"Temos esta Esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu, onde Jesus que nos precedeu, entrou em nosso lugar..." (Hebreus 6.19,20a)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

RICOS E MILIONÁRIOS PARA A GLÓRIA DE DEUS? Pablo Massolar

Preciso confessar minha intolerância religiosa e politicamente incorreta. Sim! Porque se não confessá-la, neste momento e canal, estarei negligenciando historicamente tudo o que creio segundo a simplicidade do que se aprende pela verdade, transparência e honestidade em Jesus e também do que estou convencido ser meu compromisso profético de denunciar o engano.

É a mesma intolerância que motivou o Senhor a chamar alguns religiosos de seu tempo de “raça de víboras”, “sepulturas pintadas” e “lobos enganadores”. Este é o zelo pela verdade a ponto de virar a mesa dos cambistas do templo e chamá-los publicamente de ladrões e salteadores. Não eram simples religiosos, eram aqueles que ditavam as regras no seu tempo, jogavam as cartas do jogo de dominação e manipulação do povo, assentavam-se nos primeiros lugares da sinagoga/templo, homens cuja “santidade” e “poder de Deus” eram medidos/avaliados somente pela aparência, externamente, pelo tamanho dos filactérios e franjas das roupas que usavam; eram aqueles que gostavam de orar em pé durante os cultos para serem vistos e admirados pelos outros homens ou para demonstrar um poder que julgavam ter [e não tinham].

Sem rodeios, apesar das duras palavras, mas em profundo amor, Jesus denunciava o pecado fosse ele institucional ou pessoal; olhando nos olhos de quem quer que fosse, desmascarava o que ele sabia ser a perversão da vida e do convite amoroso de Deus no encontro com o homem.

Esta semana vi escrito em um outdoor de uma grande e famosa igreja do Rio de Janeiro a frase: “Deus está levantando ricos e milionários para a Sua Glória. (...) Venha ser um deles”, havia também, estampada, a foto do pastor... (Ops!) eu disse pastor? Desculpe! Agora ele foi consagrado a apóstolo...

Pois, é! Não vou discutir a apostolicidade do nosso irmão, mas meu lamento e espanto, semelhante ao do apóstolo Paulo na carta aos Gálatas, quando ele diz: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho..." é perceber como uma grande parcela dos pastores/religiosos hoje estão cedendo à tentação de transformarem as pedras em pães, jogarem-se dos pináculos de seus templos midiáticos e se ajoelharem diante da “grandeza” e da Prosperidade para conquistarem a glória das cidades e reinos deste mundo.

Oro sinceramente para que ele e todos estes sacerdotes, profetas, missionários e apóstolos tenham tempo de se arrepender e crer no Evangelho simples de Jesus, a fim de encontrarem misericórdia e também [se possível] ensinar o caminho de volta aos seus discípulos, mas não posso ficar calado.

Deus não precisa fazer alguém rico ou milionário para ser glorificado, servido ou conquistar a terra. Já cantava inspiradamente o poeta: “a sabedoria mora com gente humilde (...)”, mas quem consegue discernir este tempo sabe que o engano já se instalou no coração e esfriou o amor de quase todos. A proposta daquele outdoor pareceu-me não somente absurda e mentirosa, mas revela a grande iniqüidade e potestade camuflada de piedade e “bênção”. Erra não só quem faz o convite para participar dos cultos a Mamom, mas também quem o cultua, serve-o com seus dízimos e ofertas e sobe as escadas dos pináculos atrás de seus líderes e guias espirituais na intenção de receber a mesma glória e poder deste mundo.

Sinto profundo constrangimento por esta geração perversa que só consegue ver “Deus” na riqueza e na troca, na barganha, na compra da “bênção”. Este “Deus” não é o meu Deus, não creio em um “Deus” que apenas seja Deus se for servido por ricos e milionários. Não creio em um “Deus” que expressa sua glória somente para aqueles que podem pagar por ela.

Eu creio no Deus que se fez carne, que ao contrário do desejo de alcançar a glória para cima, pelo domínio, através da glória dos homens e do mundo, preferiu o caminho inverso e se rebaixou até se confessar como servo humilde.

Os que vivem de fato para a glória de Deus podem até possuir algum bem (ou bens) neste mundo, podem por acaso ser chamados de ricos, milionários, mas seu coração certamente não estará no acúmulo de tesouros, muito menos no prazer de serem considerados como tais. Os que vivem e expressam a glória de Deus são os simples, os misericordiosos, os limpos de coração; aqueles que mesmo não possuindo prata nem ouro sabem expressar o bem e a glória de amar a Deus não pelo que Ele pode dar, mas pelo Dom da vida em abundância vivida gratuitamente.

Lúcifer foi contaminado pelo brilho e ganância do seu próprio comércio, este foi um dos motivos de sua queda. A avareza que derruba querubins facilmente derruba apóstolos e patriarcas, ainda nos dias de hoje. A denúncia que o apóstolo Pedro fez em sua comunidade neotestamentária é atual e verdadeira: "Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, FARÃO COMÉRCIO DE VÓS, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme." (2 Pedro 2.1-2)

Ainda dá tempo de voltar ao caminho da cruz e do arrependimento. Quem tem ouvidos para ouvir?

O Deus que é glorificado sem som e sem palavras pela obra de suas mãos te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!


http://ovelhamagra.blogspot.com/2010/09/ricos-e-milionarios-para-gloria-de-deus.html

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

AOS CRENTES NA DÚVIDA SOBRE JESUS... - Caio Fabio

Fico vendo o comportamento dos cristãos considerados cult, psicologicamente sensíveis...

Quem e como são?...

São necessariamente conflitados, recomendavelmente duvidosos, crentes em estado de permanente descrença; sem discernimento, mas muito críticos; evasivos quanto à eficácia do testemunho da Palavra pura e simples, embora cheio de opiniões negativas em relação a quem pregue sem angustia, conflito ou crise de fé; conhecedores teóricos das discussões da fé e dos dilemas teológicos, ainda que vivendo sem nenhum interesse prático/real no Evangelho que seja para além da informação e da discussão viciada...

Em geral são sempre descrentes de milagres [até nos da Bíblia], embora muito capazes de usá-los como alegorias ou lindas metáforas da vida...

Ou seja: quase sempre existindo como aquele que... nem chove e nem molha; que não é, mas não deixa de ser...

Ora, o que vejo é que estes, diferentemente dos falsos profetas e dos lobos, fazem seu próprio mal; posto que sejam mornos, sem intrepidez, sem disposição para além do discurso...

Portanto, sendo educados, parecem ganhar pela polidez de suas dúvidas o direito de existir em crise; sendo cavalheiros e finos, parecem poder caminhar em descrença aceitável; estando sempre em dúvida acerca de algo [...] mesmo assim continuam a discutir sobre o “tema Jesus”...

E, com isso..., se fazem passar por gente que duvida em razão de serem íntegros em relação à própria fé... Posto que sendo articulados, tornam seus conflitos elogiáveis, pois são ditos com benditas palavras psicológicas e filosóficas; e, sendo humanos no expressar seu sentir, ganham o direito de existir em dor, pois, sem dor de crise parece não existir real humanidade; tendo cultura, aparentemente dão aos demais crentes, menos instruídos, a sensação de que eles, os cult, os cultos, os sensíveis, são assim em razão de seu saber, da profundidade do seu sentir, e das angustias decorrentes de sua humanidade superior a dos demais...

Assim, estão e nunca são; dizem, mas jamais provam; pregam, e nunca aproveitam; sabem e não experimentam; poetizam, mas não amam para além das belas palavras; discutem a fé, e nunca a abraçam; falam de Deus, embora sempre em estado de dúvida devota...

Quando pastoreiam é antes de tudo em razão de suas próprias angustias...

Sendo assim [...] desconfiam de quem sendo humano não vive em angustia; de quem sendo pensante [...] não exista em dúvida; de quem crendo [...] busque viver conforme a fé; de quem confessando [...] não tema as implicações; de quem conhecendo a Deus [...] não se iniba quanto a afirmar...

Fico imaginando o que aconteceria, se tais deles, vivendo como discípulos de Jesus nos evangelhos, trouxessem tais devoções eternamente duvidosas a Jesus...

O que Jesus diria?...

Sim, se Ele disse que aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é digno do reino de Deus [...] o que Ele diria a esses discípulos da dúvida?...

Ora, Ele não teve pudores jamais...

Aos Seus discípulos duvidosos Ele jamais disse que duvidar fosse parte de um processo normal de crenças [...], muito menos da fé...

Em Jesus não há elogios a duvida, mas tão somente à fé!

Não! Ele lhes pergunta: “Homens de pouca fé, por que duvidastes?”

Ante suas “impossibilidades” decorrentes da descrença..., Ele apenas disse: “Não pudestes expulsar o demônio por causa da pequenez da vossa fé!” E acrescentou: “Mas esta casta não sai senão por meio de jejum e oração”.

Sim, essa casta de crença sem fé, de fé que é apenas crença, e que se distrai discutindo a fé — de fato não sai senão mediante a sua quebra pela oração e pelo jejum.

Esta é a casta presente na maior parte dos pensadores da fé, mas que nunca se deixam pensar pela fé.

Sim, pois quem pensa a fé não é pensado pela fé...

Afinal, tal coisa somente acontece mediante a entrega em razão da confiança que faz a descrença morrer..., e que, ao mesmo tempo, introduz a pessoa no ambiente no qual “Deus não existe”, posto que em tal ambiente de fé não haja lugar para o Deus que existe, mas apenas para o Deus que É.

A descrença é relativa ao Deus que existe...

A fé decorre do Deus que É!

Portanto, brincar de crer sem crer é coisa de menino, e não de homem segundo o que Jesus considere um homem que anda mediante a fé, na alegria de não duvidar.

Leia os evangelhos e veja se Jesus acha legal viver sem as implicações de fazer da existência uma constante afirmação de fé...

Nos evangelhos você não encontrará este lugar..., embora encontre Jesus mostrando compaixão e amor também por esses, mas sem deixar de prosseguir em Seu caminho, vindo o candidato a discípulo após Ele ou não...


Nele, que não elogia a duvida como estado sadio de uma fé em crise permanente,

Caio
www.caiofabio.net

sábado, 11 de setembro de 2010

ÁGUA VIVA - Milad

Assim, chegou a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José. Havia ali o poço de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se à beira do poço. Isto se deu por volta do meio-dia. Nisso veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: "Dê-me um pouco de água". (Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida).
A mulher samaritana lhe perguntou: "Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?" (Pois os judeus não se dão bem com os samaritanos).
Jesus lhe respondeu: "Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva".
Disse a mulher: "O senhor não tem com que tirar água, e o poço é fundo. Onde pode conseguir essa água viva? Acaso o senhor é maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, bem como seus filhos e seu gado?"
Jesus respondeu: "Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna".
A mulher lhe disse: "Senhor, dê-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água".
João 4.15-25

"Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva".

João 7.38

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A MARAVILHOSA GRAÇA E A SÉTIMA ARTE - Postado em maio e reeditado

"Alguém vai dizer: Eu posso fazer tudo o que quero. Pode, sim, mas nem tudo é bom para você. Eu poderia dizer: Posso fazer qualquer coisa. Mas não vou deixar que nada me domine... outros dizem assim: Podemos fazer tudo o que queremos. Sim, mas nem tudo é bom. Nem tudo traz beneficio, pelo contrário..." Tradução livre de I Coríntios 6.12 e 10.23

É difícil dizer quando alguma deixa de ser boa, mesmo que por princípio a coisa em si seja inofensiva, incapaz de causar dano ou mal. A linha pode ser muito tênue entre uma coisa e outra, para alguns pode ser questão apenas de ponto de vista ou de interpretação. Virtude ou vício? Bom ou ruim? Benéfico ou maléfico?

Estou num dilema destes. Tenho tido uma prática que até algumas anos atrás era motivo de disciplina, e até de afastamento da comunidade religiosa, quando o sujeito era flagrado nela. Tinha gente que se achava escolhida por Deus para vigiar os irmãos e coibí-la. Pode ser só neura minha, mas vou confessar a você e depois você me dá a sua opinião e conselho.

Ultimamente esta prática tem sido cada vez mais constante, as vezes todos os dias da semana, inclusive o dia santo. A minha dificuldade é lembrar o dia que passei sem exercitá-la, esta semana foi no domingo e na terça, dia de Ceia e de reunião do grupo pequeno. Relendo o que escrevi até aqui, e sabendo que este texto foi esboçado a quase dois meses, estou me dando conta da gravidade da situação.

Fazendo uma avaliação honesta posso dizer que isso virou um hábito, me dei conta que estou virando um cinéfilo. Não passo um dia ser olhar os lançamentos, os horários de exibição, quando passo na frente de minha locadora e estou sem condições de parar, observo os posteres para saber as novidades, até o carrinho de DVD caolho (pirata) está chamando a minha atenção.

Esta semana quase perco a aula de Teologia Prática, a única que estou cursando e a que me falta para conclusão do curso, e olhe que não tenho direito a mais nenhuma falta. Tudo aconteceu porque uma reunião na igreja foi cancelada, então resolvi olhar na programação o filme que poderia ser encaixado, O Homem de Ferro estava lá me esperando pela segunda vez.

Eu ainda não sei onde o Homem de Ferro vai me ajudar com a teologia, mas talvez dê para relacioná-lo com a Carta de Paulo aos Efésios 6.10-18. Vou te dar uma lista do que assisti em uma semana para se ter uma ideia do estou falando, e que tipo de filme chama minha atenção, nesta lista com certeza está faltando algum que não veio a memória.

Vistos:

House - SKY
Homem de ferro 2 - Cinema
Alice no país das maravilhas - Cinema
Os fantasmas de Scrooge - DVD
Garota fantástica - DVD
Defendor - DVD
House - SKY

Para serem vistos:

Mãos Talentosas, Percy Jackson, Criação, Bons Costumes...

Tudo que foi dito acima foi uma introdução e uma espécie de gabarito/currículo para dizer o seguinte: quero lhe indicar três filmes que impactaram a minha vida, e que têm muito em comum. Eu os chamo de a triologia do Bem contra a injustiça - JORNADA PELA LIBERDADE, O GRANDE DEBATE & INVICTUS.

1- Todos invocam a Graça de Deus e estão encharcados por Ela, isso sem serem necessariamente filmes religiosos feitos por religiosos (é uma Graça invisível, mas não imperceptível, assim como Deus é);

2- todos tratam da questão da injustiça sendo confrontada por aqueles que não deixaram de crer e de lutar até o fim, mesmo quando tudo dizia que era impossível;

3- um tem haver com outro no sentido da história linear, como são filmes baseados em fatos históricos, tudo começa com William Wilbeforce lutando contra a escravidão num país que tinha sua economia altamente dependente deste sistema e termina com Mandela reconstruindo uma nação com o poder do perdão, o único que acaba com o ciclo maldito da injustiça.

Você aceita um desafio?

Assista na sequência estes três filmes, se você não for impactado pela coragem, fé, e ousadia, nos momentos em que a aflição, o sofrimento, a humilhação e a dor são cruciantes e parecem insuportáveis, e ver que aparentemente do nada há um poder que os levanta da prostração e os fazem triunfar. Se você assistí-los e não lhe fizer bem, nem renovar uma ponta de Esperança na sua existência, pode mandar a conta...

BM

JORNADA PELA LIBERDADE - A surpreendente, extraordinária, e maravilhosa Graça na vida de um homem comum




O GRANDE DESAFIO - O debate do século



INVICTUS - O poder do Perdão



No mesmo tom:

http://ancoradalma.blogspot.com/2010/02/invictus-o-poder-do-perdao.html

A Teologia de Avatar

Osmar ludovico - Cinema, um olhar crítico


Novas indicações de filmes com Graça:

Mãos talentosas - com Cuba Good Junior (bom demais)

Jornada Pela Justiça - The Wronged Man (Excelente)