"Temos esta Esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu, onde Jesus que nos precedeu, entrou em nosso lugar..." (Hebreus 6.19,20a)
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sábado, 8 de fevereiro de 2014

INCITAÇÃO DA MENTE À CONTEMPLAÇÃO DE DEUS por Anselmo de Cantuária (1078)

Eia, vamos, pobre homem! Foge um pouco às tuas ocupações, esconde-te dos teus pensamentos tumultuados, afasta as tuas graves preocupações e deixa de lado as tuas trabalhosas inquietudes. Busca, por um momento, a Deus e descansa um pouco nele. Entra no esconderijo da tua mente, aparta-te de tudo, exceto de Deus e daquilo que pode levar-te a ele, e, fechada a porta, procura-o. Abre a ele todo o teu coração e dize-lhe: “Quero teu rosto; busco com ardor o teu rosto, ó Senhor” (Salmo 27.8).

Eis-me, ó Senhor meu Deus, ensina, agora, ao meu coração onde e como procurar-te, onde e como encontrar-te. Senhor, se não estás aqui, na minha mente, se estás ausente, onde poderei encontrar-te? Senhor, se estás por toda parte, por que não te vejo aqui? Certamente habitas uma luz inacessível. Mas onde está essa luz inacessível? E como chegar a ela? Quem me levará até lá e me introduzirá nessa morada cheia de luz para que ali possa enxergar-te?

Nunca te vi, ó Senhor meu Deus. Senhor, eu não conheço o teu rosto. Que fará, ó Senhor, que fará este teu servo tão afastado de ti? Que fará este teu servo tão ansioso pelo teu amor e, no entanto, lançado tão longe de ti? Anela ver-te, mas teu rosto está demasiado longe dele. Deseja aproximar-te de ti, mas a tua habitação é inacessível. Arde pelo desejo de encontrar-te, e não sabe onde moras. Suspira só por ti, e não conhece o teu rosto. Ó Senhor, tu és o meu Deus e o meu Senhor, e nunca te vi. Tu me fizeste e resgataste, e tudo o que tenho de bom devo-o a ti; no entanto, não te conheço ainda. Fui criado para ver-te, e até agora não consegui aquilo para que fui criado.

(…) E tu, Senhor, até quando, até quando, ó Senhor, ficarás esquecido de nós? Até quando conservarás o teu rosto afastado de nós? Quando iluminarás os nossos olhos e nos mostrarás teu rosto? Quando voltarás a nós? Olha para nós, ó Senhor. Escuta-nos, ilumina os nossos olhos, mostra-te a nós. Volta para junto de nós, a fim de termos, novamente, a felicidade, pois, sem ti, só há dores para nós. Tem piedade de nossos sofrimentos e esforços para chegar a ti, pois, sem ti, nada podemos. Convida-nos, ajuda-nos, Senhor. Rogo-te que o meu desespero não destrua este meu suspirar por ti, mas respire dilatado meu coração na esperança. Rogo-te, ó Senhor, consoles o meu coração amargurado pela desolação. Suplico-te, ó Senhor, não me deixes insatisfeito após começar a tua procura com tanta fome de ti. Famélico, dirigi-me a ti: não permitas que volte em jejum. Pobre e miserável que sou, fui em busca do rico e misericordioso: não permitas que retorne sem nada, e decepcionado. E se suspiro antes de comer, faze com que eu tenha a comida após os suspiros.

Ó Senhor, encurvado como sou, nem posso ver senão a terra: ergue-me, pois, para que possa fixar com os olhos o alto. As minhas iniquidades elevaram-se por cima da minha cabeça, rodeiam-me por toda parte e me oprimem como um fardo pesado. Livra-me delas, alivia-me desse peso, para que eu não fique encerrado como num poço. Seja-me permitido enxergar a tua luz, embora de tão longe e desta profundidade. Ensina-me como procurar-te e mostra-te a mim que te procuro. Pois, sequer posso procurar-te se não me ensinares a maneira, nem encontrar-te se não te mostrares. Que eu possa procurar-te desejando-te, e desejar-te ao procurar-te, e encontrar-te amando-te, e amar-te ao te encontrar.

Ó Senhor, reconheço e te rendo graças por teres criado em mim esta tua imagem, a fim de que, ao recordar-me de ti, eu pense em ti e te ame. Mas ela está tão apagada em minha mente por causa dos vícios, tão embaciada pela névoa dos pecados, que não consegue alcançar o fim para o qual a fizeste, a menos que tu a renoves e a reformes. Não tento, ó Senhor, penetrar a tua profundidade. De maneira alguma a minha inteligência amolda-se a ela, mas desejo, ao menos, compreender a tua verdade, que o meu coração crê e ama. Com efeito, não busco compreender para crer, mas creio para compreender. Efetivamente creio, se não cresse, não conseguiria compreender.

sábado, 23 de março de 2013

CONVERSÃO em 03 (três) ATOS com O MILAD/ÁGUA VIVA

ATO 1 - CAIR EM SI
(Olhos no Espelho)




ATO 2 - RETORNO AO CAMINHO
(Água Viva)




ATO 3 - A MORTE DO EGO, VIVER PRA CRISTO
(Que Estou Fazendo se Sou Cristão)

domingo, 1 de janeiro de 2012

LEIAMOS A BÍBLIA!

Após servir 30 anos como pastor, ele concluiu que o analfabetismo bíblico é violento, e afirmou: a Bíblia é o mais vendido, o menos lido e o menos compreendido de todos os livros". 

George Gallup, o mais conhecido pesquisador religioso nos EUA, concorda com a opinião desse desconhecido pastor, e acrescenta: "Reverenciamos a Bíblia, mas não a lemos". Numa recente pesquisa, 64% dos entrevistados informaram que estavam ocupados demais para a leitura da Bíblia. A maioria das famílias tem em média três Bíblias, mas menos da metade dessas pessoas sabem o nome do primeiro livro do Antigo Testamento. Outra pesquisa revelou que 12% dos entrevistados que se denominavam cristãos identificaram a esposa de Nóe como Joana D'arc! 

Qual a solução? Ler a Bíblia! Una-se a mim no compromisso de ler a Bíblia em um ano. Nós precisaremos de aproximadamente 15 minutos para lermos 4 capítulos por dia (Em 300 dias leremos os seus 1189 capítulos). Estamos ocupados demais para isto? 

O objetivo não é a informação, mas a transformação! Alguém resumiu 2 Timóteo 3.16, dizendo: " A Palavra de Deus nos mostra que caminho seguir (Doutrina = Ensino); como retornar ao caminho (correção); e como permanecer nele (instrução na Justiça)". 

A Palavra de Deus é um precioso Presente. Por isso, leiamos durante o próximo ano. 

DCM - Extraído do devocional Nosso Andar Diário dia 31 de Dezembro.

...
"Toda a Escritura nos foi dada por inspiração de Deus e é útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer compreender o que está errado em nossas vidas; ela nos endireita e nos ajuda a fazer o que é correto. Ela é o meio que Deus utiliza para nos tornar bem preparados em todos os pontos, perfeitamente habilitados para toda boa obra".
2 Timóteo 3.16,17 - Nova Bíblia Viva ( A Bíblia que estou lendo no momento)

Altamente recomendado, CONHEÇA SUA BÍBLIA com Ed René Kivitz: http://ibab.com.br/conhecasuabiblia.php

Primeiro palestra da série de 8 do Conheça sua Bíblia:

Bíblia, palavra de Deus - Parte 1 from IBAB on Vimeo.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

JESUS, A PALAVRA VIVA!

"Após servir 30 anos como pastor, ele concluiu que o analfabetismo bíblico é violento, e afirmou: "a Bíblia é o mais vendido, o menos lido e o menos compreendido de todos os livros". George Gallup, o mais conhecido pesquisador religioso nos EUA, concorda com a opinião desse desconhecido pastor, e acrescenta: 'Reverenciamos a Bíblia, mas não a lemos'... A maioria das nossas famílias tem em média três Bíblias, mas menos da metade dessas pessoas sabem o nome do primeiro livro do antigo testamento".*


Qual de nós vê uma nota de R$ 100,00 perdida no chão e não corre para pegá-la antes que alguém a veja? Fazemos isso porque confiamos no Governo da República Federativa do Brasil que endossado pelo mercado diz qual o valor dessa nota, o tanto que se pode comprar. Por que temos a Palavra de Deus e não percebemos o tesouro que temos na mão? É a cegueira espiritual ou Deus não nos é relevante? Sinceramente, com tanto desenvolvimento tecnológico, abastança de comida e recursos, onde Deus e Sua Palavra pode entrar nossa vida? 

Em Lucas cáp.15 Jesus nos conta a parábola do filho pródigo, aquele moço que pediu sua herança, saiu de casa, provou de prazeres mil e desperdiçou tudo. Nossos somos filhos pródigos, que desperdiçam, jogam fora as oportunidades, os amores, e a vida vai se esvaindo. Nos achamos mais inteligentes do que aquele que nos projetou, nos deu a vida e o fôlego que a mantém. Queremos autonomia (definir a regra do jogo).

Um dia porém, aquele filho gastador, literalmente na pocilga 'caiu em si', e se lembrou da casa do Pai, da fartura e do aconchego. Ai decide voltar... e volta humilde, reconhecendo que ser servo na casa do Seu Pai é muito melhor do que viver escravo das suas paixões e dos seus desejos. Ele conhecia Seu Pai e sabia como bem cuidados eram os empregados da casa.


"A seguir, levantou-se e foi para seu pai. "Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou. "O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’. "Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar. Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar". 


Anel no dedo, sandália nos pés (sinais de filiação) e festa! Que Pai maravilhoso, que amor enorme!!! A Bíblia relata esta história e muitas outras porque Deus quer que tenhamos comunhão com Ele e nas suas páginas descobrimos como Ele providenciou Jesus para isso.  Parafraseando Eugene Peterson, a Bíblia é muito mais que um manual sobre Deus, ou um monte de regras que nos limitam; o objetivo não é informação, mas transformação. Por ela temos o acesso à Sua Palavra Viva (Jesus Cristo), que cria por meio da fala do Espírito, um mundo novo em nós. 


Tudo nas Escrituras converge para Jesus. O Cristo de Deus é a tão esperada redenção que anelamos. Reconciliação, perdão, graça, justiça satisfeita, vida abundante e com significado. "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do Mundo!" Ele é a Pérola de grande valor, o Tesouro escondido no campo, bem maior que quando descoberto faz tudo mais ser relativizado"Não só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus". Deus sabe que necessitamos de muitas coisas, mas é dEle mesmo que mais precisamos.

No jardim, antes do pecado entrar no mundo, na viração do dia, Deus 'batia um papo' com seus filhos, a comunhão era plena e sem barreiras. Em Jesus mais uma vez temos a comunhão restaurada. Pela Palavra escrita e pela oração Deus fala conosco. "A Bíblia é o mais belo templo de todas as épocas, onde o Espírito Santo de Deus se faz presente o tempo todo". Deus quer ter um encontro comigo e com você ainda hoje. Onde estás?

BM


* Do devocional Nosso Andar Diário Vol.7 dia 31 de Dezembro
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Mais do mesmo em:
http://ancoradalma.blogspot.com/2010/10/singularidade-da-biblia.html

domingo, 14 de agosto de 2011

COMBUSTÍVEL ADULTERADO por C S Lewis

DEUS nos criou, inventou-nos com um homem inventa uma máquina. Um carro que tenha sido feito para ser movido a gasolina não funciona direito com outro tipo de combustível. E Deus projetou a máquina humana para funcionar a base dEle mesmo. Ele é o combustível do qual os nossos espíritos devem se alimentar. Não há nenhum outro. Eis por que não é bom pedir a Deus que nos faça felizes do nosso próprio jeito, sem nos preocuparmos com a religião (espiritualidade). Deus não pode nos dar felicidade e paz fora de si mesmo simplesmente porque não existem desse modo. Não há nada parecido com isso.

Eis aqui a chave de toda história. Gasta-se uma energia enorme, civilizações inteiras são construídas, instituições excelentes são arquitetadas; mas toda vez acontece algo errado. Algum defeito fatal sempre leva pessoas egoístas e cruéis ao topo e tudo cai na miséria e ruína. De fato, a maquina está trabalhando sob solavancos. Ela parecia até dado a partida com tudo certo e andado alguns quilômetros, mas depois quebrou. Estavam tentando fazê-la funcionar com o combustível errado. Foi precisamente isso que Satanás provocou em nós, seres humanos.




C. S. Lewis (Um ano com C. S. Lewis, leituras diárias de suas obras clássicas, dia 61)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

SALMOS por Osmar Ludovico


Já faz muito tempo que Santo Agostinho escreveu: “Tu nos fizeste para Ti mesmo, ó Senhor, e o nosso coração é inquieto até que encontre em Ti o repouso”. Viemos de Deus e retornamos a Deus, este é o destino humano.

Lá no fundo do nosso coração existe uma sede que só Deus pode verdadeiramente saciar. São muitos os atalhos que nos anestesiam, como, por exemplo, o ativismo e o consumismo. Mas existe no coração humano a saudade de um amor verdadeiro, uma busca por transcendência e eternidade, e o desejo de um mundo justo e pacífico. É um vazio que só Deus pode preencher.

Vivemos um período de crise, um mundo sem valores, invadido pelo materialismo e de incertezas quanto ao futuro. Muitos se voltam para a religião, buscam alguma forma de espiritualidade. São homens e mulheres tateando em busca de Deus, lotando igrejas, consumindo livros religiosos e também buscando respostas em novas e antigas religiões. Surgiu um mercado religioso envolvendo milhões de fiéis, movimentando muito dinheiro.As conseqüências se fazem sentir na igreja evangélica histórica, herdeira da Reforma. Já não sabemos orar como convém. Só sabemos pedir; nossas orações se resumem a petições sem fim. Não nos lembramos de agradecer, muito menos de confessar nossos pecados.
Começamos perguntando qual o sentido da oração. Para muitos, é um ato religioso praticado comunitariamente. Para outros, um meio de fazer Deus promover nosso conforto. Para outros, ainda, uma catarse emocional. Para nós, cristãos, a oração é uma elevação de nossa alma em direção a Deus.


“O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”, diz o primeiro artigo do Catecismo Reformado. Madame Guyon, mística francesa, escreve que a experiência da oração possibilita estar com Deus para sempre em divina união. Tereza D’Ávila ora: “Que nada te perturbe, que nada te apavore, tudo passa, só Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem tem Deus, nada lhe falta, só Deus basta”.


Sim, é verdade. Quanto mais amamos a Deus, menos necessidades urgentes e circunstanciais teremos.

O que significa para nós buscar a Deus na oração? Um Deus vivo e pessoal, que se relaciona, mas que ao mesmo tempo é infinito e eterno? Como superar essa distância entre o Criador e o ser criado, entre o eterno e o temporal, entre o infinito e o finito? Como entrar em contato com Ele, que não é um igual, mas o Deus vivo, Criador dos céus e da terra? Aquele que não pode ser aprisionado por uma definição racional, Aquele que as palavras todas não conseguiriam descrever. Como orar para aquele que sabe tudo de nós? “Adonai, tu me sondas e me penetras. Penetras meu repouso, meu despertar e discernes de longe meu desígnio. Avalias meu caminho e meu emparelhamento, freqüentas todas as minhas estradas. Não, a palavra não está na minha língua e tu já penetras toda, Adonai” Sl 139.1-4 (tradução de André Chouraqui em Louvores II, Imago Editora).


Aprendemos a orar com Salmos. Nesse livro, Davi, Core, Moisés, nos conduzem ao centro da oração: o temor, o desejo, os afetos, a realidade humana.

Temor
não é medo que afasta, mas uma profunda reverência e respeito diante dAquele que não compreendemos completamente, dAquele que se revela, mas que continua envolto no mistério, pois não suportaríamos sua presença plena. É o inefável, o inominável, o inescrutável.

O desejo porque fazemos contato com aquela saudade infinita escondida no nosso coração e lançamos sobre Deus toda a nossa busca existencial e espiritual como o náufrago se agarra à bóia.

O afeto porque Deus é amor, é Trindade Santa – Pai, Filho e Espírito Santo intimamente ligados e interpenetrados. Deus que subsiste em si mesmo amando entre os três, e desejando que o amemos e que vivamos amorosamente entre nós.

E finalmente porque tudo isso se situa além do racional e do cognitivo. A oração é poesia, é cântico. É feita de metáforas como alguém que, tendo visitado um país estranho e desconhecido, só pode contar aquilo que viu através de comparações.



Assim, somos convidados por Deus a orar e, assim fazendo, nos unir a Ele. Um convite para nos acercar dEle com temor, com desejo, com afeto, com poesia, com a realidade de nossa vida. Sem esperar nada em troca, apenas para celebrar a Sua existência e o privilégio de sermos amados apesar de nossas iniqüidades.

Osmar Ludovico
http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=78&materia=968
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"Guarda-me, ó Deus, pois em ti me refugio. Ao Senhor declaro: Tu és o meu Senhor; não tenho bem nenhum além de ti...”
Grande será o sofrimento dos que correm atrás de outros deuses. Não participarei dos seus sacrifícios de sangue, e os meus lábios nem mencionarão os seus nomes...
Senhor, tu és a minha porção e o meu cálice; és tu que garantes o meu futuro. Bendirei o Senhor, que me aconselha; na escura noite o meu coração me ensina!
Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado. Por isso o meu coração se alegra e no íntimo exulto; mesmo o meu corpo repousará tranqüilo, porque tu não me abandonarás no sepulcro nem permitirás que o teu santo veja corrupção.
Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita".
Salmo 16

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O CRISTIANISMO E O MUNDO por A W Tozer

"Se estivermos saciando a sede em fontes proibidas, não teremos razão de esperar que Deus nos dessedente. Se não formos alimentados pelo pão do céu, teremos de nos saciar com as migalhas do mundo. Depois que estivermos viciados no alimento do mundo, nosso apetite por Deus desaparecerá".
(Erwin Lutzer)

O Cristianismo está tão envolvido com o mundo que milhões não notam o quanto se afastaram do padrão do Novo Testamento. Concessões em toda parte. O mundo foi caiado o bastante para passar a inspeção por homens que se dizem crentes. E o Cristianismo evangélico se vendeu. E está tragicamente abaixo do padrão do Novo Testamento.

O mundanismo é parte aceita do nosso modo de viver, a vida religiosa e social em vez de espiritual. Perdemos a arte da adoração! Não produzimos santos! Nossos modelos são certos homens de negócios, atletas famosos e personalidades do teatro.

Praticamos as nossas atividades religiosas de acordo com a propaganda moderna. Nossos lares se tornaram teatros, nossa literatura é superficial os nossos hinos são sacrílegos, mas ninguém parece se importar.

Muito do que se passa por Cristianismo do Novo Testamento é pouco mais do que a verdade objetiva adoçada para se tornar agradável ao paladar religioso.

Jesus convida os homens a levar a Cruz, e nós os convidamos a se divertirem.

Ele o chama para deixar o mundo, e nós dizemos que se eles aceitarem Jesus o mundo será deles.

Ele os chama a sofrer, nós os chamamos a gozar do conforto que a civilização moderna oferece.

Ele os chama a santidade, e nós os chamamos a uma felicidade barata, que seria rejeitada com desprezo até pelos filósofos estóicos sem falar dos apóstolos.

O novo decálogo, o novo mandamento foi adotado pelos neocristãos dos nossos dias. E a primeira frase diz: "Tu não deves discordar". E um grupo de beatitude que começa a "Bem-aventurado os que toleram tudo porque eles não serão responsáveis por nada..."


A W Tozer (para saber mais sobre este autor, click: biografia de A. W. Tozer)
...
Deus é o que nós (mais) desejamos!

sábado, 11 de setembro de 2010

ÁGUA VIVA - Milad

Assim, chegou a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José. Havia ali o poço de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se à beira do poço. Isto se deu por volta do meio-dia. Nisso veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: "Dê-me um pouco de água". (Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida).
A mulher samaritana lhe perguntou: "Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?" (Pois os judeus não se dão bem com os samaritanos).
Jesus lhe respondeu: "Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva".
Disse a mulher: "O senhor não tem com que tirar água, e o poço é fundo. Onde pode conseguir essa água viva? Acaso o senhor é maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, bem como seus filhos e seu gado?"
Jesus respondeu: "Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna".
A mulher lhe disse: "Senhor, dê-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água".
João 4.15-25

"Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva".

João 7.38

terça-feira, 31 de agosto de 2010

SEGUINDO A DEUS DE PERTO - Agosto mês de Tozer

Uma boa medida de paciência e persistencia será necessária para a leitura deste artigo até o seu final, sei porém que a recompensa é imediata e eterna, é desde já e para sempre.
Você tem Fome de quê?
Você tem Sede de quê?
Se você não sabe dar nome a sua fome e a sua sede, ou nada lhe traz satisfação, leia com atenção...

Que Deus te abençoe!


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“A minha alma apega-se a ti: a tua destra me ampara”
Salmos 63.8

O evangelho nos ensina a doutrina da graça preveniente, que significa simplesmente que, antes de um homem poder buscar a Deus, Deus tem que buscá-lo primeiro.

Para que o pecador tenha uma idéia correta a respeito de Deus, deve receber antes um toque esclarecedor em seu íntimo; que, mesmo que seja imperfeito, não deixa de ser verdadeiro, e é o que desperta nele essa fome espiritual que o leva à oração e à busca.

Procuramos a Deus porque, e somente porque, Ele primeiramente colocou em nós o anseio que nos lança nessa busca. “Ninguém pode vir a mim”, disse o Senhor Jesus, “se o Pai que me enviou não o trouxer” (Jo 6:44), e é justamente através desse trazer preveniente, que Deus tira de nós todo vestígio de mérito pelo ato de nos achegarmos a Ele. O impulso de buscar a Deus origina-se em Deus, mas a realização do impulso depende de O seguirmos de todo o coração. E durante todo o tempo em que O buscamos, já estamos em Sua mão: “... o Senhor o segura pela mão” (Sl 37:24.).

Nesse “amparo” divino e no ato humano de “apegar-se” não há contradição. Tudo provém de Deus, pois, segundo afirma Von Hügel, Deus é sempre a causa primeira. Na prática, entretanto (isto é, quando a operação prévia de Deus se combina com uma reação positiva do homem), cabe ao homem a iniciativa de buscar a Deus. De nossa parte deve haver uma participação positiva, para que essa atração divina possa produzir resultados em termos de uma experiência pessoal com Deus. Isso transparece na calorosa linguagem que expressa o sentimento pessoal do salmista no Salmo 42: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando irei e me verei perante a face de Deus?” E um apelo que parte do mais profundo da alma, e qualquer coração anelante pode muito bem entendê-lo.

A doutrina da justificação pela fé — uma verdade bíblica, e uma bênção que nos liberta do legalismo estéril e de um inútil esforço próprio — em nosso tempo tem-se degenerado bastante, e muitos lhe dão uma interpretação que acaba se constituindo um obstáculo para que o homem chegue a um conhecimento verdadeiro de Deus. O milagre do novo nascimento está sendo entendido como um processo mecânico e sem vida. Parece que o exercício da fé já não abala a estrutura moral do homem, nem modifica a sua velha natureza. É como se ele pudesse aceitar a Cristo sem que, em seu coração, surgisse um genuíno amor pelo Salvador. Contudo, o homem que não tem fome nem sede de Deus pode estar salvo? No entanto, é exatamente nesse sentido que ele é orientado: conformar-se com uma transformação apenas superficial.

Os cientistas modernos perderam Deus de vista, em meio às maravilhas da criação; nós, os crentes, corremos o perigo de perdermos Deus de vista em meio às maravilhas da Sua Palavra. Andamos quase inteiramente esquecidos de que Deus é uma pessoa, e que, por isso, devemos cultivar nossa comunhão com Ele como cultivamos nosso companheirismo com qualquer outra pessoa. É parte inerente de nossa personalidade conhecer outras personalidades, mas ninguém pode chegar a um conhecimento pleno de outrem através de um encontro apenas. Somente após uma prolongada e afetuosa convivência é que dois seres podem avaliar mutuamente sua capacidade total.

Todo contato social entre os seres humanos consiste de um reconhecimento de uma personalidade para com outra, e varia desde um esbarrão casual entre dois homens, até a comunhão mais íntima de que é capaz a alma humana. O sentimento religioso consiste, em sua essência, numa reação favorável das personalidades criadas, para com a Personalidade Criadora, Deus.
“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste".

Deus é uma pessoa, e nas profundezas de Sua poderosa natureza Ele pensa, deseja, tem gozo, sente, ama, quer e sofre, como qualquer outra pessoa. Em seu relacionamento conosco, Ele se mantém fiel a esse padrão de comportamento da personalidade. Ele se comunica conosco por meio de nossa mente, vontade e emoções.

O cerne da mensagem do Novo Testamento é a comunhão entre Deus e a alma remida, manifestada em um livre e constante intercâmbio de amor e pensamento.

Esse intercâmbio, entre Deus e a alma, pode ser constatado pela percepção consciente do crente. É uma experiência pessoal, isto é, não vem através da igreja, como Corpo, mas precisa ser vivida, por cada membro. Depois, em conseqüência dele, todo o Corpo será abençoado. E é uma experiência consciente: isto é, não se situa no campo do subconsciente, nem ocorre sem a participação da alma (como, por exemplo, segundo alguns imaginam, se dá com o batismo infantil), mas é perfeitamente perceptível, de modo que o homem pode “conhecer” essa experiência, assim como pode conhecer qualquer outro fato experimental.

Nós somos em miniatura, (excetuando os nossos pecados) aquilo que Deus é em forma infinita. Tendo sido feitos a Sua imagem, temos dentro de nós a capacidade de conhecê-lO. Enquanto em pecado, falta-nos tão-somente o poder. Mas, a partir do momento em que o Espírito nos revivifica, dando-nos uma vida regenerada, todo o nosso ser passa a gozar de afinidade com Deus, mostrando-se exultante e grato. Isso é este nascer do Espírito sem o qual não podemos ver o reino de Deus. Entretanto, isso não é o fim, mas apenas o começo, pois é a partir daí que o nosso coração inicia o glorioso caminho da busca, que consiste em penetrar nas infinitas riquezas de Deus. Posso dizer que começamos neste ponto, mas digo também que homem nenhum já chegou ao final dessa exploração, pois os mistérios da Trindade são tão grandes e insondáveis que não têm limite nem fim.

Encontrar-se com o Senhor, e mesmo assim continuar a buscá-lO, é o paradoxo da alma que ama a Deus. É um sentimento desconhecido daqueles que se satisfazem com pouco, mas comprovado na experiência de alguns filhos de Deus que têm o coração abrasado. Se examinarmos a vida de grandes homens e mulheres de Deus, do passado, logo sentiremos o calor com que buscavam ao Senhor. Choravam por Ele, oravam, lutavam e buscavam-nO dia e noite, a tempo e fora do tempo, e, ao encontrá-lO, a comunhão parecia mais doce, após a longa busca. Moisés usou o fato de que conhecia a Deus como argumento para conhecê-lO ainda melhor. “Agora, pois, se achei graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber neste momento o Teu caminho, para que eu Te conheça, e ache graça aos Teus olhos” (Ex 33:13). E, partindo daí, fez um pedido ainda mais ousado: “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Ex 33:18). Deus ficou verdadeiramente alegre com essa demonstração de ardor e, no dia seguinte, chamou Moisés ao monte, e ali, em solene cortejo, fez toda a Sua glória passar diante dele.

A vida de Davi foi uma contínua ânsia espiritual. Em todos os seus salmos ecoa o clamor de uma alma anelante, seguido pelo brado de regozijo daquele que é atendido. Paulo confessou que a mola-mestra de sua vida era o seu intenso desejo de conhecer a Cristo mais e mais. “Para O conhecer” (Fp 3:10), era o objetivo de seu viver, e para alcançar isso, sacrificou todas as outras coisas. “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus meu Senhor: por amor do qual perdi todas as cousas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3:8).

Muitos hinos evangélicos revelam este anelo da alma por Deus, embora a pessoa que canta, já saiba que o encontrou. Há apenas uma geração, nossos antepassados cantavam o hino que dizia: “Verei e seguirei o Seu caminho”; hoje não o ouvimos mais entre os cristãos. É uma tragédia que, nesta época de trevas, deixemos só para os pastores e líderes a busca de uma comunhão mais íntima com Deus. Agora, tudo se resume num ato inicial de “aceitar” a Cristo (a propósito, esta palavra não é encontrada na Bíblia), e daí por diante não se espera que o convertido almeje qualquer outra revelação de Deus para a sua alma. Estamos sendo confundidos por uma lógica espúria que argumenta que, se já encontramos o Senhor, não temos mais necessidade de buscá-lO. Esse conceito nos é apresentado como sendo o mais ortodoxo, e muitos não aceitariam a hipótese de que um crente instruído na Palavra pudesse crer de outra forma. Assim sendo, todas as palavras de testemunho da Igreja que significam adoração, busca e louvor, são friamente postas de lado. A doutrina que fala de uma experiência do coração, aceita pelo grande contingente dos santos que possuíam o bom perfume de Cristo, hoje é substituída por uma interpretação superficial das Escrituras, que sem dúvida soaria como muito estranha para Agostinho, Rutherford ou Brainerd.

Em meio a toda essa frieza existem ainda alguns — alegro-me em reconhecer — que jamais se contentarão com essa lógica superficial.
Talvez até reconheçam a força do argumento, mas depois saem em lágrimas à procura de algum lugar isolado, a fim de orarem: “Ó Deus, mostra-me a tua glória”. Querem provar, ver com os olhos do íntimo, quão maravilhoso Deus é.

Ë meu propósito instilar nos leitores um anseio mais profundo pela presença de Deus. É justamente a ausência desse anseio que nos tem conduzido a esse baixo nível espiritual que presenciamos em nossos dias. Uma vida cristã estagnada e infrutífera é resultado da ausência de uma sede maior de comunhão com Deus. A complacência é inimigo mortal do crescimento cristão. Se não existir um desejo profundo de comunhão, não haverá manifestação de Cristo para o Seu povo. Ele espera que o procuremos. Infelizmente, no caso de muitos crentes, é em vão que essa espera se prolonga.

Cada época tem suas próprias características. Neste exato instante encontramo-nos em um período de grande complexidade religiosa. A simplicidade existente em Cristo raramente se acha entre nós. Em lugar disso, vêem-se apenas programas, métodos, organizações e um mundo de atividades animadas, que ocupam tempo e atenção, mas que jamais podem satisfazer à fome da alma. A superficialidade de nossas experiências íntimas, a forma vazia de nossa adoração, e aquela servil imitação do mundo, que caracterizam nossos métodos promocionais, tudo testifica que nós, em nossos dias, conhecemos a Deus apenas imperfeitamente, e que raramente experimentamos a Sua paz.

Se desejamos encontrar a Deus em meio a todas as exteriorizações religiosas, primeiramente temos que resolver buscá-Lo, e daí por diante prosseguir no caminho da simplicidade. Agora, como sempre o fez, Deus revela-Se aos pequeninos e se oculta daqueles que são sábios e prudentes aos seus próprios olhos. É mister que simplifiquemos nossa maneira de nos aproximar dEle. Urge que fiquemos tão-somente com o que é essencial (e felizmente, bem poucas coisas são essenciais).
Devemos deixar de lado todo esforço para impressioná-lO e ir a Deus com a singeleza de coração da criança. Se agirmos dessa forma, Deus nos responderá sem demora.

Não importa o que a Igreja e as outras religiões digam. Na realidade, o que precisamos é de Deus mesmo. O hábito condenável de buscar “a Deus e” é que nos impede de encontrar ao Senhor na plenitude de Sua revelação. É no conectivo “e” que reside toda a nossa dificuldade. Se omitíssemos esse “e”, em breve acharíamos o Senhor e nEle encontraríamos aquilo por que intimamente sempre anelamos.

Não precisamos temer que, se visarmos tão-somente a comunhão com Deus, estejamos limitando nossa vida ou inibindo os impulsos naturais do coração. O oposto é que é verdade. Convém-nos perfeitamente fazer de Deus o nosso tudo, concentrando-nos nEle, e sacrificando tudo por causa dEle.

O autor do estranho e antigo clássico inglês, The Cloud of Unknowing (A nuvem do desconhecimento), dá-nos instruções de como conseguir isso.
Diz ele: “Eleve seu coração a Deus num impulso de amor; busque a Ele, e não Suas bênçãos. Daí por diante, rejeite qualquer pensamento que não esteja relacionado com Deus. E assim não faça nada com sua própria capacidade, nem segundo a sua vontade, mas somente de acordo com Deus. Para Deus, esse é o mais agradável exercício espiritual”.

Em outro trecho, o mesmo autor recomenda que, em nossas orações, nos despojemos de todo o empecilho, até mesmo de nosso conhecimento teológico. “Pois lhe basta a intenção de dirigir-se a Deus, sem qualquer outro motivo além da pessoa dEle.” Não obstante, sob todos os seus pensamentos, aparece o alicerce firme da verdade neotestamentária, porquanto explica o autor que, ao referir-se a “ele”, tem em vista “Deus que o criou, resgatou, e que, em Sua graça, o chamou para aquilo que você agora é”. Este autor defende vigorosamente a simplicidade total:
“Se desejamos ver a religião cristã resumida em uma única palavra, para assim compreendermos melhor o seu alcance, então tomemos uma palavra de uma sílaba ou duas. Quanto mais curta a palavra, melhor será, pois uma palavra menor está mais de acordo com a simplicidade que caracteriza toda a operação do Espírito. Tal palavra deve ser ou Deus ou Amor”.

Quando o Senhor dividiu a terra de Canaã entre as tribos de Israel, a de Levi não recebeu partilha alguma. Deus disse-lhe simplesmente: “Eu sou a tua porção e a tua herança no meio dos filhos de Israel” (Nm 18:20), e com essas palavras tornou-a mais rica que todas as suas tribos irmãs, mais rica que todos os reis e rajás que já viveram neste mundo. E em tudo isto transparece um princípio espiritual, um princípio que continua em vigor para todo sacerdote do Deus Altíssimo.

O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa — Deus — de maneira pura, legítima e eterna.

Ó Deus, tenho provado da Tua bondade, e se ela me satisfaz, também aumenta minha sede de experimentar ainda mais. Estou perfeitamente consciente de que necessito de mais graça. Envergonho-me de não possuir uma fome maior. Ó Deus, ó Deus trino, quero buscar-Te mais; quero buscar apenas a Ti; tenho sede de tornar-me mais sedento ainda. Mostra-me a Tua glória, rogo-Te, para que assim possa conhecer-Te verdadeiramente. Por Tua misericórdia, começa em meu íntimo uma nova operação de amor. Diz à minha alma: “Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem” (Ct 2:10). E dá-me graça para que me levante e te siga, saindo deste vale escuro onde estou vagueando há tanto tempo. Em nome de Jesus. Amém.
A W tozer

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A QUAQUER COISA? Chambers


"Se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus." João 3.3
As vezes estamos dispostos a participar de uma reunião de oração, mas será que temos a mesma disponibilidade interior para uma tarefa simples como engraxar botas?
Nascer de novo, do Espírito, é obra inconfundível de Deus, tão misteriosa quanto o vento, tão surpreendente quanto o próprio Deus. Não sabemos onde começa; está oculta nas profundezas de nossa vida pessoal. Nascer do alto é um eterno, perene e perpétuo reinício; é um renovar-se o tempo inteiro, no pensar, no falar e no viver; uma contínua surpresa da vida de Deus. A insipidez é indício de que algo está em desarticulação com Deus: "Tenho que fazer isto, senão nunca será feito". Esse é o primeiro indício de insipidez. Temos vida nova neste momento ou estamos "mofados", rebuscando na nossa mente algo para fazer? A vida nova não vem da obediência, mas do Espírito Santo; a obediência mantém-nos na luz como Deus está na luz.
Preserve ciosamente seu relacionamento com Deus. Jesus disse o seguinte: "... para que sejam um como nós somos um" – nada os separava. Mantenha toda a vida permanentemente aberta a Jesus Cristo; não use de dissimulação com Ele. Por acaso está buscando receber vida de alguma outra fonte que não o próprio Deus? Se estiver dependendo de outra coisa que não Ele, nem perceberá sua falta, se e quando Ele se retirar.
Nascer do Espírito significa muito mais do que geralmente supomos. Dá-nos uma nova visão e mantém-nos totalmente dispostos a tudo, mediante um inesgotável suprimento de vida de Deus. 
(Oswald Chambers - Tudo para Ele - 20 de Janeiro)