A oração do Pai-nosso é um exemplo de como nos aproximar do Pai celestial. Em suas orações, Jesus mostrou várias coisas que podemos pedir a Deus: alimento, proteção e libertação, por exemplo.
Entretanto, cabe a nós uma única atitude.
Perdoar.
"... perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado a nossos devedores..."
Em outras palavras, Jesus está dizendo a seus seguidores: quando orar, além de louvores e pedidos, diga que está fazendo exatamente aquilo que Deus faz, isto é, perdoar os que nos devem e os que não merecem perdão.
E para que não restasse nenhuma dúvida em seus seguidores, Jesus adiciona um comentário a respeito do perdão ao final da oração:
"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas."
Sem dúvida, Jesus não se está referindo ao que os teólogos chamam de "perdão para a salvação" (um perdão que ocorre apenas no céu e que não pode ser conquistado apenas por merecimento; antes, trata-se de um dom de Deus a todos aqueles que creem em Jesus Cristo e em sua obra na cruz como pagamento definitivo por nossos pecados). No caso, Jesus se refere ao fluxo do perdão de Deus em nossa vida neste mundo.
Há algo muito sério envolvido nesse tema, do contrário Jesus não teria incluído essas palavras a respeito do perdão. Jesus deixou bastante claro: quando eu perdoo, Deus me perdoa, Jesus diz que "tampouco vosso Pai vos perdoará as vossa ofensas".
Essa dificuldade me faz compreender a razão que levou Pedro a forçar Jesus a reduzir o mandamento a algo um pouco mais prático. Pedro pergunta:
"Senhor até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?
Pedro imaginou que estava sendo muito generoso: meu irmão me rouba, depois me rouba novamente, e mais outra vez, e de novo. Ora, que tal perdoá-lo até sete vezes, Senhor? Seria suficiente? Não seria um erro terrível perdoar mais que isso?
Entretanto, a resposta de Jesus foi, com efeito: "Não, Pedro. O perdão é ilimitado."
"Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete".
Quem pode perdoar alguém setenta vezes sete ou, em outras palavras, um número ilimitado de vezes? Aos que estão presos no cárcere da falta de perdão, a resposta de Jesus é a motivação suprema daqueles que precisam desse milagre. É por isso que Jesus a revelou a Pedro: para fazer que o apóstolo compreendesse a necessidade de perdoar outra pessoa setenta vezes sete!
"Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete".
Quem pode perdoar alguém setenta vezes sete ou, em outras palavras, um número ilimitado de vezes? Aos que estão presos no cárcere da falta de perdão, a resposta de Jesus é a motivação suprema daqueles que precisam desse milagre. É por isso que Jesus a revelou a Pedro: para fazer que o apóstolo compreendesse a necessidade de perdoar outra pessoa setenta vezes sete!
Essa é a história do servo que tem uma dívida gigantesca para com seu rei. A fim de recuperar a perda, o rei decide vender seu servo, juntamente com a esposa e filhos, à escravidão. Quando toma conhecimento do que está para lhe acontecer, o servo vai correndo à presença do rei, atira-se ao chão e implora por mais tempo.
Ao contemplar aquele servo prostrado no chão, o coração do rei se condói. Segundo as palavras de Jesus, o rei "teve compaixão dele" e mudou de ideia na mesma hora: em vez de conceder mais tempo, decidiu perdoar toda (impagável) dívida. O servo se tornou um homem livre.
Você consegue imaginar como esse homem se sentiu? Um minuto atrás ele era um servo caído em desgraça, com uma dívida enorme para saldar e um destino terrível pela frente. No minuto seguinte era um homem livre.
O servo, entretanto, desprezou a compaixão que lhe foi oferecida. Tão logo saiu da presença do rei, encontrou um amigo que lhe devia alguns trocados, mas como o amigo não tinha condições de pagá-lo, mandou que fosse jogado na cadeia até saldar toda a dívida.
Ao ficar sabendo do episódio, o rei, irado, manda que o servo seja trazido à sua presença e diz:
"Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você? Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo que devia".
Outra reviravolta impressionante! De homem livre a prisioneiro torturado num piscar de olhos. E dessa vez há apenas uma possibilidade de interromper a tortura: saldar toda a dívida.
Observe que nessa história o rei (também chamado de senhor) é Deus, o Pai. Sabemos disso porque Jesus contou a história em resposta ao questionamento de Pedro a cerca da frequência que seus seguidores devem perdoar. Veja o que Jesus disse em seguida a fim de reforçar o motivo mais chocante em toda a Bíblia para perdoar alguém:
"Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão".
Você quer saber o ponto de vista de Deus a respeito do perdão? Jesus nos disse. Deus não considera o perdão uma ideia simplesmente bonita ou mera sugestão. Na verdade, a exemplo do rei na história de Jesus, Deus fica irado quando aqueles a quem ele tudo perdoou se recusam a perdoar os comparativamente por ninharias.
Além disso, sabemos que Deus agirá caso não perdoarmos. Jesus mostrou isso claramente quando disse: "Assim meu Pai celeste vos fará".
Mas o que exatamente Deus fará? Ele nos entregará aos "torturadores". Deus, o Pai, não tortura ninguém, mas Jesus mostrou que Deus entrega aos pessoas às consequências dolorosas da falta de perdão.
E por quanto tempo? Conforme Jesus: até que perdoemos, de coração, as ofensas dos outros...
E qual resultado Deus almeja alcançar no encontro com uma pessoa presa à falta de perdão? Sem dúvida, que a pessoa pare de sofrer. Deus sofre com cada pessoa ferida e deseja profundamente que essas pessoas sejam libertadas dessa prisão de um modo sobrenatural.
Ficamos livres do passado ao compreender o forte sentimento de Deus com relação à falta de perdão e ao conversamos com os outros sabendo quão intenso é o desejo dele que essas pessoas sejam libertadas desse sofrimento.
Bruce Wilkinson (do livro: VOCÊ NASCEU PARA ISSO, págs. 181-184, Editora Mundo Cristão).
...
PÁSCOA é perdão!
Jesus deixou sua glória (Ele é eterno),
encarnou (se fez um de nós),
viveu (como um de nós),
morreu (se deixou matar) sem culpa e sem culpar ninguém,
e RESSUSCITOU DOS MORTOS para provar que podia fazer isso.
A graça do PERDÃO já nos foi dada (tudo aconteceu por esta causa),
vamos ser discípulos dEle ou rejeitá-lo?
BM
...
Mais um pouco do mesmo:
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