"Temos esta Esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu, onde Jesus que nos precedeu, entrou em nosso lugar..." (Hebreus 6.19,20a)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

MENTIRAS, CoNtRaDiÇõEs e ILUSÕES - Francisco Helder

Ando meio desapontado com minha geração. O modelo de cristianismo evangélico que prolifera Brasil afora me causa arrepios. O que é motivo de festa para alguns, gera em meu coração desconfiança e inquietação.

Não, não celebro o explosivo aumento do número de evangélicos em nosso país. Não vejo motivos para encher a mão de confetes, pegar instrumentos musicais, reunir amigos e comemorar. Acreditem, é mais do que hora de pararmos a festa, recorrermos à sobriedade e analisarmos francamente as reais condições do barco em que ousamos entrar. Um diagnóstico preciso pode salvar-nos. É insanidade farrear no convés de uma embarcação cujo casco está furado.

Desesperador é notar que os evangélicos de hoje não exercem a influência social que seus números sugerem. O aumento explosivo da quantidade de igrejas e evangélicos nem de longe significa expansão da dignidade e honestidade. Nossos princípios morais evaporam em meio ao calor da desenfreada ambição.

Sem falar que somos recordistas em contradições. Contradição, na explicação do Houaiss, é o “procedimento ou atitude oposta ao que se tinha dito antes”. Bom exemplo de contradição gira em torno do implacável Osama Bin Laden. Ventilou-se, há alguns anos, que nas partidas informais de futebol que ocorriam lá pelas bandas do Afeganistão, o Bin Laden era conhecido como o pacificador da turma. Para os menos informados, Osama Bin Laden é nada mais, nada menos que o terrorista e assassino mais procurado do mundo.

Mas o Osama que se cuide. Terá de pleitear feio com os cristãos o cobiçado prêmio “Nobel de Contradição”. Sim, pois historicamente, somos recordistas em protagonizar incoerências entre o que pregamos e vivemos.

Vasculhando nosso dossiê, encontramos registros aterradores e que nos incriminam. João Crisóstomo que o diga. Três séculos depois de Jesus, quando a igreja já tinha se espalhado pelo Império Romano, ele queixava-se: “Admiramos a riqueza tanto quanto eles (os não-cristãos) e até mais. Temos o mesmo medo da morte, o mesmo pavor da miséria, a mesma impaciência com a doença. Somos igualmente aficionados da glória e do poder [...]. Então, como eles podem crer?”.

Mais recentemente, Ronald Sider, em seu brilhante livro “O Escândalo do Comportamento Evangélico” (Editora Ultimato) denunciou que “os evangélicos afirmam crer nos valores bíblicos e no poder de Deus para transformar suas vidas. Contudo, muitos não vivem de modo diferente do resto do mundo. De dinheiro a sexo, de racismo a realização pessoal, um escandaloso número de cristãos não vivem o que pregam”.

Reforça tal acusação pesquisas realizadas por institutos respeitadíssimos como o Barna Group, dos EUA. Elas apresentam estatísticas mostrando que os cristãos evangélicos estão a ponto de assumir estilos de vida tão hedonistas, materialistas, egoístas e imorais quanto os do mundo em geral. Além disso, as pesquisas indicam que a imoralidade sexual da juventude evangélica é apenas um pouco menos vergonhosa que a dos jovens não evangélicos.

Por motivo semelhante, Brian McLaren, escritor americano, alerta que quando o comportamento de membros de um grupo religioso é um pouco melhor ou às vezes pior que o de seus vizinhos, líderes e membros desse grupo devem ficar atentos.

Precisamos, urgentemente, de uma reforma espiritual no Brasil. O modelo de espiritualidade onde se venera o carisma e negligencia o caráter deve ser abolido do nosso meio. Da mesma forma, devemos descartar a religião que promove seres hipnotizados por glória e poder.

É também necessário que haja um retorno imediato à santidade. Uma busca incessante pela pureza. Que nossos jovens optem por estilos de vida que irradiem luz; que desistam de protagonizar esta novela evangélica, onde sempre encarnam o papel de OO7, atuando como agentes secretos de Deus aqui na terra; que não sejam escravos do sexo; que abandonem a pornografia e desistam das técnicas de sedução onde precisam entulhar páginas de relacionamento virtual com imagens que apresentam e oferecem seus corpos como poderosos instrumentos sexuais (mesmo que “jurem de pés juntos” que não é por esse motivo que o fazem!).

Choros, cambalhotas, lágrimas, declaração de bênçãos, promessas e mais promessas, sonhos megalomaníacos ou êxtase entorpecente a cada novo culto não garantem mudança reais e significativas. Aliás, não passam de mera inutilidade. Estou farto de ver jovens, a cada novo culto, buscando a “re-re-re-reconciliação” com o Senhor.

Tenho uma ponta de desconfiança que, para muitos deles, a Salvação não é mais que um pacote que inclui apenas seguro contra o fogo do inferno, contrato de credibilidade pessoal (com direito a inclusão e ascensão social/denominacional), massagem dominical para o ego e um passaporte para o céu. Esse não é, definitivamente, o coração do evangelho de Cristo Jesus! Tal mensagem é adulterada e gera deliquentes evangélicos que, não raras vezes, estão sob efeito de perigosas alucinações.

Mas não desanimemos: ainda há esperança! É possível mudar este quadro. Retorno à fiel Palavra de Deus, vida diária de oração e comunhão sincera com nossos irmãos: este é o ÚNICO caminho para a reversão dessa triste realidade.

Do contrário, podemos voltar ao nosso barco furado e continuar a festa regada a muita música, confete, “unção” e euforia. Mas atente para esta importante recomendação de bordo: Antes do fim da viagem, reserve alguns instantes e observe o trabalho dos remadores. Note que olham para um lado e remam para o outro. Reproduzir esta prática navegando na vida cristã é arriscadíssimo. Se continuarmos a olhar para o céu com nossa “profissão de fé” enquanto remamos para o inferno com nossas práticas, sofreremos as danosas consequências.

Jesus prometeu que quando se deparar, no porto final, com alguns navegantes, assim os recepcionará: “Ei, você aí nesse barco! Quero dizer diante de todos aqui presentes: EU NUNCA TE CONHECI. Afaste-se de mim, você que sempre amou e praticou o mal!” (Mt 7.23, adaptado). Após esse momento, haverá um cinematográfico naufrágio. Muitos morrerão. Seus corpos poderão ser encontrados boiando num lago distante. Algo caracterizará todos os cadáveres: semblante de dor, desespero, choro e ranger de dentes (Mt 24.51). Não haverá mais festa nem alegria. Nada mais poderá ser feito. Será tarde demais.

por Francisco Helder


http://www.ultimato.com.br/blog/2010/04/06/outros-papos/mentiras-contradicoes-e-ilusoes.html

MANTENHA-SE IMPRESSIONADO! - Alexandre Barbosa

Antes de tomar um remédio, você reflete no fato de como é complexa a pesquisa, a fabricação e o transporte do comprimido que está prestes a descer pela sua garganta? Claro que não! Não é necessário considerar estas coisas para que o remédio funcione.

Como nesta ilustração, a igreja muitas vezes caminha sem se dar conta da complexidade do trabalho que esteve envolvido na missão salvadora de Jesus Cristo. Por exemplo: a encarnação, a humilhação, a morte e a ressurreição de Deus. Mas estes fatos precisam nos impressionar todos os dias para que confiemos no Pai.

E é por isso que existe a comemoração da Páscoa cristã, ela nos ajuda a refletir naquilo que não podemos desconhecer ou esquecer. Celebrar esta data ajuda a manter viva a compreensão da relevância da obra de Jesus Cristo, pois era impossível que nós a realizássemos. Ele fez o impossível para que vivêssemos o possível.


O que era complicado, ele descomplicou. Entretanto, quando esquecemos ou desconhecemos a Obra de Cristo, complicamos em nós o que ele já havia simplificado para nós.

Um crente que se esquece ou não crê na Obra de Cristo é um ser que vive inseguro e desorientado. Na sua incredulidade ou ignorância, complica a fé, os relacionamentos, a igreja, a Bíblia, a santificação, a oração, o serviço, a vida cristã, o amor, etc...


A incompreensão ou a incredulidade, quanto a Obra de Cristo, exige uma vida complexa, sofisticada e cara. Porém viver o Evangelho simples de Cristo é o único caminho possível de ser vivido de verdade. Uma vida com decisões difíceis, corajosas e dolorosas, porém é a vida cheia da sobriedade e simplicidade de Cristo.

Mantenha-se impressionado com o preço da sua salvação!


Alexandre Barbosa é pastor da igreja Cristã Nova Vida do Recife

http://www.novavidarecife.com.br/

domingo, 11 de abril de 2010

CONSTANTINO, LACTÂNCIO E O CRISTIANISMO IRREFORMÁVEL...

Depois da Era Apostólica Original, a comunidade mais ampla dos discípulos que permaneciam fiéis à Palavra dos Apóstolos já mortos, estava cansada...; e as coisas somente pioravam...


Já tinham passado por dez grandes perseguições gerais, muitas outras em regiões especificas, e infindas de natureza individual e pessoal.
Os Apóstolos haviam dito que “o tempo estava próximo”; mas eles próprios haviam partido e o Senhor não voltava...
Enquanto isto [...] não sabiam se ficavam nas cidades ou se buscavam refugio nos montes, covas, florestas, regiões distantes, em cidades subterrâneas, ou nos infindos túneis que cavaram [...], como ainda hoje se vê em muitos lugares, especialmente na Capadócia, na Turquia.
Aos olhos deles todas as predições de Jesus e dos Apóstolos estavam já cumpridas, pois, tudo o que tinham visto nos últimos 280 anos eram guerra e rumores de guerra, revoluções, terremotos, vulcões poderosos e devastadores, pragas, mortes em quantidade impensável, pestes chacinadoras, como nos dias do Imperador Décio; além de que não lhes faltaram [de Nero em diante] inúmeros candidatos perfeitos ao posto de Besta e de Anti-Cristo na Roma/Babilônia, na Grande Meretriz, na Cidade das Sete Colinas.
Entretanto, apesar de tudo, quanto mais sofriam, mais cresciam e se espalhavam; de modo que a perseguição sempre foi o maior espalhador das sementes do Evangelho pelo mundo, desde o tempo dos Imperadores Romanos.
Todavia, o Senhor não voltava...; as perseguições não cessavam; e nem o Império se convertia...

Foi nesse tempo de cansaço de esperança, porém de crescimento pela perseguição, que surgiu o Imperador Constantino.
O Império estava divido, enfraquecido, invadido, somente se impunha pela força dos mercenários e das expansões feitas pela brutalidade; enquanto Roma sucumbia à devassidão, à lassidão, à volúpia, a dês-humanização...
Do mesmo que o Império estava enfraquecido [...] seus deuses também estavam; posto que não impedissem as invasões bárbaras; nem as rebeliões de escravos; nem as revoltas das nações conquistadas; nem os terremotos, nem as pragas, nem os vulcões, nem dassem aos romanos nada que não fosse por eles tomado no saque que faziam às nações que submetiam..., ainda que nunca definitivamente...
O Senhor não voltava, mas Constantino aparecera... Aleluia!... Gritavam os crentes!
Metido na sua corte, como seu escriba, estava um cristão chamado Lactâncio. Foi Lactâncio o “profeta” de Constantino, sim, pois foi dele a interpretação de que o meteoro caído diante deles antes do ataque a Roma, para tomar o poder, era um sinal de Jesus de que Constantino era o “escolhido”, o “cristo da história”, o Imperador que, pela espada, imporia o Reino de Deus, ainda que a proposta fosse a de que o império romano de Constantino não teria fim, sendo uma espécie de “reino davídico dos cristãos” — o que se tornou realidade/engano pelo fato de que a Igreja Católica Apostólica Romana é a Roma de Constantino viva até aos dias de hoje...


Lactâncio teve um papel fundamental na construção do Constantino Décimo Terceiro Apóstolo de Jesus, o apóstolo imperador, o apóstolo da espada, o apóstolo das glórias terrenas e da Igreja Triunfante na Terra, não nos céus.
Foi de Lactâncio a inspiração de que o “tamanho da igreja e sua presença em todo o império”, seria de grande valor político para Constantino. Foi dele a idéia de colocar a chamada Cruz de Constantino como novo Emblema do Império, substituindo a Águia.
Também foi dele a idéia de fazer da fé em Jesus uma Religião Oficial no Império. Sim, o escriba Lactâncio foi um cristão cansado de ser perseguido, e que estava próximo demais do poder para não tentar influenciar em nome de Jesus...
Ora, Lactâncio começou apenas buscando mais tolerância para os cristãos [...], mas depois de um tempo suscitou no Imperador a certeza política de que o grupo dos escravos amantes de Jesus era a melhor base de apoio que ele poderia ter no Império, dado ao tamanho e à capilaridade da igreja dos discípulos de Jesus.
Foi dele também a idéia de que o Imperador agradaria aos cristãos construindo Basílicas nos lugares mais históricos para a fé dos cristãos...
Ele foi a peça fundamental também na construção dos elos entre o Imperador e os bispos das igrejas locais, ainda escondidas e intimidadas.
Da noite para o dia os bispos viravam eminências pardas.
Depois Constantino aprendeu a andar com as próprias pernas, manobrando os bispos na medida em que lhes dava poder...
Foi por tal poder que o antigo crescimento dos cristãos se perdeu, virando inchaço e adesão... Logo surgiram os sincretismos... A seguir a bruxaria tomou conta em nome de Jesus, de um lado; e, de outro lado, surgiram os eruditos oficiais dos ditos de Deus, os teólogos; tudo sob o patrocínio do Imperador.
Constantino continuou matando e sendo inclemente com muitos... Foi ele quem primeiro invocou em “nome de Jesus” o principio diabólico da guerra santa e da igreja de espada na mão.

As raízes do Cristianismo Constantiniano [aliás, o único Cristianismo, posto que Jesus nunca tenha fundado nenhuma religião ou Cristianismo] — determinam até hoje quase tudo aquilo que a “igreja” chama de “Deus”, de “Jesus”, de “Igreja”, de “Doutrina”, de “Poder”, de “Estado”, de “Direito”, de “Ciência Teológica”; e está presente em todas as formas de governo e disciplina na “Igreja”.
Ora, como Jesus não voltara, mas Constantino aparecera como um ladrão de noite, os crentes logo celebraram a vitória de Constantino como uma manifestação da vinda do Senhor de forma diferente; como reino glorioso feito pelo poder de um império de trevas...
Em menos de trinta anos um grupo de milhões de discípulos de Jesus, que viviam de modo singelo e hebreu no caminhar, se tornou o poder dominante de um Império, do maior de todos os Impérios, do Império Romano; e, assim, sem pestanejar, reinterpretaram Jesus e a Sua vinda; e celebraram o reino de Deus nas garras da Meretriz Oportunista, que agora apenas dava aos famintos a chance de transformarem pedras em pães, de pularem do Pináculo do Templo com a escolta de anjos imperiais, em troca de darem apenas apoio político ao Imperador, enquanto eles, a agora não mais Igreja, mas apenas “igreja” [...], ganhavam todos os reinos deste mundo...
Praticamente ninguém mais conseguiu ser cristão sem levar alguma marca da Besta Constantiniana; sim, seja nos temas da vida; na idéia acerca de quem é Deus; ou acerca da Trindade [esquartejada em Nicéia]; ou da noção de influencia do Reino de Deus neste mundo; ou de guerra santa e justa; ou de evangelização; ou de teologia; ou de credo; ou de modo de governo; ou de importância humana e histórica; e de um monte de outras coisas... — que não nos tenham vindo como herança de Constantino; e que influenciaram toda a “Cristandade”; e que deram forma ao Cristianismo, que fizeram uma Dieta no Protestantismo, mas que nele não perderam o DNA; e que hoje estão revividas com todas as forças entre os Evangélicos, todos eles, mas especialmente entre os Neo-Pentecostais.
Hoje Constantino tem no Brasil a cara de um Macedino!...
Constantino é o Pai do Cristianismo!...
O Católico, ou Universal em Constantino, não são termos que têm o sentido da catolicidade e da universalidade do espírito de tais termos conforme o espírito do Evangelho.
Católico e Universal em Constantino são termos que significam exatamente aquilo que os termos Católico e Universal se tornaram no Cristianismo...
Sim, Constantino é o Pai do Cristianismo!... Somente ele; e Jesus esteve fora...; sempre...

Jesus esteve presente [...] como apenas sempre apenas nos corações [...]; mas nada teve a ver com toda a História da Igreja [...] de Constantino para cá.
Jesus teve a ver com a história de milhões de pessoas, mas não com a História da Igreja de Constantino, que é todo o Cristianismo, especialmente em sua manifestação ocidental, ainda que o fenômeno tenha sido “católico” em sua influencia “universal” do reino imperial de “Deus”...



Esta é a razão de a “igreja” ser tão diferente de Jesus e tão semelhante a Constantino.


Sim, pois o espírito do Cristianismo sempre foi e será “romano” em seu DNA; e tal espírito é anticristo em relação ao Evangelho de Jesus.
Somente o diabo faz de conta que não foi e não seja assim!
Sim, mano, olhe no espelho e veja que você é a cara do Imperador Constantino; pois, se seu espírito é do Cristianismo, então, é de Constantino que você é filho!
É por esta razão que eu creio que o Cristianismo é irreformável...
Nele, em Quem não tenho nenhuma dúvida acerca do que disse acima,
Caio
http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=05510

sábado, 3 de abril de 2010

PÁSCOA: ELE É O MEU ÊXODO E A MINHA ALEGRIA! - Caio Fábio

Na Páscoa verdadeira acontecem duas mortes: a do Cordeiro e daqueles por quem Ele morreu.

Na morte de Jesus eu não escapei da morte, eu morri com Ele, a fim de poder viver com Ele.

Se Jesus morreu, mas eu escapei de morrer com Ele, significa que Ele não morreu por mim...

Entretanto, Jesus morreu por mim independentemente de que eu tenha aceitado morrer com Ele, em Sua morte.

Assim a Graça principia...

Afinal, Cristo Jesus deu a vida por nós, sendo nós ainda alienados Dele por completo.

Todavia, uma vez que eu celebre a Páscoa como morte de Jesus, o Cordeiro, por mim, então, por tal consciência, segundo Paulo, eu devo também me considerar morto para o pecado e vivo para Deus.

É como tudo o mais que seja de Deus!...

Começa sempre unilateral, mas, depois que existe consciência e alguma fé, o que se diz aos discípulos é o seguinte: Você quer perdão..., mais perdão..., perdão sempre... — então, perdoe sempre, até 70 x 7 num único dia!

É por isto que somente os misericordiosos alcançam misericórdia sempre!

Entretanto, em Páscoas de Ovo... — não há lugar para a Cruz, e, muito menos, para se celebrar a nossa própria morte com Jesus.

Ninguém quer morrer...

Todo mundo quer viver, viver e viver.

Mas não há vida em Jesus sem que eu aceite que a morte de Jesus quer ser a minha morte...

Este é o ensino de Paulo o tempo todo, à exaustão.

O convite da Páscoa existencial do Novo Testamento é para que nós nos conformemos com Jesus na Sua morte, a fim de obtermos superior ressurreição.

E mais:

No ensino de Paulo o morrer com Jesus, o aceitar as implicações de Sua morte, trazia como conseqüência a consciência de nossa morte para o viver segundo o capricho, o egoísmo, o “si-mesmo”.

Entretanto, Paulo diz: “Fazei morrer a vossa natureza terrena”... — e a descreve tal natureza como sendo aquilo que mata a alma e o espírito; a saber: maldade, luxuria, inveja, prostituição, amargura, ódio, gritarias e maldade no falar; entre tantas outras coisas.

Assim, a verdadeira Páscoa existencial, segundo o Evangelho, é todo dia; e é algo que a gente faz...

Existe a dimensão do “fazei” no Novo Testamento!

Está Tudo Feito para que, em mim, possa ser feito; e em tal tarefa sou colaborador de Deus, abrindo o ser para que a operação do Espírito não encontre o pior adversário da Graça, que é a nossa própria indisposição de aceitarmos a cura como morte... em Jesus.

Sim! Nossa cura é morrermos; a fim de que possamos provar a outra vida, que não é no além ainda, mas aqui e agora; já.

Hoje, mais do que nunca antes, por imposição do amor de Deus em meu favor na história, sei o que é estar morto enquanto se está vivo...

Ora, digo isto apenas para ilustrar o fato que, quando morremos com Jesus, quando nossa reputação, justiça-própria, glória, honra, e tudo quanto seja importante e elevado entre os homens, acaba para nós, então, aí é que começa a vida.

Com isto não recomendo a ninguém a experiência da busca de uma catástrofe. Apenas digo que é pelo querer, pelo fazer, pela decisão... que se pode, dia a dia, ir fazendo morrer a nossa natureza terrena; na mesma medida em que apenas nos gloriemos em Jesus, na Cruz, na Vida que é; e, assim, vivamos em novidade de vida; não segundo o mundo; não para chocar ninguém; mas apenas para dar o testemunho da nova consciência segundo a fé, que é pura para comer e beber com gratidão, e feliz para testemunhar somente pela alegria da libertação.

Todavia, saiba:

Uma das primeiras manifestações de que de fato morremos com Jesus, é o abdicar de toda importância humana que se contraponha à simplicidade do que seja a Verdade em Jesus.

E mais:

Os mortos já não têm mais divida alguma!

Quem serão os credores que entrarão na morte para cobrar ao morto? Sim! Se o morto morreu em Jesus, na Cruz?

Paulo diz: Aquele que morreu já não tem dívidas!

Assim, fique livre para andar livre; e isto só acontece quando se caminha exclusivamente segundo o Evangelho.

Desse modo, estou ressuscitado com Jesus. E, por causa Dele, a morte já não tem domínio sobre mim.

Todo dia é uma nova vida!

Nele, que é a nossa Páscoa,

Caio


http://www.caiofabio.net/2009/conteudonews.asp?codigo=3

sexta-feira, 2 de abril de 2010

FELIZ PÁSCOA!!!

"Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança". (Daniel 12.13)
Se você soubesse que recebeu uma herança inesperada, num momento de extrema pobreza, você não iria querer abrir o testamento e saber?

"Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa união com Cristo, a fim de pertencermos somente a Deus e nos apresentarmos diante dele sem culpa. Por causa do seu amor por nós, Deus já havia resolvido que nos tornaria seus filhos, por meio de Jesus Cristo, pois este era o seu prazer e a sua vontade.. Pois, pela morte de Cristo na cruz, nós somos libertados, isto é, os nossos pecados são perdoados... E Deus pôs em vocês a sua marca de proprietário quando lhes deu o Espírito Santo, que ele havia prometido. O Espírito Santo é a garantia de que receberemos o que Deus prometeu ao seu povo, e isso nos dá a certeza de que Deus dará liberdade completa aos que são seus... Peço que Deus abra a mente de vocês para que vejam a luz dele e conheçam a esperança para a qual ele os chamou. E também para que saibam como são maravilhosas as bênçãos que ele prometeu ao seu povo e como é grande o seu poder que age em nós, os que cremos nele. Esse poder que age em nós é a mesma força poderosa que ele usou quando ressuscitou Cristo e fez com que ele se sentasse ao seu lado direito no mundo celestial. Cristo reina sobre todos os governos celestiais, autoridades, forças e poderes. Ele tem um título que está acima de todos os títulos das autoridades que existem neste mundo e no mundo que há de vir. Deus colocou todas as coisas debaixo da autoridade de Cristo e deu Cristo à Igreja como o único Senhor de tudo. A Igreja é o corpo de Cristo; ela completa Cristo, o qual completa todas as coisas em todos os lugares" (Efésios cap.1).

Esta herança é uma herança ETERNA, que ninguém pode nos roubar, nem nós mesmos podemos esgotá-la. A encarnação, a vida, a morte e a ressurreição do nosso Senhor Jesus Cristo é uma dádiva, a maior de todas.

Que neste tempo o Espírito Santo nos traga a memória tudo aquilo nos traz esperança, renove a nossa fé, e que o amor dEle seja derramado em nossos corações.




FELIZ PÁSCOA!!!

BM

quinta-feira, 1 de abril de 2010

“Façam isto em memória de mim” - Rob Bell

“...Na noite em que foi traído, Jesus conduziu uma refeição de Páscoa diferente de qualquer outra. Tomou do pão e do cálice e relacionou esses símbolos a si mesmo. Disse-lhes: “façam isto em memória de mim”.

“Façam isto” é entendido como se o pão e o cálice fossem o corpo e sangue de Cristo.

De modo que vamos e provamos de ambos. Refletimos e lembramos. Cantamos e oramos. Participamos desse ritual há dois mil anos. Alguns de nos “fazemos isto” em um culto de igreja; outros, todos os dias; outros, ainda, em pequenos grupos de amigos. “Fazemos isto” de todas as formas e em todos os tipo de lugares, com toda a diversidade possível. Alguns “fazemos isto” com cânticos; outros, em silencio. Em determinados ambientes, um sacerdote, pastor, presbítero ou líder serve-nos; em outros, as pessoas servem umas as outras, ao passo que há reuniões em que as pessoas servem as si mesmas.

“Fazemos isso” em lembrança de Jesus porque o ritual nos emociona, transforma, apazigua e une.

Experimente fazer isso com alguém com quem você não esta falando. Vocês acabarão reconciliando-se, ou pelo menos conversando ou sendo mais compreensivos e compassivos.

Contudo, e se Jesus se referisse a outra coisa – a algo alem do ritual? E se estivesse falando de encenarmos de verdade aquilo a que o ritual se refere mais e mais, vezes sem conta, ano após ano? E se o “façam isto” a que se referi originariamente não fosse o ritual pelo qual estava conduzindo seus discípulos naquele momento? E se o “façam isto” fosse todo o seu modo de vida?

Ele escolheu o caminho que aponta para baixo;

entra em Jerusalém montado em um jumento, não em um cavalo,

acompanhado de crianças, não de soldados,

chorando, humilde.

E morre,

nu,

sangrando,

com sede,

sozinho.

Talvez seja isso o que quer dizer quando afirma: “Façam isto em memória de mim”. A parte do “Façam isto” é nossa vida. Abrir-nos para o mistério da ressurreição, abrir-nos para a libertação de outros, permitir que nosso corpo seja moído e nosso sangue vertido..."

Rob Bell (em JESUS QUER SALVAR OS CRISTÃOS)