram seu amor e fé pela permanência no mandamento do amor, que é o sentido do Evangelho.


Desse modo Jesus ensina que a oração é o fator mais simples e prático de experiência de alegria espiritual, quando se ora com amor e submissão, quando se pede com confiança, quando se intercede com amizade e ardente amor fraterno, quando mesmo desejando algo, e pedindo algo com clareza especifica, ainda assim não se faz a esperança escrava do desejo pessoal, pois apesar de se pedir, pede-se Àquele que sabe o que nos será melhor...; coisa que o mais esclarecido de nós está longe de saber.


Você tem medo de orar?...


Pergunto por que a maioria dos crentes que eu conheço só ora em vigília ou reunião de oração, pois, na solitude [...] não crêem que serão ouvidos; posto que fiam-se no “ajuntamento dos que oram” como se fosse um poder-em-si... — e isto porque não têm amizade com Deus, posto que pessoalmente saibam que não mantêm nenhuma amizade com Jesus pela obediência ao Evangelho e ao mandamento do amor, do perdão e da misericórdia.


Sim, não crêem em sua amizade com Deus, e, por isto, não oram; posto que temam não receber; visto que somente pensem em resposta às suas orações como atendimento aos seus caprichos, os quais, são egoísmos oferecidos como petição ao Pai.


Daí temerem orar sozinhos...


Daí precisarem da oração grupal como elemento de força aos seus pedidos pessoais...


Pense nisso!
Nele,


Caio
22 de setembro de 2009
Lago Norte - Brasília - DF

sábado, 31 de março de 2012

ORAÇÃO 2

Desejamos viver de acordo com nossas condições, e a oração coloca-nos sob o risco de envolvermo-nos com as condições de Deus.
Eugene Peterson 

Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.
Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.
Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.
E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém’.

Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará.
Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas.
Jesus Cristo em Mateus 6:9-15

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

UMA ORAÇÃO por Dietrich Bonhoeffer

Ó Deus,
Cedo de manhã, clamo a Ti.
Auxilie-me a orar,
E a pensar somente em Ti.
Sozinho, não posso fazê-lo.
Em mim há escuridão,
Mas em Ti há luz
Estou só, mas Tu não me abandonas. 
Eu estou frágil de coracão, mas Tu não me deixas. 
Eu estou inquieto, mas em Ti há paz. 
Em mim há amargura, mas em Ti há paciência. 
Teus caminhos são incompreensíveis, mas Tu conheces o caminho para mim... 
Restaura-me para a liberdade, e agora capacita-me a viver de tal forma que eu possa prestar contas a Ti e a mim próprio. Senhor, seja o que for que este dia possa trazer, Teu nome seja louvado!
D. Bonhoeffer, da Cela 92 na prisão de Tegel, Natal de 1943.

(Do livro BONHOEFFER - Pastor, Mártir, Profeta, Espião, p.482-483)

domingo, 1 de janeiro de 2012

LEIAMOS A BÍBLIA!

Após servir 30 anos como pastor, ele concluiu que o analfabetismo bíblico é violento, e afirmou: a Bíblia é o mais vendido, o menos lido e o menos compreendido de todos os livros". 

George Gallup, o mais conhecido pesquisador religioso nos EUA, concorda com a opinião desse desconhecido pastor, e acrescenta: "Reverenciamos a Bíblia, mas não a lemos". Numa recente pesquisa, 64% dos entrevistados informaram que estavam ocupados demais para a leitura da Bíblia. A maioria das famílias tem em média três Bíblias, mas menos da metade dessas pessoas sabem o nome do primeiro livro do Antigo Testamento. Outra pesquisa revelou que 12% dos entrevistados que se denominavam cristãos identificaram a esposa de Nóe como Joana D'arc! 

Qual a solução? Ler a Bíblia! Una-se a mim no compromisso de ler a Bíblia em um ano. Nós precisaremos de aproximadamente 15 minutos para lermos 4 capítulos por dia (Em 300 dias leremos os seus 1189 capítulos). Estamos ocupados demais para isto? 

O objetivo não é a informação, mas a transformação! Alguém resumiu 2 Timóteo 3.16, dizendo: " A Palavra de Deus nos mostra que caminho seguir (Doutrina = Ensino); como retornar ao caminho (correção); e como permanecer nele (instrução na Justiça)". 

A Palavra de Deus é um precioso Presente. Por isso, leiamos durante o próximo ano. 

DCM - Extraído do devocional Nosso Andar Diário dia 31 de Dezembro.

...
"Toda a Escritura nos foi dada por inspiração de Deus e é útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer compreender o que está errado em nossas vidas; ela nos endireita e nos ajuda a fazer o que é correto. Ela é o meio que Deus utiliza para nos tornar bem preparados em todos os pontos, perfeitamente habilitados para toda boa obra".
2 Timóteo 3.16,17 - Nova Bíblia Viva ( A Bíblia que estou lendo no momento)

Altamente recomendado, CONHEÇA SUA BÍBLIA com Ed René Kivitz: http://ibab.com.br/conhecasuabiblia.php

Primeiro palestra da série de 8 do Conheça sua Bíblia:

Bíblia, palavra de Deus - Parte 1 from IBAB on Vimeo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A CONEXÃO DE JOBS | BM

Todo mundo é inspirado por alguém. Modelos nos são essenciais. 

O humano (o animal racional) não é só instinto, ele não vinga se não receber cuidado como alimento e abrigo, e vira bicho se não receber afeto e orientação. Recebemos uma herança bio-psico-social que forma o que somos, somos iguais no contexto, mas diferente no produto. Dividimos a mesma casa, a mesma família, a mesma escola mas no final nos tornamos diferentes, viramos Pessoa(L).

Penso que o que mais nos torna diferentes são os modelos (pessoas que queremos ter a forma e conteúdo) que adotamos. Os pais são para sempre o parâmetro de modelo (mesmo que seja antítese deste), mas nem sempre são o nosso modelo ideal. Aliás o ideal nem sempre é o ideal, mas cada um tem o seu.

Pessoas que nos inspiram são quase sempre modelos para nós. Quase sempre elas nos inspiram por aquilo que fazem e não por aquilo que são. É difícil separar o criador daquilo que ele faz, mas quanto ao material humano é questão de vida fazê-lo.

Conhecemos a história de um governante que assumiu o seu país em caos: a economia devastada por causa da crise mundial, e um povo com orgulho ferido por causa de uma guerra. Em menos de dez anos este governante tornou este país numa super-potência econômica e mundial, devolveu ao povo seu orgulho e lhe deu esperança. Grande feito deste homem, seu nome era Hitler. O que ele fez foi formidável para aquele povo (por um pequeno período de tempo), como ele fez foi detestável, odioso, faltam até palavras para descrever.

Esta semana recebemos com pesar a notícia da morte Steve Jobs, fundador da Apple. Grande foi a repercussão em todos os meios, inclusive nas mídia sociais. Jobs (trabalho?) era um cara admirado por muitos por sua criatividade, liderança inovadora e visão. Uns dos motes de Jobs era que precisamos ter paixão por aquilo que fazemos, e ele estava certo. Jobs falava isto de cátedra, poucos eram tão apaixonados pelo que fazia como ele. A prova é como a Apple se reinventava quando sob sua liderança. 

Jobs Era considerado um gênio, mesmo sem ter concluído uma educação formal, tirou proveito do que tinha as mãos e viveu uma vida muito longe da mediocridade. Foi um cara de muito sucesso e por isso muito admirado!

Sucesso é o selo de aprovação da vida de alguém. Esta é a mentalidade deste século (moderno ou pós-moderno)! Se você é alguém que faz algo bem feito você é provavelmente uma pessoa de sucesso. Não importa muito que tipo de pessoas você é, mas o que você faz. Seu valor como pessoa é determinado quase sempre pelo produto que você apresenta, pela coisa que você faz. É um processo sem volta de coisificação da vida!

Ontem ouvi uma pregação do Levi Araújo na IBAB, o texto foi de Apocalipse 5 a 7. Levi falou muitas coisas, mas pediu que a gente se lembrasse de três (muito difíceis): Confie sempre em Deus, Ore ao Senhor, e Sirva a Deus (servindo as pessoas). Algo que me impressionou com a morte de Jobs foi a sua repercussão e os sentimentos dos que se pronunciaram. Tenho um amigo fã de carteirinha de Jobs, e sei que ele se sentiria triste, me senti assim com Senna. Desde que percebi isto venho tentando relacionar este fato com a fé cristã e com o Reino de Deus.

A legião de Admiradores de Jobs é bem maior do que pensava. Googlezei hoje buscando conhecer um pouco da fé, da espiritualidade de Jobs, percebi que ele como algumas "personalidades" manteve aspectos da vida privada para si e não gostava de se expor, provavelmente com medo de ser mal interpretado ou por conveniência. Bom, eu não descobri se Jobs Confiava sempre em DeusOrava ao Senhor, e Servia a Deus (servindo as pessoas). 

Sim, e eu com isso? (você deve estar se perguntado)

Em relação a Jobs não vale a pena matutar onde ele está agora, só sei que se o seu corpo já não foi queimado, vai virar pó. Quanto ao espírito só Deus sabe se ele estava conectado ao Espírito de Deus. Em relação ao seu legado espero que seja mais Gadgets, espero que a vida dele lhe inspire a ser gente. Pessoa e não coisa.


Quanto ao que Deus pensa sobre sucesso é questão de vida e morte conhecer seu ponto de vista - olhe para Jesus, conheça sua vida e obra que está nas escrituras, veja o selo de aprovação divino que Ele recebeu, morreu numa cruz e foi ressuscitado dentre os mortos para receber o título de Senhor dos senhores e Rei dos reis. 

Jesus foi o único que viveu Confiando sempre em DeusOrando ao Senhor, e Servindo a Deus (servindo as pessoas) sem se desviar disso por nenhum segundo. Por causa da Sua vida derramada Ele nos reconciliou com Deus. "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um andava no seu próprio (des)caminho. Mas o Senhor fez cair sobre Ele toda a nossa maldade".


E muito mais, além de nos trazer perdão e paz, Jesus é nosso advogado 24hrs, médico, amigo, e acima de tudo mestre e Senhor. Jesus é nosso modelo e nosso projeto final (Romanos 8.28-30). 

A melhor forma de servir a Deus servindo as pessoas é sendo uma testemunha de Jesus, de Seu amor e de Sua graça,  construindo pontes entre elas e Deus, Orando por elas e apresentando Jesus, aquele que nos ensina a Confiar sempre em DeusOrar ao Senhor, e Servir a Deus (servindo as pessoas). 


Steve Jobs contribuiu muito para as pessoas se  conectarem umas com as outras, mas só a cruz de Jesus nos conecta com O Pai e com nosso próximo, é como diz o poeta: "Jesus é a aliança entre você e eu". E nós como discípulos dEle somos uma conexão de Deus com o mundo. 


quarta-feira, 20 de abril de 2011

QUAL A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO PARA DEUS?

A oração do Pai-nosso é um exemplo de como nos aproximar do Pai celestial. Em suas orações, Jesus mostrou várias coisas que podemos pedir a Deus: alimento, proteção e libertação, por exemplo.

Entretanto, cabe a nós uma única atitude.

Perdoar.

"... perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado a nossos devedores..."

Em outras palavras, Jesus está dizendo a seus seguidores: quando orar, além de louvores e pedidos, diga que está fazendo exatamente aquilo que Deus faz, isto é, perdoar os que nos devem e os que não merecem perdão.

E para que não restasse nenhuma dúvida em seus seguidores, Jesus adiciona um comentário a respeito do perdão ao final da oração:

"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas."

Sem dúvida, Jesus não se está referindo ao que os teólogos chamam de "perdão para a salvação" (um perdão que ocorre apenas no céu e que não pode ser conquistado apenas por merecimento; antes, trata-se de um dom de Deus a todos aqueles que creem em Jesus Cristo e em sua obra na cruz como pagamento definitivo por nossos pecados). No caso, Jesus se refere ao fluxo do perdão de Deus em nossa vida neste mundo.

Há algo muito sério envolvido nesse tema, do contrário Jesus não teria incluído essas palavras a respeito do perdão. Jesus deixou bastante claro: quando eu perdoo, Deus me perdoa, Jesus diz que "tampouco vosso Pai vos perdoará as vossa ofensas".

Essa dificuldade me faz compreender a razão que levou Pedro a forçar Jesus a reduzir o mandamento a algo um pouco mais prático. Pedro pergunta:

"Senhor até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?

Pedro imaginou que estava sendo muito generoso: meu irmão me rouba, depois me rouba novamente, e mais outra vez, e de novo. Ora, que tal perdoá-lo até sete vezes, Senhor? Seria suficiente? Não seria um erro terrível perdoar mais que isso?

Entretanto, a resposta de Jesus foi, com efeito: "Não, Pedro. O perdão é ilimitado."
"Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete".

Quem pode perdoar alguém setenta vezes sete ou, em outras palavras, um número ilimitado de vezes? Aos que estão presos no cárcere da falta de perdão, a resposta de Jesus é a motivação suprema daqueles que precisam desse milagre. É por isso que Jesus a revelou a Pedro: para fazer que o apóstolo compreendesse a necessidade de perdoar outra pessoa setenta vezes sete!

Essa é a história do servo que tem uma dívida gigantesca para com seu rei. A fim de recuperar a perda, o rei decide vender seu servo, juntamente com a esposa e filhos, à escravidão. Quando toma conhecimento do que está para lhe acontecer, o servo vai correndo à presença do rei, atira-se ao chão e implora por mais tempo.

Ao contemplar aquele servo prostrado no chão, o coração do rei se condói. Segundo as palavras de Jesus, o rei "teve compaixão dele" e mudou de ideia na mesma hora: em vez de conceder mais tempo, decidiu perdoar toda (impagável) dívida. O servo se tornou um homem livre.

Você consegue imaginar como esse homem se sentiu? Um minuto atrás ele era um servo caído em desgraça, com uma dívida enorme para saldar e um destino terrível pela frente. No minuto seguinte era um homem livre.

O servo, entretanto, desprezou a compaixão que lhe foi oferecida. Tão logo saiu da presença do rei, encontrou um amigo que lhe devia alguns trocados, mas como o amigo não tinha condições de pagá-lo, mandou que fosse jogado na cadeia até saldar toda a dívida.

Ao ficar sabendo do episódio, o rei, irado, manda que o servo seja trazido à sua presença e diz:

"Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você? Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo que devia".

Outra reviravolta impressionante! De homem livre a prisioneiro torturado num piscar de olhos. E dessa vez há apenas uma possibilidade de interromper a tortura: saldar toda a dívida.

Observe que nessa história o rei (também chamado de senhor) é Deus, o Pai. Sabemos disso porque Jesus contou a história em resposta ao questionamento de Pedro a cerca da frequência que seus seguidores devem perdoar. Veja o que Jesus disse em seguida a fim de reforçar o motivo mais chocante em toda a Bíblia para perdoar alguém:

"Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão".

Você quer saber o ponto de vista de Deus a respeito do perdão? Jesus nos disse. Deus não considera o perdão uma ideia simplesmente bonita ou mera sugestão. Na verdade, a exemplo do rei na história de Jesus, Deus fica irado quando aqueles a quem ele tudo perdoou se recusam a perdoar os comparativamente por ninharias.

Além disso, sabemos que Deus agirá caso não perdoarmos. Jesus mostrou isso claramente quando disse: "Assim meu Pai celeste vos fará".

Mas o que exatamente Deus fará? Ele nos entregará aos "torturadores". Deus, o Pai, não tortura ninguém, mas Jesus mostrou que Deus entrega aos pessoas às consequências dolorosas da falta de perdão.

E por quanto tempo? Conforme Jesus: até que perdoemos, de coração, as ofensas dos outros...

E qual resultado Deus almeja alcançar no encontro com uma pessoa presa à falta de perdão? Sem dúvida, que a pessoa pare de sofrer. Deus sofre com cada pessoa ferida e deseja profundamente que essas pessoas sejam libertadas dessa prisão de um modo sobrenatural.

Ficamos livres do passado ao compreender o forte sentimento de Deus com relação à falta de perdão e ao conversamos com os outros sabendo quão intenso é o desejo dele que essas pessoas sejam libertadas desse sofrimento.

Bruce Wilkinson (do livro: VOCÊ NASCEU PARA ISSO, págs. 181-184, Editora Mundo Cristão).

...

PÁSCOA é perdão!


Jesus deixou sua glória (Ele é eterno),


encarnou (se fez um de nós),


viveu (como um de nós),


morreu (se deixou matar) sem culpa e sem culpar ninguém,


e RESSUSCITOU DOS MORTOS para provar que podia fazer isso.


A graça do PERDÃO já nos foi dada (tudo aconteceu por esta causa),


vamos ser discípulos dEle ou rejeitá-lo?


BM


...


Mais um pouco do mesmo:


O QUE É O EVANGELHO CRISTÃO? Por John Piper

domingo, 20 de março de 2011

CORAÇÃO COMPUNGIDO E CONTRITO por Ricardo Barbosa

"Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás"
(Salmos 51.17)
Uma das marcas do nosso tempo é o abandono do temor a Deus. Temor é uma palavra que a cultura contemporânea excluiu do dicionário. No lugar dela, cresce a busca pela autoconfiança. Uma vez que não temos nenhum referencial fora de nós, assumimos que somos nosso próprio deus. Num mundo assim, não existem limites ou fronteiras. Tudo é possível, permitido e aceitável. Surge então um desequilíbrio perigoso.

A oração do rei Davi no
Salmo 51 é uma das pérolas da Bíblia. Não posso imaginar a vida sem essa oração, que nos conduz às profundezas da alma humana. Encontramos nela o espelho dos movimentos mais profundos de nossas emoções. Ela descreve a anatomia da alma humana e demonstra um equilíbrio maduro entre o temor a Deus e uma autoestima saudável.

O contexto é bem conhecido. Trata-se do terrível adultério do rei Davi com Bate-Seba, seguido da trama para matar seu marido, Urias. O plano perverso de Davi acontece. Depois da morte de Urias, ele se casa com Bate-Seba e o filho nasce. Porém, Davi não consegue conviver em paz com seu pecado. Graças a Deus por isso. Ele tentou esquecer, remendar, mas nada adiantou. Seu corpo começou a sentir o peso do pecado. Por mais que a cultura moderna nos tente convencer que o pecado não existe, seus sinais estão por toda parte.

Não havia sacrifício para o pecado de Davi, já que o crime que cometeu fora premeditado. É por isso que ele diz: “Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos”. Davi então entende que o sacrifício com o qual Deus se agrada é um espírito quebrantado e um coração compungido e contrito. Pouca coisa descreve melhor a necessidade humana do que essa declaração. Algumas razões:

Um espírito quebrantado e um coração contrito nos conduzem à realidade sobre quem somos. Observe os pronomes usados por ele: “minhas transgressões; minha iniquidade; meu pecado; eu pequei contra ti; eu fiz o que é mau, eu nasci na iniquidade”. Davi tem consciência de quem ele é. Isso nos ajuda a parar de jogar e brincar com a vida - a nossa e a dos outros. Por causa desse coração e espírito, ele assume seu erro e pecado. Não busca justificar seu erro com o erro dos outros, com aquelas desculpas conhecidas: “todo mundo faz o mesmo”, “não tive escolha”, “fui pressionado”. Ele não diz que foi “consensual”. Adultério é adultério, mesmo sendo consensual. Ele sabe que sua ofensa atinge primeiramente a Deus: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos; esconde o rosto dos meus pecados; não me repulses da tua presença, nem me retires teu Santo Espírito”.
É a Deus que ele ofendeu, antes de Bate-Seba e Urias. É isso que o temor a Deus produz.Essa oração nos conduz também a uma compreensão real sobre Deus. Veja a forma como ele se refere a Deus: compaixão, benignidade, misericórdia, amor, justiça, santidade. Ao pedir para ver a glória de Deus, Moisés ouviu a seguinte resposta: “Farei passar toda a minha bondade diante de ti... terei misericórdia e compaixão”. Davi volta-se para essa revelação, para o amor eterno, amor da aliança. É nesse amor que ele se apega. É nessa compaixão que ele deposita sua confiança.

É uma oração que nos conduz a um milagre. Encontramos nela afirmações enfáticas: “Purifica-me, lava-me, faze-me ouvir júbilo e alegria, cria em mim um coração puro, renova dentro em mim um espírito inabalável, apaga as minhas transgressões, restitui-me a alegria da salvação, sustenta-me com um espírito voluntário, livra-me dos crimes, abre meus lábios”.
Ao suplicar pelo milagre de um coração puro, Davi usa a mesma palavra de Gênesis 1: Deus criando a partir do nada. Somente ele pode criar uma nova realidade, uma nova criação. É exatamente o que Jesus veio fazer: “Eis que faço novas todas as coisas”.


Deus não despreza um espírito quebrantado e um coração contrito. É somente com um temor sincero para com ele que podemos desenvolver uma compreensão clara sobre nós. É essa atitude que torna possível ao ser humano construir uma autoconfiança saudável.

Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.
http://www.ultimato.com.br/?pg=show_artigos&secMestre=2641&sec=2664&num_edicao=324

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

SALMOS por Osmar Ludovico


Já faz muito tempo que Santo Agostinho escreveu: “Tu nos fizeste para Ti mesmo, ó Senhor, e o nosso coração é inquieto até que encontre em Ti o repouso”. Viemos de Deus e retornamos a Deus, este é o destino humano.

Lá no fundo do nosso coração existe uma sede que só Deus pode verdadeiramente saciar. São muitos os atalhos que nos anestesiam, como, por exemplo, o ativismo e o consumismo. Mas existe no coração humano a saudade de um amor verdadeiro, uma busca por transcendência e eternidade, e o desejo de um mundo justo e pacífico. É um vazio que só Deus pode preencher.

Vivemos um período de crise, um mundo sem valores, invadido pelo materialismo e de incertezas quanto ao futuro. Muitos se voltam para a religião, buscam alguma forma de espiritualidade. São homens e mulheres tateando em busca de Deus, lotando igrejas, consumindo livros religiosos e também buscando respostas em novas e antigas religiões. Surgiu um mercado religioso envolvendo milhões de fiéis, movimentando muito dinheiro.As conseqüências se fazem sentir na igreja evangélica histórica, herdeira da Reforma. Já não sabemos orar como convém. Só sabemos pedir; nossas orações se resumem a petições sem fim. Não nos lembramos de agradecer, muito menos de confessar nossos pecados.
Começamos perguntando qual o sentido da oração. Para muitos, é um ato religioso praticado comunitariamente. Para outros, um meio de fazer Deus promover nosso conforto. Para outros, ainda, uma catarse emocional. Para nós, cristãos, a oração é uma elevação de nossa alma em direção a Deus.


“O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”, diz o primeiro artigo do Catecismo Reformado. Madame Guyon, mística francesa, escreve que a experiência da oração possibilita estar com Deus para sempre em divina união. Tereza D’Ávila ora: “Que nada te perturbe, que nada te apavore, tudo passa, só Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem tem Deus, nada lhe falta, só Deus basta”.


Sim, é verdade. Quanto mais amamos a Deus, menos necessidades urgentes e circunstanciais teremos.

O que significa para nós buscar a Deus na oração? Um Deus vivo e pessoal, que se relaciona, mas que ao mesmo tempo é infinito e eterno? Como superar essa distância entre o Criador e o ser criado, entre o eterno e o temporal, entre o infinito e o finito? Como entrar em contato com Ele, que não é um igual, mas o Deus vivo, Criador dos céus e da terra? Aquele que não pode ser aprisionado por uma definição racional, Aquele que as palavras todas não conseguiriam descrever. Como orar para aquele que sabe tudo de nós? “Adonai, tu me sondas e me penetras. Penetras meu repouso, meu despertar e discernes de longe meu desígnio. Avalias meu caminho e meu emparelhamento, freqüentas todas as minhas estradas. Não, a palavra não está na minha língua e tu já penetras toda, Adonai” Sl 139.1-4 (tradução de André Chouraqui em Louvores II, Imago Editora).


Aprendemos a orar com Salmos. Nesse livro, Davi, Core, Moisés, nos conduzem ao centro da oração: o temor, o desejo, os afetos, a realidade humana.

Temor
não é medo que afasta, mas uma profunda reverência e respeito diante dAquele que não compreendemos completamente, dAquele que se revela, mas que continua envolto no mistério, pois não suportaríamos sua presença plena. É o inefável, o inominável, o inescrutável.

O desejo porque fazemos contato com aquela saudade infinita escondida no nosso coração e lançamos sobre Deus toda a nossa busca existencial e espiritual como o náufrago se agarra à bóia.

O afeto porque Deus é amor, é Trindade Santa – Pai, Filho e Espírito Santo intimamente ligados e interpenetrados. Deus que subsiste em si mesmo amando entre os três, e desejando que o amemos e que vivamos amorosamente entre nós.

E finalmente porque tudo isso se situa além do racional e do cognitivo. A oração é poesia, é cântico. É feita de metáforas como alguém que, tendo visitado um país estranho e desconhecido, só pode contar aquilo que viu através de comparações.



Assim, somos convidados por Deus a orar e, assim fazendo, nos unir a Ele. Um convite para nos acercar dEle com temor, com desejo, com afeto, com poesia, com a realidade de nossa vida. Sem esperar nada em troca, apenas para celebrar a Sua existência e o privilégio de sermos amados apesar de nossas iniqüidades.

Osmar Ludovico
http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=78&materia=968
...
"Guarda-me, ó Deus, pois em ti me refugio. Ao Senhor declaro: Tu és o meu Senhor; não tenho bem nenhum além de ti...”
Grande será o sofrimento dos que correm atrás de outros deuses. Não participarei dos seus sacrifícios de sangue, e os meus lábios nem mencionarão os seus nomes...
Senhor, tu és a minha porção e o meu cálice; és tu que garantes o meu futuro. Bendirei o Senhor, que me aconselha; na escura noite o meu coração me ensina!
Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado. Por isso o meu coração se alegra e no íntimo exulto; mesmo o meu corpo repousará tranqüilo, porque tu não me abandonarás no sepulcro nem permitirás que o teu santo veja corrupção.
Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita".
Salmo 16