"Temos esta Esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu, onde Jesus que nos precedeu, entrou em nosso lugar..." (Hebreus 6.19,20a)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

POR AMOR | Rubem Amorese


Aquela conversa deve ter sido frustrante para os discípulos. Mas para nós, passado tanto tempo, ainda é luz.

Jesus lhes diz que vai preparar-lhes lugar; e que sabem o caminho (Jo 14.4).
Nesse momento, o prático Tomé se exaspera e fala como o Gato, de Alice: “Como saber o caminho, se não sabemos aonde vais?”.

Ai! a resposta torna tudo ainda mais difícil: “Eu sou o caminho; ninguém vem ao Pai senão por mim”.

Posso senti-los se entreolhando. Filipe tenta aliviar: “Mostra-nos o Pai, e isso nos basta”. Porém não dá certo; o Mestre retorna ao argumento principal, agora mais enfático: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: mostra-nos o Pai?” (Jo 14.9).

Como poderiam aqueles homens rudes imaginar o alcance dessas palavras? Como suporiam que o Mestre, que se apresentava como caminho, fazia uma síntese de sua missão, envolvendo motivações, modos de agir, sentir e pensar, além de revelações sobre Deus e os homens?

Como poderiam supor que, ao fazer-se caminho, ele esperava que seus discípulos tivessem “o mesmo sentimento” que ele? Que entre eles tudo brotasse de um “amou de tal maneira” e que absolutamente tudo desaguasse em um “que deu”?

Como poderiam imaginar aqueles homens rudes que, para além das palavras das Escrituras, Deus se faria um menino de manjedoura e, ao final de tudo, venceria o mundo e o maligno como uma “ovelha de matadouro”, para revelar-se -- a quem tivesse olhos para ver -- um leão?

Como poderiam imaginar aqueles homens rudes que seu Mestre esperava que eles, ao compor seu corpo, tudo fizessem por amor? E que, se esse amor que nasce misteriosamente -- mas que se derrama concretamente em gestos de renúncia e serviço -- não fosse a motivação de tudo, nada seria? Mesmo que dessem seus próprios corpos para ser queimados, nada seria? O que significa que não estariam nele, no caminho?

Como poderiam imaginar que sem ele nada poderiam fazer? E que, após sua partida, ainda edificariam uma igreja, ainda articulariam membros para produzir o crescimento de um corpo, na base do alegre e anônimo serviço sacrificial? Sim, que o crescimento se daria, quase imperceptivelmente, por meio de atitudes e sentimentos tão sutis quanto ternuras, afetos e misericórdias? Com cânticos e ações de graça?

Era informação demais para o momento. Precisariam de tempo e de discernimento -- do Espírito que viria. Precisariam aprender a morrer, “o dia todo” para, então, chegar ao seu destino, ao fim da caminhada, ao início de tudo -- o Pai. Ou melhor, os braços do Pai.
E imaginar que tais cogitações nos chegam, passados dois mil anos, e nos encontram aturdidos e ansiosos com relação ao futuro da igreja do Senhor!

É tempo de voltar nossa atenção para o menino, em sua fragilidade.

Um menino se nos deu! Onde a soberba? E os títulos? E os cargos? E a sabedoria secular? E o domínio sobre mentes e almas? Onde as técnicas? E as organizações? E os métodos? E as planilhas? E os sistemas? E a mídia? E as cifras? E o sucesso?

Não, a mensagem que celebramos é de outra natureza; ao mesmo tempo singela e poderosa -- naquela manjedoura está o nosso caminho: amou de tal maneira que se deu (Jo 3.16). O que passa disso... bem, é outro caminho.

• Rubem Amorese é presbítero na Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasília, e foi professor na Faculdade Teológica Batista de Brasília por vinte anos. Antes de se aposentar, foi consultor legislativo no Senado Federal e diretor de informática no Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal. É autor de, entre outros, Louvor, Adoração e Liturgia e Fábrica de Missionários -- nem leigos, nem santos. ruben@amorese.com.br
REVISTA ULTIMATO ED.339 - http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/339/por-amor


sábado, 10 de novembro de 2012

UM ANJO NA TERRA


Do Facebook de Caio Fábio:

669 VIDAS SALVAS POR UM HOMEM QUE NÃO CONTOU NADA NEM MESMO PARA A ESPOSA. ESSE FEZ CONFORME O EVANGELHO, CONFORME JESUS, QUE NÃO FAZIA PROPAGANDA DE SI MESMO; SIM, CONFORME O PAI, QUE SUSTEM SEM ANUNCIAR-SE; OU AINDA: ELE FEZ COMO AQUELES

EM QUEM O FAZER O BEM É TÃO NATURAL, QUE SÃO COMO AS MÃOS DIREITA E A ESQUEDA, QUE NÃO SE EXPLICAM NO QUE FAZEM.

ESSE SER/SENTIR/ FAZER -- É O SER-ATO-ESPONTÂNEO NO QUAL O DISCIPULO DO AMOR DEVE VIVER.

É POR ISTO QUE MUITOS VIRÃO DO ORIENTE E DO OCIDENTE, DO NORTE E DO SUL DO PLANETA, E TOMARÃO LUGAR À MESA DO REINO, ENQUANTO OS QUE SE DIZIAM "FILHOS DO REI" FICARÃO DE FORA.

CAIO

Um anjo na Terra!
Um anjo na Terra.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

FÓRUM CRISTÃO DE PROFISSIONAIS com Marina Silva

O Novo Jeito promove ao vivo de SP em videoconferência:

Fórum Cristão de Profissionais com Marina Silva e Ed René Kivitz

Dia 26/11 no auditório do Colégio Equipe - Torre - Recife- PE
Mais informações - www.novojeito.com

Inscrições gratuitas.Vagas limitadas!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A ESCOLHA RADICAL por John Stott

"Nem todo aquele que me diz: "Senhor, Senhor", entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus". 
(Mateus 7.21)



Jesus coloca diante de nós, na conclusão do sermão do monte, a escolha radical entre obediência e desobediência. Não que possamos, é claro, ser salvos por meio de nossa obediência, mas que, se verdadeiramente somos salvos, mostremos isso através dela.


Primeiro, Jesus nos adverte do perigo de uma confissão meramente verbal (v. 21 -23). E certo que uma confissão expressa verbalmente é essencial; "Jesus é Senhor" é o primeiro, mais curto e mais simples de todos os credos. Contudo, se isso não for acompanhado de uma submissão pessoal ao senhorio de Jesus, é inútil. Podemos ouvir no último dia as terríveis palavras de Jesus: "Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal" (v. 23).

Segundo, Jesus nos adverte do perigo de um conhecimento meramente intelectual. Enquanto o contraste nos versículos 21 a 23 era entre falar e fazer, c contraste agora é entre ouvir e fazer (v. 24-27). Jesus então ilustra isso por meio de sua famosa parábola dos dois construtores. Ela apresenta um homem sábio, que construiu sua casa sobre a rocha, e um tolo, que teve preguiça de fazer alicerces e construiu sua casa sobre a areia. Quando ambos entraram em suas construções, um observador menos atento não teria notado a diference entre elas, pois a distinção se encontrava nos alicerces, e alicerces não são vistos. Somente quando a tempestade caiu e atingiu ambas as casas com fúria é que a diferença fatal foi revelada. Do mesmo modo, cristãos praticantes (tanto genuínos quanto espúrios) têm a mesma aparência. Ambos demonstrar estar edificando vidas cristãs. Ambos ouvem as palavras de Cristo. Vão à igreja, lêem a Bíblia e escutam sermões. As profundezas de seus alicerces, no entanto, estão ocultas à vista. Somente a tempestade da adversidade nesta vida e a tempestade do juízo no último dia revelarão quem somos.

O sermão do monte termina com uma nota solene de escolha radical. Só há dois caminhos (o estreito e o largo) e somente duas fundações (a rocha e a areia). Em que estrada estamos viajando? Sobre qual alicerce estamos construindo?

Para saber mais: Mateus 7.13-29

STOTT, John. DEVOCIONÁRIO: A BÍBLIA TODA, O ANO TODO - Meditações Diárias de Gênesis a Apocalipse - Ed. Ultimato. (pag. 198) 
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Como mudar de Caminho (eu sei que você já tentou fazer isso com muitas promessas).